Noticiário mensal dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus

DIRECÇÃO GERAL

Nomeações
O P. David Kinnear Glenday
foi nomeado secretário geral da União dos Superiores Gerais (USG). Terá o encargo de coordenar as actividades «em comum» dos Institutos e Congregações religiosas e trabalhar em sintonia com a Congregação para a Vida Consagrada. O P. Glenday residirá na via Luigi Lilio a partir de 3 de Março de 2009.
O P. Miguel Angel Llamazares González, vice-delegado, chefiará ad interim a Delegação da Ásia a partir de 1 de Janeiro de 2009 até à nomeação do novo Delegado.
Ao P. Glenday e ao P. Llamazares os nossos agradecimentos e os mais sinceros votos de felicidades.

Ordenações sacerdotais
P. Korir John Kipkemoi(KE) Kericho (KE) 06.12.2008

Obra do Redentor
Janeiro 01 – 07 A 08 – 15 C 16 – 31 BNE
Fevereiro 01 – 15 BS 16 – 28 CA

Intenções de oração

Janeiro
– Para que governantes e organismos humanitários mundiais se esforcem por impedir as guerras e o tráfico de armas e, todos juntos, nos empenhemos em promover a paz na justiça. Oremos.

Fevereiro – Para que a paixão de São Daniel Comboni pelos mais pobres e esquecidos nos ajude a descobrir neles o rosto de Deus, a abraçar os seus sofrimentos e a viver com realismo evangélico a nossa pobreza. Oremos.

REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA

Peregrinação diocesana

De 5 a 6 de Dezembro realizou-se a quarta peregrinação diocesana ao santuário mariano de Ngoukomba, a 23 km de Bangui. A convite de D. Paulin Pomodimo, Arcebispo de Bangui, os fiéis católicos, os sacerdotes, as comunidades religiosas incluindo as protestantes e alguns muçulmanos deslocaram-se a este lugar, já considerado santo pelo povo de Deus da República Centro-africana. Este ano a peregrinação fazia-se sob o signo da conversão e da reconciliação. A noite da vigília era dedicada à catequese sobre a confissão e à celebração do sacramento da confissão.
A Missa solene foi celebrada de manhã pelo arcebispo de Bangui, rodeado por cerca de oitenta sacerdotes. Os peregrinos eram, segundo as estimativas, 50.000. Se no ano passado todos os peregrinos viram, em plena celebração, o sinal da cruz surgir sobre a nuvem, este ano, dizia o celebrante, é bom «que cada um trace esse sinal no seu coração e se converta». Conversão, reconciliação e paz, três orações e três expectativas dos centro-africanos nas vésperas do diálogo político inclusivo. O tropel para alcançar o lugar, infelizmente, causou um morto, mas felizmente, viu também o nascimento de dois bebés.

A festa da Imaculada Conceição
Na família comboniana, dois tempos fortes marcaram a festa da Imaculada Conceição. Segunda-feira, 8 de Dezembro, a Missa presidida pelo P. Godefroy-Médard Longba nas Irmãs Missionárias Combonianas, foi particularmente significativa para estas. Todas, de facto, renovaram a sua consagração a Deus e à missão na esteira de São Daniel Comboni e a exemplo da Santíssima Virgem Maria, a Imaculada Conceição.
Depois da Missa, foi oferecido e partilhado um almoço fraterno. Na festa, estavam presentes também os sacerdotes da paróquia de Santo António de Pádua (Bimbo). Quarta-feira, dia 10, na Maison Comboni, houve um retiro no qual sacerdotes e religiosas, ajudados pela reflexão do P. Benedetto Giupponi, meditaram sobre as atitudes a viver durante este tempo de Advento para receber o Senhor que vem.

