Noticiário mensal dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus
DIRECÇÃO-GERAL
O «Guia para a Actuação do XVII Capítulo», preparado pelo Conselho Geral, foi traduzido em todas as línguas e enviado aos respectivos provinciais e delegados.
Primeiras profissões
Esc. Ahiro David Khayesi (KE) Namugongo 01.05.2010
Esc. Kalumba Francis (M/Z-Z) Namugongo 01.05.2010
Esc. Kamcheka Joseph Maxwell (M/Z-M) Namugongo 01.05.2010
Esc. Mwangi Anthony Kariuki (KE) Namugongo 01.05.2010
Esc. Mweshi Collins Sampa (M/Z-Z) Namugongo 01.05.2010
Esc. Sharecho Biruk Kassa (ET) Namugongo 01.05.2010
Esc. Sireu Ang’Irotum Abraham (KE) Namugongo 01.05.2010
Ir. Tumwebaze Leo (U) Namugongo 01.05.2010
Esc. Anane Kwaku Joseph (TGB/G) Cotonou 08.05.2010
Esc. Abalo Roberto (TGB/T) Cotonou 08.05.2010
Ir. Ayih Teko Fafa D.J-C Pierre (TGB/T) Cotonou 08.05.2010
Esc. Dohigbe Gbodja Gildas Victorin (TGB/B) Cotonou 08.05.2010
Esc. Eliwo Ngonge Bernard (CN) Cotonou 08.05.2010
Esc. Fene-Fene Santime Augustin (CN) Cotonou 08.05.2010
Esc. Liengola Babundo Jadot (CN) Cotonou 08.05.2010
Esc. Likingi Wasato Henri (CN) Cotonou 08.05.2010
Ir. Lumami Mwanza Patrick (CN) Cotonou 08.05.2010
Esc. Mabuluki Bakwa Nickel (CN) Cotonou 08.05.2010
Ir. Díaz Beltrán Eloy Rogelio (PE) Sahuayo 08.05.2010
Esc. Dorigon Carneiro Ricardo (BNE) Sahuayo 08.05.2010
Esc. Ibarra Vargas José Antonio (M) Sahuayo 08.05.2010
Esc. Solares Alvizures Hugo René (DCA-GUA) Sahuayo 08.05.2010
Esc. Yaxcal Cucul Juan (DCA-GUA) Sahuayo 08.05.2010
Profissões perpétuas
Esc. Mbo Mokuba Didier (CN) Kalongo (U) 01.05.2010
Ordenações sacerdotais
P. João Dinis João Mocuba (MO) 08.05.2010
Obra do Redentor
Junho 01 – 15 KE 16 – 30 KH
Julho 01 – 07 LP 08 – 15 CO 16 – 31 MZ
Intenções de oração
Junho: Para que possamos contemplar Cristo Bom Pastor com o olhar e a paixão de São Daniel Comboni e haurir do seu Coração a força que nos torna testemunhas credíveis da Sua Palavra, e sinais tangíveis da sua compaixão. Oremos
Julho: Para que o processo de reorganização iniciado pelas Missionárias Seculares Combonianas produza os seus frutos em termos de vitalidade e de renovação do Instituto, permitindo a cada missionária viver mais radicalmente a sua vocação e responder de forma mais adequada aos desafios da história e do próprio ambiente de vida. Oremos
Publicações
P. Michele Sardella, Sotto L’albero della vita, con gli Alomwe del Malawi (apresentação do P. Teresino Serra), Bolonha: EMI 2010, pp. 367.
Fruto de muitos anos de caminho missionário partilhado, nas aldeias e nas comunidades cristãs, com os Alomwe do sul do Malawi (e os refugiados moçambicanos da mesma etnia), o livro do P. Sardella insere-se na melhor tradição etno-antropológica e missionária dos filhos de Comboni. Relata «a vida do povo Alomwe que vive nas montanhas entre o Malawi e Moçambique. Uma existência compassada por antigos ritos, heranças de uma particular cultura bantu que manteve até hoje a sua integridade cultural» (capa). Útil sobretudo para os confrades que desenvolvem o seu ministério missionário entre os Alomwe (e entre os “primos” Amakhuwa), o presente trabalho oferece pontos de reflexão a todos os que, acreditando no homem e nos povos à maneira de Comboni, não cessam de procurar e de tentar novas vias de aculturação e de encontro. «A experiência missionária é graça a partilhar com todos» (P. Serra).
