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Parece-me encontrar um pouco de calma no P.e Estanislau; mas pouca humildade, porque não admite ter-se enganado e sustenta que falava de coisas a realizar com os anos e em tempos melhores, enquanto em todas as suas cartas falava de coisas imediatas, especialmente na cláusula 17 do contrato que propôs, em que diz:
«17.o Por último, este contrato, tanto no relativo às contribuições como à aplicação do mesmo, entrará em vigor a partir do próximo dia 1 de Janeiro de 1871.» O P.e Estanislau esteve 52 dias sem me escrever. Logo que chegaram novos missionários, etc., mandou-me uma carta com data de 8 do mês passado e depois outra, datada de 18, que aqui junto. Também a recebida ontem do cónego. Tanto este como o P.e Ravignani escreveram-me maravilhas do P.e Estanislau e muito bem de Franceschini; o mesmo fez o P.e Pedro, o pároco franciscano; isso é para mim confortável. Porém, do P.e Estanislau não recebi a mais pequena mostra de humildade, que é a primeira das coisas. Mesmo assim, eu sempre lhe escrevi todos os oito dias, menos duas vezes.
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Ele escreveu a mons. o bispo muito mal de mim e também falou muito mal de mim a uma alta personalidade, dizendo que o caluniei e atraiçoei, que não se pode fiar de mim e que não sou realista. Eu perdoo-lhe tudo, porque tem muitos méritos para com a missão, para comigo, etc., menos o que faz por efeito do seu temperamento irascível, etc. Em suma, direi consigo, o P.e Estanislau é terrível, mas é um grande gentil-homem; e por isso faremos esforços, até sobre-humanos, para o conservar.
Receba as minhas mais atenciosas saudações. Domingo irei eu mesmo buscar as cartas incluídas.
P.e Daniel Comboni