Diálogo inter-centroafricano
Enquanto festejávamos a Imaculada Conceição, abria-se na sede da Assembleia Nacional o diálogo político inclusivo. Todas as forças vivas do país, de modo particular os políticos, a oposição e a sociedade civil reuniram-se para que, encorajados pela comunidade internacional e profundamente interpelados pelo grande sofrimento da população, pudessem falar entre si e, como em família, procurar as vias e os meios para fazer o país sair da complexa crise em que o país caiu. Com tal objectivo, o comité permanente dos bispos lançou um vibrante apelo aos participantes: «Fazemos novamente apelo a todos quantos tomarão parte neste diálogo a não desiludir a esperança do país, caso contrário a história nos julgará severamente». Os bispos pedem ao povo centro-africano «que cada um no lugar que ocupa se mobilize a favor do sucesso deste encontro decisivo para o futuro do nosso país. Porque, de uma forma ou de outra, seremos afectados pelo resultado deste diálogo, para o melhor ou para o pior». Caminhando para o Natal, rezemos para que o Senhor inspire as reflexões e os intercâmbios dos participantes para restaurar a justiça e a paz entre todos os cidadãos deste país ferido.

EQUADOR

«Pensa!», o novo CD de Lírica Obscura

A 4 de Junho de 2008, o Centro Afro de Guayaquil organizou, na sede da Alliance Française, uma conferência de imprensa para apresentar «Pensa!», o CD de Lírica Obscura, um grupo de jovens rap afro. O CD contém canções-mensagem e canções religiosas da «Missa rap», através dos quais Lírica Obscura exorta os jovens a reflectir sobre a orientação que querem dar à sua vida.
Na conferência de imprensa estavam presentes diversos meios de comunicação, entre os quais a Gama TV, uma das principais emissoras televisivas do país, que transmitiu uma reportagem-entrevista sobre o acontecimento, no noticiário das 20.00 h. do dia 6 de Junho. Na ocasião da conferência de imprensa, os jovens – que seguem a formação no Centro Afro dos Missionários Combonianos – explicaram o significado do nome Lírica Obscura: da obscuridade do gueto e da marginalização queremos lançar uma música, uma luz, uma canção de protesto e de amor a toda a sociedade.
O CD é utilizado nas nossas missões de bairro, porque a mensagem e a linguagem de Lírica Obscura chega rapidamente ao coração dos jovens. Alguns membros do grupo, depois da preparação para receber o baptismo, estão agora envolvidos pessoalmente na actividade evangelizadora que a pastoral afro está a levar a cabo em vários bairros de Guayaquil.
A primeira canção com que se deram a conhecer é «a vida é uma roleta», onde a morte é vista como uma realidade que os jovens-afro de Trinipuerto têm de enfrentar todos os dias: morte causada pela sida, pela violência dos delinquentes e da polícia, pela droga, etc. Perante esta realidade de morte, Lírica Obscura propõe-se fazer entrar Deus de modo estável na nossa vida para que guie o nosso caminho, e não para recorrer a Ele só nos momentos de extrema necessidade: «Quando Deus bate à tua porta não o deixas entrar. Quando estás em dificuldade, recordas-te d’Ele. Chama-lo e implora-lo e ele tem de salvar a tua vida. E muitas vezes choras porque não queres mudar». Exprimem implicitamente um anseio missionário, a inquietação de dar a conhecer Deus a todas as pessoas «perdidas» que nunca ouviram falar d’Ele: «Esquecemo-nos dos vivos que estão perdidos. No mundo obscuro que já conheceram, drogando-se nas ruas, tudo se confunde. Mas existe o Senhor e não lho tinham dito».
O Centro Afro de Guayaquil procura valorizar a voz, o canto e a criatividade dos jovens afro e pôr tudo ao serviço da evangelização, para que estes jovens sejam missionários no meio do seu próprio povo.