ÁFRICA DO SUL
Renovação dos votos no escolasticado
No 1º de Maio, festa de S. José Operário, catorze escolásticos renovaram os seus votos em Pietermaritzburg. Treze são membros da comunidade do escolasticado e um, o congolês Jérôme Nerio Missay Soku, está a fazer o seu serviço missionário na África do Sul. O escolástico ugandês Casimiro Lokwang Koryang tinha já renovado os votos a 27 de Abril.
Os provinciais da África do Sul e do TGB estavam presentes na celebração. Presidiu à eucaristia o P. Manuel João Pereira Correia, provincial do TGB, que se encontrava em visita ao escolasticado, onde três confrades togoleses frequentam os cursos teológicos. Recebeu os votos destes confrades e foi favoravelmente tocado pelo bom clima na vida do escolasticado e pela relação amigável entre os formadores e os escolásticos.
A celebração dos votos teve lugar ao fim da tarde. Estava presente também um bom número de amigos que apreciaram o compromisso que os nossos jovens confrades assumiram perante o Senhor. Sentiram-se tocados ao verem os escolásticos aproximarem-se, um após outro, com uma vela acesa na mão, para recitar a fórmula de consagração.
O novo formador do escolasticado, P. Jude Eugene Burgers, participava nesta celebração pela primeira vez e estava feliz por constatar que o Instituto Comboniano tem um verdadeiro futuro em África e por meio dos próprios Africanos.
BRASIL DO SUL
Aniversário do P. Ezechiele Ramin
A 24 de Julho será celebrado o vigésimo quinto aniversário do «martírio» do P. Ezechiele Ramin, ocorrido a 25 de Julho de 1985 na diocese de Ji-Paraná, Brasil. O acontecimento terá lugar em Cacoal, estado da Rondonia, onde o P. Ezechiele trabalhou, e em todas as paróquias onde estão presentes os Combonianos.
Na última Consulta, o Conselho Geral confiou ao postulador geral, P. Arnaldo Baritussio, o encargo de proceder no caminho canónico de abertura do processo para apurar se houve martírio. O processo será aberto na diocese de Ji-Paraná, estado da Rondonia, onde o P. Ezechiele exerceu a sua missão e onde foi assassinado.
Chegou-se à conclusão de que há elementos suficientes para proceder, depois de uma sondagem realizada entre os confrades das duas Províncias do Brasil. Os confrades, por maioria qualificada, reconheceram a validade da proposta. Entre os elementos a favor desta iniciada assinalamos dois: 1)- O nome do P. Ezechiele foi inserido entre as 20 figuras dos grandes evangelizadores do Brasil, num alto-relevo colocado sobre uma das quatro portas da Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, uma localidade a 170 km de São Paulo. 2)- São mais de 40 as comunidades cristãs ou entidades sociais e culturais, até agora apuradas, que escolheram o P. Ezechiele Ramin como patrono. Sinal, este, de que as gentes perceberam o valor do testemunho do Missionário Comboniano.
Os Combonianos do Brasil dão graças a Deus por este exemplo de «martírio». O conselho provincial do Brasil Sul nomeia o P. Giorgio Padovan ponto de referência da província para ajudar o P. Arnaldo Baritussio no início deste trabalho.
Abertura na Amazónia de uma nova comunidade
No início de 2010, os Missionários Combonianos, as Irmãs Combonianas e os Leigos Combonianos (LMC) do Brasil iniciaram uma comunidade típica e inter-congregacional como testemunho da única missão a que são chamados. A comunidade é formada por P. Massimo Ramundo, 3 Irmãs Combonianas e um LMC. A localidade escolhida encontra-se na diocese de Humaitá, na baixa Amazónia. Esta diocese confina com a de Porto Velho onde os Missionários Combonianos estão presentes desde há 36 anos. A iniciativa é uma tentativa de resposta ao apelo da Igreja no Brasil a assumir maiores empenhos missionários na região amazónica. É também uma resposta ao desafio de aprender a trabalhar juntos.
Temos confiança de que a nossa fraqueza será apoiada pela força do Espírito que nos chama a este testemunho evangélico.
Brasil e República Centro-africana
A 29 de Abril partiu para Bangui o P. Everaldo de Souza Alves. Depois dos estudos teológicos no escolasticado de Kinshasa e os dois anos de pastoral na diocese de São Mateus, no Brasil, foi ordenado sacerdote na sua paróquia a 19 de Dezembro de 2009.
Também no Brasil, espiritualidade comboniana e internacionalidade estão estreitamente entrelaçadas. De facto, ao mesmo tempo que a província envia missionários para outros continentes, acolheu nestes meses o P. Jervas Mayik Nyok Mawut do Sudão e o P. Cuarteros Marnecio Coralde das Filipinas. É um intercâmbio de dons que enriquece.
ESPANHA
Mundo Negro completa 50 anos
A celebração dos 50 anos da revista Mundo Negro reuniu, no passado 23 de Abril, no salão de cerimónias da Mutua Madrileña, no centro de Madrid, cerca de 350 pessoas que quiseram juntar-se aos Missionários Combonianos neste aniversário.
Em Espanha, a revista Mundo Negro nasceu em Abril de 1960, por obra do P. Enrico Farè, o qual, no primeiro número, traçava a linha da revista, «que quer ser porta-voz da vida e dos problemas dos povos negros, não só da África mas do mundo inteiro».
Hoje, depois de 50 anos e com uma tiragem de 60.000 cópias, Mundo Negro é um ponto de referência para um vasto sector da sociedade, que oferece informações sobre a política africana, cooperação Norte-Sul, actividade missionária e Igreja africana.
A entrada, ao ritmo da música africana, de 17 africanos, homens e mulheres com trajes típicos, que empunhavam cada um uma bandeira, em representação dos 17 países africanos que em 1960 conseguiram a independência, serviu para recordar que o aniversário de Mundo Negro coincide com este importante acontecimento, como recordou o P. Daniel Cerezo Ruiz, provincial dos Combonianos.
O P. Cerezo dirigiu também uma palavra de gratidão ao defunto P. Enrico Farè, e a todos os que nestes anos trabalharam no desenvolvimento da revista, entre os quais as Pontifícias Obras Missionárias e em particular o P. Ángel Sagarmínaga.
Na cerimónia intervieram: um delegado do embaixador do Senegal e decano dos embaixadores africanos em Espanha; o histórico e perito africanista José Luís Cortés e a directora geral de Política Externa para a África do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MAEC), Senhora Cármen de la Peña Corcuera.
Sucessivamente, P. Romeo Ballan e Gerardo González, redactor-chefe da revista durante mais de 40 anos, repercorreram os 50 anos de história, apresentando a sua evolução durante os primeiros anos, as dificuldades e os resultados, os problemas, por vezes, com a censura e a sua capacidade de adaptação à sociedade e às suas mudanças. Depois, o P. Ismael Piñón apresentou o número especial da revista, publicado para esta ocasião. No final da cerimónia comemorativa, o Superior Geral, P. Enrique Sánchez González, dirigiu uma saudação aos participantes, no qual sublinhou a vocação de Mundo Negro de ser uma revista eminentemente missionária e de informação sobre a realidade do continente africano.
Para terminar, o Grupo Musical africano «Karibu» cantou, como uma oração, o canto «A África pede a Paz». Logo depois, foi servido um pequeno refresco aos participantes.