Primeiro encontro dos familiares dos Combonianos
Sábado, 13 de Dezembro, na casa provincial, teve lugar pela primeira vez o encontro das famílias dos Missionários Combonianos equatorianos de votos perpétuos e temporários. O convite feito pelo P. Claudio Zendron e pela comissão para a formação permanente foi bem recebido. Juntos, e a partir da experiência missionária, procurámos responder à pergunta «que significa ser católico?». São Paulo, na sua carta aos Efésios (3, 18-19) fala-nos da catolicidade do amor de Deus manifestado em Cristo. O missionário vive esta dimensão profunda que nos vem do Espírito, promovendo a unidade na diversidade, a universalidade e a plenitude de vida.
O nosso empenhamento é crescer nesta espiritualidade e tornar-nos protagonistas, agentes multiplicadores e não ficar de braços cruzados, satisfeitos por ter dado um filho ou um irmão às missões.
Reunir-nos-emos cada ano e entretanto procuraremos maneira de criar uma rede de benfeitores entre os nossos familiares, amigos e pessoas da paróquia. A fé reforça-se dando-a! Este tornou-se o nosso grito de luta.

ITÁLIA

150º aniversário do nascimento de Dom Roveggio

Ocorre este ano o 150º aniversário de nascimento do Servo de Deus, D. Antonio Maria Roveggio (1858-1902), o primeiro religioso da nova congregação dos Filhos do S. Coração de Jesus (1885), que emitiu os votos religiosos em Verona a 28 de Outubro de 1887, na segunda sede do Instituto, que tinha sido adquirida pelo próprio São Daniel Comboni na Via del Seminario. O P. Roveggio foi depois bispo (1895) do vicariato da África Central e foi o segundo sucessor de Comboni na sede de Cartum.
O Servo de Deus nasceu em S. Sebastiano de Cologna Veneta, uma povoação na província de Verona e diocese de Vicenza. Foi baptizado na igreja de S. Sebastiano: uma lápide por cima do baptistério, um busto e uma lamparina recordam-no. Em Cologna Veneta conserva-se na sacristia um belo quadro a óleo de Roveggio e a ele é dedicado o Liceu Científico Estatal.
A fim de manter vivo o testemunho deste grande missionário e de cultivar a sua fama de santidade, a comunidade da Casa Mãe de Verona contactou as paróquias de S. Sebastiano, de Santo Andrea (sede da Unidade pastoral), e de Cologna Veneta, para algumas iniciativas de pastoral missionária: pregação nas Missas dominicais de 30 de Novembro e 14 de Dezembro; séries de catequeses aos jovens das escolas primárias e secundárias; ampla difusão da estampa e do opúsculo biográfico de Roveggio: «Missão sem Compensações», escrito pelo P. Lorenzo Gaiga. Todos estes momentos são acompanhados de uma oração pela beatificação do Servo de Deus.
Para 2009 espera-se que se organize – por iniciativa das paróquias, dioceses, entidades locais, a nossa postulação geral, Studium Combonianum – uma comemoração oficial, com estudos e pesquisas sobre a figura e o seu tempo, recordando os inícios da missão africana no Sudão, os primeiros decénios da vida do Instituto e, ao mesmo tempo, os desenvolvimentos e os desafios missionários, à luz também do novo Sínodo africano de Outubro e do nosso Capítulo Geral de 2009. Com efeito, a revisitação missionária e espiritual de Roveggio poderia oferecer novos estímulos para harmonizar os valores irrenunciáveis da missão, vida espiritual e consagração.

Assembleia dos Superiores
De 1 a 4 de Dezembro reuniram-se em Pesaro os superiores das 23 comunidades da província italiana, juntamente com os membros do conselho provincial, os secretários de sector e os delegados ao Capítulo, para um momento de formação permanente e de partilha do caminho da província. O tema geral do encontro foi «Vida em plenitude nas nossas comunidades». Desenvolveu-o primeiramente o P. Giovanni Taneburgo, apresentando alguns quadros bíblicos da comunidade missionária; seguidamente o P. Lorenzo Fratini apresentou o Código Deontológico como contributo a fazer aumentar a caridade e a justiça nas relações comunitárias, e o Dehoniano P. Guiliano Stenico falou do acolhimento dos confrades em dificuldade ou vítimas de várias formas de dependência. O provincial e os secretariados (animação missionária, evangelização, formação permanente, comissão idosos e doentes, economia) apresentaram breves relatórios. Faltou a presença do secretariado para a promoção das vocações, que vive um momento de transição, com várias partidas e um intercâmbio de pessoal insuficiente. Os superiores e o conselho provincial puderam confrontar-se acerca de várias problemáticas actuais da província, renovando o empenhamento em fazer das nossas comunidades uma presença missionária significativa, na comunhão e na corresponsabilidade.