ITÁLIA
Roma: comunidade de S. Pancrazio
Felizmente concluído em Abril o ciclo de autores africanos que teve uma notável participação de público, com a colaboração da comunidade de S. Pancrazio, a Associação Roma XVI com a África (que reagrupa uma quinzena de organismos e escolas de bairro que se interessam por África) organizou uma mesa redonda sobre «Pacote de segurança e CIE» com a participação do On. Livia Turco, Maurizio Gressi (autor com Nocoleta Dentico do livro branco sobre os CPT) e Giuseppe Cricenti, magistrado.
A 16 de Maio a Acse participou na «Festa dos povos» em São João de Latrão, enquanto «Roma 16 com a África» organizou em Vila Pamphili «Em festa com a África», com uma exposição de artesanato africano, livros e revistas, maratona e um espectáculo de ritmos, músicas e danças africanas.
Apesar do tempo instável, a afluência das pessoas foi mais do que satisfatória.
KHARTOUM
Ordenação diaconal
Em Raga, na manhã de 9 de Maio de 2010, os fiéis acorreram desde as primeiras horas da manhã para preparar a cerimónia de ordenação diaconal do Ir. Nicholás Martín Ramírez Falcón. O altar foi preparado sob uma grande árvore de mogno, sob cuja sombra tomaram lugar o celebrante, Mons. Rudolf Deng Majak, os oito sacerdotes concelebrantes e o futuro diácono. À sua volta, as árvores de manga abrigavam do sol uma grande multidão, digna de uma catedral. Estavam presentes também o comissário da zona de Raga, Louis Ramadan, as demais autoridades governamentais que habitualmente participam com os fiéis na celebração dominical e os jovens da paróquia.
Enquanto os concelebrantes, os meninos de coro e o futuro diácono se encontravam em fila para a procissão em direcção ao altar, foi lida uma breve biografia do Ir. Martín. Depois o coro entoou o cântico de entrada, infundindo alegria e entusiasmo. Chegados ao altar, as mulheres da Legião de Maria e do grupo da Assunção da Virgem dançaram à volta do Ir. Martín que se sentou entre os fiéis, à espera de ser chamado, depois do Evangelho.
Para o rito da ordenação foi usado o inglês, com uma nota introdutória em árabe lida pelo P. Paul Annis antes de cada secção. O mestre-de-cerimónias foi o P. Justin Wanaweela que dirigiu magistralmente os meninos de coro que serviam, pela primeira vez, a uma Missa com o rito da ordenação. O bispo, na homilia, centrada no tema da «nova criação» em Cristo, sublinhou que o Senhor guia a sua Igreja, imersa no mundo, para nos ajudar a conduzir a nossa vida não segundo as regras humanas, mas segundo o seu Espírito, que nos faz mensageiros do seu Reino. E deu, como exemplo, o futuro diácono que, vindo do México, onde deixou familiares e amigos, foi o primeiro a ser ordenado em Raga: um sinal claro de que o reino de Deus inclui gente de todas as tribos, línguas, povos e nações.
As eleições: uma oportunidade desperdiçada
As muito esperadas eleições terminaram. Os resultados deixaram a população com um travo na boca. Ficaram desiludidos não apenas os candidatos que perderam, mas muitos outros. Penso naqueles que esperavam que as eleições coincidissem com o início do processo de transformação e de democratização, de que tanto tinha falado o Tratado de Paz.
É verdade que as eleições foram, só por si, um passo em frente, no sentido de que eram a primeira prova de um processo. E também a violência ocasional parece ter sido contida. O erro colossal foi cometido por aqueles que detêm o poder e que quiseram vencer por maioria manipulando os resultados. Assim, temos o pouco realista 93% dos votos reivindicados pelo presidente, ao lado da quase totalidade dos principais candidatos do SPLM que inflacionou os próprios resultados, anulando, na prática, a presença de outros candidatos. Uma vitória «mais modesta» ter-lhes-ia dado maior credibilidade e facilitado a participação de outros partidos na formação do novo governo. Esta arrogância teve o efeito contrário, criando muita desconfiança.