QUÉNIA

Mensagem natalícia do Cardeal John Njue

«Há situações que tendem a distrair-nos dos valores do Reino», afirma o arcebispo de Nairobi, cardeal John Njue, na sua mensagem natalícia dirigida à população da cidade. Refere-se, claramente, à «violência que vivemos no início deste ano e ao interrompido grito de justiça especialmente por parte dos irmãos que ainda residem nos campos de deslocados no interior do país». O Cardeal, todavia, não fala dos recentes desenvolvimentos na vida do país, como a agitação pelos problemas não resolvidos, as preocupações pelo aumento do custo dos bens alimentares e as difíceis relações com os políticos que se auto-exoneraram do pagamento das taxas e, como desforra, fizeram passar uma lei para amordaçar os jornais que falaram da sua ganância, corrupção e indiferença em relação à população do Quénia.
O Cardeal prossegue: «O Natal é conhecido como a comemoração anual do nascimento de Jesus, mas tornou-se uma celebração profana… Temos de voltar ao seu significado original, que é o de reconhecer que Deus está no meio de nós».
Referindo-se à história de Israel, descreve a alegria dos israelitas que, por intervenção de Deus, tinham sido libertados da escravidão, tendo deixado a Babilónia e regressado a Jerusalém, onde encontraram apenas desilusão e tristeza. De facto, foram recebidos com hostilidade e considerados intrusos por aqueles que tinham ficado na Judeia depois da destruição do templo e de Jerusalém. «O problema da terra, a partilha de poderes, a propriedade e os bens entrepõem-se entre eles». E com uma subtil alusão ao que está a acontecer no Quénia, acrescenta: «Hoje neste país estamos postos perante uma situação semelhante à do povo de Israel no ano 530 a.C. Vemos que a prometida libertação social, política, económica e espiritual está incompleta». Na actual situação crítica não se diz nada aos políticos, aos membros do parlamento e às autoridades do Estado. Mas a mensagem subentendida é clara também para eles.

Ordenação sacerdotal
A nossa província tem mais uma vez motivo para celebrar um Natal feliz este ano, depois do dom da ordenação sacerdotal do P. John Kipkemoi Korir, a 6 de Dezembro de 2008. A cerimónia teve lugar em Roret, a sua paróquia, na diocese de Kericho. O promotor vocacional aproveitou a oportunidade para animar a paróquia durante uma semana antes da ordenação. Visitando algumas capelas da paróquia, falou quer aos jovens, quer aos adultos que mostraram grande desejo de conhecer melhor os Missionários Combonianos e o seu trabalho. Foi uma alegria para todos nós, ver a intensa participação dos paroquianos e da gente vinda de outras paragens para tomar parte no grande dia da ordenação. A missão comboniana de Amakuriat, onde John fez a sua experiência de escolástico e de diácono, estava bem representada por um grupo de Pokot que participaram na liturgia segundo o seu estilo. Houve também uma ampla presença de Combonianos e Combonianas, para além de sacerdotes diocesanos. Na homilia, o bispo oficiante, D. Emmanuel Okombo, pronunciou palavras de encorajamento recordando que com o P. John Korir, a Igreja local de Kericho «deu à luz um apóstolo-missionário que agora envia ao mundo para proclamar Cristo».
No dia seguinte, o P. John celebrou a sua primeira Missa na igreja paroquial e, dia 8 de Dezembro, uma outra sugestiva cerimónia na sua aldeia. O P. John foi destinado à província do Egipto.