Salva Kiir e Omar Bashir prestaram juramento respectivamente a 21 de Maio de 2010 em Juba e 27 de Maio em Cartum. Nisto, não houve nada de novo. Oficialmente o apoio aos dois partidos principais aumentou, no sentido que tomaram quase tudo. Mas, como dissemos, a sua força poderá tornar-se também a sua fraqueza.
Agora resta o referendo que terá lugar em Janeiro de 2011. Alguns temem que se repitam os erros das eleições, outros esperam que os protagonistas tenham aprendido a lição. Deseja-se que prevaleça o bom-senso.
MALAWI-ZÂMBIA
Abertura da comunidade de Kanyanga
A nova comunidade de Kanyanga foi aberta oficialmente sábado 1º de Maio de 2010 e a entrega da paróquia aconteceu durante a Missa dominical de 2 de Maio, na presença do P. Dário Balula Chaves, provincial e representante dos Missionários Combonianos, P. Andrew Chenjerani, coordenador diocesano da pastoral, e P. Mathias Banda, ecónomo diocesano e representante da diocese de Chipata (Zâmbia). O bispo de Chipata não pôde estar presente por se encontrar em Lusaka, para o encontro da Conferência dos Bispos. Estavam presentes dois confrades da nova comunidade de Kanyanga, P. Rodolfo Coaquira Hilaje e P. Rubén Bojórquez Sandoval, o pároco cessante P. Moses Njobvu com um seminarista diocesano que está a fazer o seu ano de pastoral, os dois confrades da missão de Chama P. Gabriel Uribe González e P. Moisés García González, as Irmãs MIC encarregadas do hospital da missão, sete catequistas locais, os representantes do conselho paroquial e numerosos fiéis. Os Combonianos foram acolhidos com alegria por parte das gentes da comunidade.
O sábado foi passado no intercâmbio de informação sobre a situação da missão: relatórios, inventário e plano pastoral. À noite celebrámos a primeira Missa como nova comunidade comboniana da paróquia juntamente com outros participantes. A celebração dominical foi simples e bem organizada. O P. Mathias Banda foi o celebrante principal e o P. Andrew Chenjerani fez a homilia. O coro misto de Kanyanga e Chama acompanharam a Missa com os seus belos cânticos. O P. Moses Njobvu permanecerá na paróquia até 6 de Junho, quando terá lugar a cerimónia de despedida.
Durante a tarde, o provincial teve um longo encontro com os dois confrades para debater vários aspectos da nossa presença em Kanyanga e examinar as coisas práticas a realizar. Os dois confrades estão felizes por estar naquele lugar e muito motivados a continuar o trabalho de evangelização na zona. A comunidade está disposta a receber os noviços para a sua experiência comunitária e pastoral.
A missão de Kanyanga cobre parte da Vallata del Luangwa, uma zona da diocese de Chipata muito isolada, e é habitada por gente pobre e necessitada de evangelização. A nossa presença foi solicitada pela Igreja local e será de apoio aos confrades da missão de Chama, que sempre se sentiram isolados do resto da província. Será também um bom lugar para a experiência missionária de postulantes, noviços e escolásticos.
A missão encontra-se a 220 km a norte de Chipata, próximo da fronteira com o Malawi. A língua falada é o Chitumbuka. O clima é bom. Painéis solares recarregam as baterias que providenciam à iluminação de noite. Parece que no próximo ano a Zesco, a companhia eléctrica da Zâmbia, levará a corrente eléctrica à zona. A missão é dedicada a Santa Maria. Iniciada em 1954, foi depressa abandonada e assim ficou durante muitos anos, por falta de pessoal diocesano. Os católicos são cerca de 7.000, mas a maior parte da população é pagã.
NAP
Encerramento do Escolasticado de Chicago
A 13 de Maio, na Catholic Theological Union (CTU), licenciaram-se os últimos dois escolásticos, marcando assim o fim de 34 anos consecutivos de formação comboniana neste escolasticado. O primeiro grupo de escolásticos chegara em 1976. Desde então, por entre estas paredes passaram 164 Missionários Combonianos de quatro continentes.
A cerimónia oficial de encerramento do escolasticado teve lugar a 15 de Maio de 2010. Para a ocasião, uniram-se à comunidade umas setenta pessoas, em representação de um número bem mais vasto que foi contagiado pelo entusiasmo comboniano nestes anos de presença em Chicago. Juntamente com quase todos os Combonianos da zona, encontravam-se amigos e benfeitores, alguns dos quais acompanharam o caminho do escolasticado desde os inícios. Encontrava-se também um bom grupo de ex-escolásticos que deixaram o Instituto mas não esqueceram o seu espírito e que agora estão envolvidos em vários ministérios e empenhos missionários tanto em Chicago como noutras partes.
Um momento muito tocante da celebração eucarística teve lugar quando as pessoas foram convidadas a partilhar as suas recordações, ligadas à história do escolasticado. Todos quiseram expressar a sua gratidão por aquilo que esta casa de formação significou: um importante ponto de união e uma ponte para uma realidade mais vasta e um mundo mais amplo, com as suas diversas culturas e nacionalidades.
O «Peace Corner» obtém a autorização
Em 2001 o P. Maurizio Binaghi tinha aberto o «Peace Corner», no West Side de Chicago, um centro para a juventude em risco. Depressa o centro se tornou uma das principais agências para os jovens da comunidade de maioria africana de Austin, aos quais oferece uma grande variedade de serviços e programas. Tendo-se tornado, por isso, em pouco tempo, demasiado pequeno, o Peace Corner Inc. adquiriu da cidade, ao preço de um dólar, uma área de 2.400 metros quadrados, na qual, depois de não poucos obstáculos, se pôde finalmente começar a construir. O edifício deveria ter terminado no início do Outono.
O moderno complexo terá uma secção para computadores, salas de aula e um ginásio. O actual centro oferece, hoje em dia, os seus serviços a 50-70 jovens: a uma vintena, é oferecida assistência legal graças a advogados voluntários, enquanto que doze jovens que abandonaram a escola seguem cursos para obter um diploma do ensino secundário. O novo edifício, portanto, continuará a desenvolver o seu importante ministério, prestando assistência e constituindo um incentivo para os muitos jovens Afro que vivem num ambiente muito pobre, em contacto estreito com a droga, os gang e a violência.
Um Comboniano no New York Times
A Igreja católica está a sofrer mais do que devia devido à atenção mediática relativa ao escândalo da pedofilia. Mas o jornalista Nicholas D. Kristof, colunista do New York Times, está a apontar o objectivo sobre a Igreja de base, feita de humildes e grandes trabalhadores: sacerdotes, religiosas e leigos espalhados por todo o mundo. Um destes, é o comboniano P. Michael Donald Barton que trabalha em Nyamlell, no Sul do Sudão. No seu artigo sobre o P.Michael, Kristof fala da sua terra natal (Indianapolis, Indiana), da sua pertença comboniana e do seu ministério em África. «É graças a pessoas corajosas como o P. Michael que respeito a Igreja católica», sublinhou.
O jornalista mostrou também um vídeo sobre o P. Michael e sobre o seu ministério no Sul do Sudão e conclui escrevendo: «Nós jornalistas tendemos a focalizar-nos sobre as imperfeições da Igreja católica. Não nos esqueçamos porém do heroísmo de tantas pessoas comuns. Esta é a Igreja perante a qual tiro o chapéu: aquela em que as figuras religiosas são julgadas não pela magnificência dos paramentos, mas pela grandeza da sua compaixão».
PERÚ-CHILE
Profissão perpétua e diaconado
No passado 3 de Abril, os escolásticos em serviço missionário, Elvis Robert Calero Santos (PE), Fernando Cortés Barbosa (M) e Maciej Tomasz Miasik (PO) fizeram a profissão perpétua na capela da casa provincial de Lima.
A celebração foi presidida pelo P. Rogelio Bustos Juárez, provincial, e teve a participação dos superiores locais que estavam reunidos em assembleia. A liturgia foi animada pelos nossos candidatos e pelas Irmãs Combonianas que aderiram com alegria ao convite.