Mapas Zonais da província do Quénia
A presença dos Missionários Combonianos no Quénia está repartida em quatro zonas: Marsabit, Turkana, Pokot e Nairobi. As zonas de Marsabit, Turkana e Pokot encontram-se no norte do País, ocupado predominantemente por povos semi-nómadas, dedicados à pastorícia. Nairobi, pelo contrário, é uma cidade africana moderna, no centro do País, sede do governo, dos escritórios de diversas agências das Nações Unidas, de missões diplomáticas, bancos e empresas. É uma metrópole com mais de quatro milhões de habitantes, a maioria dos quais (60%) vive em bairros de lata.
Cada zona tem as suas características no que concerne à composição étnica e à diversidade de línguas, costumes, religiões e estruturas, pelo que apresenta desafios, oportunidades e prioridades diversificadas ao trabalho de evangelização. Cada uma, portanto, requer uma metodologia e um programa de pastoral apropriado.
Os Combonianos de cada uma destas zonas empenharam-se em estudar a situação, os problemas e as expectativas das várias populações e dos agentes da pastoral e no final redigiram mapas que deveriam ajudá-los a enfrentar os desafios e a seleccionar as prioridades. Nasceram assim os Mapas Zonais.

CARTUM

O cardeal Zubeir renova uma outra tradição

Comboni, depois da consagração do Vicariato da África Central ao Sagrado Coração (14 de Setembro de 1873), consagrou-o também a Nossa Senhora do Sagrado Coração. Numa carta pastoral escrita em Delen a 24 de Outubro de 1875, dava as motivações desta iniciativa pastoral (E 3990-4001). Maria é a chave que abre a porta do Coração de Jesus. A Consagração (E 4002-4005) é feita na solenidade da Imaculada Conceição de 1875.
Com o passar dos anos, tal como tinha acontecido com a consagração ao Sagrado Coração de Jesus, perdeu-se também a tradição de renovar a consagração a Nossa Senhora do Sagrado Coração.
Há cinco anos, o cardeal Gabriel Zubeir Wako renovou as duas tradições. De facto, a partir de 2004, em cada ano, na arquidiocese de Cartum, tem lugar a renovação das duas consagrações: a 14 de Setembro, a consagração ao Sagrado Coração de Jesus e, a 8 de Dezembro, a consagração a Nossa Senhora do Sagrado Coração.
Este ano, a consagração a Nossa Senhora teve um significado especial: marcava o regresso do Cardeal Zubeir da Europa, onde tinha passado mais de dois meses para tratamentos médicos. O Cardeal desejava muito estar presente para a ocasião e o seu regresso foi interpretado pelos fiéis como um sinal da protecção de Maria.
Também a oração da consagração foi renovada: a última parte, de facto, foi feita sob forma de oração dos fiéis na qual tinham sido incluídas as necessidades concretas da comunidade e da sociedade. Outro elemento de novidade foi o ter unido a consagração a gestos concretos de solidariedade: durante o ofertório, em lugar dos dons habituais, a gente levou sorgo, lentilhas, açúcar, azeite, sal e outros alimentos que foram depois oferecidos às crianças de rua, para as quais o diácono Kamal abriu, na diocese, algumas comunidades que actualmente carecem de alimentos.

Aprovação do Programa ERS
A inesperada notícia chegou a 2 de Dezembro de 2008, trazida pelo P. Giuseppe Puttinato, reitor do Colégio Comboni de Ciência e Tecnologia (CCST): «Finalmente ERS (Ciências de Educação e Religião), o antigo CTTC, foi aprovado pelo Ministério Federal para os Estudos Superiores». D. Daniel Adwok, bispo auxiliar de Cartum, comunicou a notícia ao cardeal Zubeir, em Itália para tratamentos médicos, e aos fiéis da arquidiocese: «Caríssimos, congratulamo-nos connosco mesmos por ter obtido do governo o reconhecimento oficial do CTTC. Qualquer que seja o nome que o ministro sugira, penso que temos de ser nós a dar ao Colégio o nome que melhor descreva a visão e a missão do nosso programa. Um sentido obrigado às numerosas pessoas que contribuíram para obter a aprovação».
A aprovação do governo foi o último acto de um longo processo. O Colégio teve início em 1992 por obra do P. Camillo Ballin, agora bispo do Kuwait, com o nome de Colégio para a Preparação dos Professores Católicos (CTTC). O objectivo era preparar pessoal qualificado para o ensino da religião cristã. Até agora já foram diplomados mais de 300 estudantes. Para obter a aprovação do governo, o CTTC teve de introduzir adaptações no plano dos estudos, facto que se reflecte no novo nome: Ciências de Educação e de Religião. Estas adaptações dão, aos que obtêm o diploma no ERS, a possibilidade de ensinar outras matérias, para além da religião cristã. A aprovação não significa que o ERS se tenha tornado um novo Colégio. O Colégio permanece o mesmo (CTTC): ERS é um novo programa, o quarto, sob a égide do CTTC.
Este ano 62 estudantes completaram os estudos no Colégio Comboni de Ciência e Tecnologia: 32 licenciaram-se em Ciências do Computador e 30 receberam o diploma em Tecnologia da Informação. Os que concluíram o 4º ano no CTTC (agora ERS), eram 40.