Domingo 18 de Abril, na paróquia Señor de los Milagros de Trujillo, o bispo auxiliar da cidade, Mons. José Javier Travieso Martín CMF, conferiu a ordem do diaconado a Elvis Calero. No mesmo dia, numa localidade distante da selva central, S. Martín de Pangoa, Maciej Tomasz foi ordenado diácono por Mons. Gerardo Antonio Zerdín Bukovec OFM, bispo vigário de S. Ramon. Ambas as celebrações, cada qual com as suas peculiaridades, foram um momento significativo no caminho iniciado há um ano, por disposição do nosso Instituto. As comunidades que acompanharam estes escolásticos, fizeram-no com alegria, agradecendo a Deus pela sua disponibilidade em servir a missão.
A 9 de Maio foi a vez de Fernando Cortés, em Cerro de Pasco. Saímos em cortejo da igreja de Nuestra Señora del Tránsito até à paróquia de San Juan Pampa, com uma chuvinha que acentuava o frio desta localidade situada a 4.400 metros de altitude. Os grupos paroquiais, juntamente com uma comunidade comboniana do lugar, tinham preparado tudo ao pormenor. Mons. Richard Daniel Alarcón Urrutia, bispo de Tarma, dirigiu aos participantes uma bonita reflexão, convidando Fernando a descobrir a bondade de Deus na família comboniana, a ser corajoso onde quer que se venha a encontrar e sublinhou a importância da dimensão missionária do nosso carisma.
O diácono Maciej voltou para a Polónia, enquanto que Elvis e Fernando permanecerão até ao fim do ano nas comunidades em que se encontram, para depois receber a sua destinação missionária. Desejamos-lhes abundantes bênçãos neste último período de preparação para o sacerdócio.
PORTUGAL
Visita do Papa
Na sua visita apostólica a Portugal, de 11 a 14 de Maio, Bento XVI deixou à Igreja e à sociedade portuguesa uma mensagem de esperança e um apelo à missão e ao não conformismo, pedindo aos leigos para não terem vergonha de serem cristãos.
Nos quatro dias de visita, o Papa passou por Lisboa, Fátima e Porto, onde celebrou a eucaristia em cada uma das cidades e proferiu 11 discursos. Em todos os encontros, o povo compareceu aos milhares, deixando-se render a um Papa sorridente, jovial e cordial. O próprio Papa sentiu-se feliz e reconfortado pelo acolhimento recebido.
Ponto alto da visita papal foi a sua passagem por Fátima, onde meio milhão de peregrinos participou na Missa no santuário. À noite, orientou o terço aos pés da imagem de Nossa Senhora, a quem ofereceu uma rosa de ouro. Teve ainda encontros com religiosos, sacerdotes, seminaristas, com agentes da pastoral social e com os bispos portugueses.
No último dia da visita, celebrou Missa no Porto para uma multidão de mais de 100 mil pessoas. Na homilia fez uma convocatória para a missão, dizendo que «o cristão é um missionário de Cristo enviado ao mundo».
REP. CENTRO-AFRICANA
Semana de oração pelas vocações
A paróquia de Nossa Senhora de Fátima, de Bangui, celebrou com vivo interesse a semana de oração pelas vocações, que foi rica de contributos e de símbolos. Foram organizadas várias iniciativas para pôr em relevo a riqueza de cada vocação na Igreja mas também as exigências que ela comporta. Neste Ano Sacerdotal, a tónica foi posta nas vocações religiosas e sacerdotais. Os dias de 18 a 21 de Abril foram uma ocasião durante a qual o grupo dos jovens que se sentem chamados e os seus pais viveram juntos momentos de oração, de adoração, de reflexão sobre a chamada de Deus, de serviço gratuito aos pobres, de diálogo entre pais e filhos. De facto, os pais expressaram as suas expectativas a respeito do caminho empreendido pelos filhos, recordando-lhes que requer verdade e docilidade. Por sua vez, os filhos pediram aos pais para os ajudar apoiando-os nos estudos, com a oração e o bom testemunho para que possam responder com generosidade à chamada do Senhor. Um outro momento forte foi o testemunho das experiências de missão feita por dois missionários, P. Beka Jonas Titã-Olema-Mbeko, comboniano, originário da paróquia de Fátima, e Irmã Christine, das Irmãs de São Paulo de Chartres. Os serões foram dedicados à projecção de filmes sobre pessoas que consagraram toda a sua vida ao serviço do Senhor e dos mais pobres. A semana teve o seu momento culminante na celebração eucarística de domingo de manhã, 25 de Abril, durante a qual o P. Léonard Ndjadi, comboniano e responsável das vocações, apresentou à comunidade os jovens que aspiram a ser sacerdotes, irmãs e irmãos. Os fiéis rezam também por uma dezena de sacerdotes, religiosos e religiosas, originários de Nossa Senhora de Fátima. Paróquia missionária, deu bem três sacerdotes combonianos, P. Jonas, P. Ugues-Sylvain Songho e P. Godéfroy-Médard Longba. Ao meio-dia, foi oferecido um almoço a estes jovens e aos sacerdotes e irmãs da paróquia pela Associação dos Pais dos Jovens de Fátima. Confiamos estes viveiros de vocações aos cuidados maternos da Virgem Santa Maria, Nossa Senhora de Fátima.
SUL DO SUDÃO
Bênção da igreja Yirol
Domingo 16 de Maio de 2010 Mons. Cesare Mazzolari de Rumbek benzeu a nova igreja paroquial de Yirol, uma missão do Sul do Sudão ao cuidado dos Combonianos. Mais de 1000 paroquianos encheram a nova igreja, onde se encontravam também alguns benfeitores italianos e espanhóis, representantes do governo, membros de várias ONG e religiosos. O P. Testaye Tadesse Gebresilasie, assistente geral em visita à província, o P. Luciano Perina, provincial, e o Ir. António Manuel Nunes Ferreira, ecónomo provincial, representaram o Instituto na cerimónia. Mons. Mazzolari disse que estava a consagrar um lugar onde a vida será continuamente transformada pela gente reunida na escuta da Palavra e na celebração dos sacramentos.
O P. José Javier Parladé Escobar, pároco, agradeceu aos amigos italianos e espanhóis pelo seu apoio. David Deng Athorbei, ministro das finanças no governo do Sul do Sudão e representante do Presidente Salva Kiir Mayardit, prometeu 50 mil estrelinhas sudanesas (US$ 20.000) e um gerador para fornecer corrente eléctrica à igreja, à escola primária e ao hospital.
A igreja é dedicada à Santa Cruz, visto que Yirol se encontra a 72 km da missão onde Daniel Comboni esteve, entre 1858-1859, localidade conhecida ainda hoje como Kennisa (igreja, em árabe). A nova igreja pode conter confortavelmente 750 pessoas e foram precisos sete anos para a construir. Substitui a anterior, construída com materiais locais e com tecto de palha, que agora será adaptada para escola primária, com quatro salas, cada uma com 90 alunos.
A missão de Yirol (Lakes State),tem a seu cuidado uma vasta população, na maioria cristã, católicos, principalmente, e protestantes. A paróquia de Santa Cruz tem 42 capelas e centros de oração e uma centena de catequistas.
O P. Parladé ocupa-se também da construção de pequenas escolas. Em oito anos construiu 27 escolas primárias que passou para o governo.
Rezemos pelos nossos defuntos
* O IRMÃO: Luigi, do P. Antonio Colombo (†); Rodolfo Armando, do P. Gerardo Alvaro Oviedo Casillas (A); César, do P. Pedro Juan Quilla Torres (PE).
* A IRMÃ: Carla, do P. Ferdinando Gusmeroli (†); Elisa, do P. Guido Miotti (U); Maria, do Ir. Fulvio Lorenzini (I).
* AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. Teresa Maria Spina.