NAP

O presépio de Cincinnati

Em 2009 ocorre o 70º aniversário da presença dos Missionários Combonianos nos Estados Unidos. Em 1947, apenas oito anos depois da sua chegada, encenaram um presépio animado num velho depósito do seminário comboniano do Sagrado Coração de Cincinnati, Ohio. Com o passar dos anos, o presépio tornou-se cada vez maior, mais atractivo e mais conhecido: hoje ocupa uma sala inteira do edifício principal.
Este presépio criou uma forte ligação entre os Missionários Combonianos e muitas pessoas da zona que, desde há muitos anos, faz dele uma das suas tradições natalícias.
O presépio, com luzes, música, animação e narrativa, faz voltar os visitantes atrás no tempo, a Jerusalém, repercorrendo toda a história do Natal. È interessante ver avós, pais e crianças entrar juntos na sala, procurar um lugar de onde ver melhor, falar indicando as muitas figuras do presépio até ao momento em que a luz declina, desce o silêncio e a cidade onde nasceu Jesus toma vida. Ao ouvir a estupenda história do Natal, desvanecem o aspecto material das festas natalícias, as férias, o stress das compras e as preocupações económicas.

PORTUGAL

Formação sobre o Código de Conduta

Os Combonianos portugueses estiveram reunidos na sua casa de Coimbra, de 2 a 3 de Dezembro, para uma sessão de formação sobre o mais recente documento do Instituto, o Código de Conduta.
Na abertura dos trabalhos, o provincial, P. Alberto de Oliveira Silva, referiu-se a esta sessão como um momento de formação permanente, que pretende ajudar cada Comboniano a entender melhor o dom da sua vocação e a vivê-lo responsavelmente. Intervieram o P. Manuel Augusto, que apresentou o documento na sua generalidade, e o P. Samuel Rodrigues, vigário judicial do patriarcado de Lisboa, que, depois de uma pequena introdução, respondeu a algumas interpelações postas pelos confrades.
Na sua apresentação, o P. Manuel Augusto destacou a responsabilidade pessoal e o assumir das consequências de todos os comportamentos como a questão central do Código de Conduta.
Por seu lado, o P. Samuel Rodrigues aludiu à originalidade do documento no contexto da Igreja portuguesa e à sua oportunidade. A sua aceitação será, contudo, um processo gradual; é o princípio duma longa caminhada, disse. No final, os presentes fizeram uma avaliação positiva desta acção de formação, salientando o estímulo que receberam para a leitura, aprofundamento e aceitação do documento.

SUL SUDÃO

Visita do Presidente do País ao Comboni College de Lomin

No dia 2 de Dezembro de 2008, Salva Kiir Mayadit, Presidente do Sul Sudão, visitou a escola superior do Colégio Comboni em Lomin, no decurso da sua viagem em direcção à região de Kajokeji para dar início à reconstrução de 75 milhas de estrada, de Kajokeji a Juba.
O Presidente Kiir foi recebido pelo director da escola, P. Eugenio Magni, e pelos professores e alunos do Colégio Comboni, a escola primária e o infantário. O Presidente disse aos estudantes que são eles a geração que construirá o novo Sudão e encorajou-os a estudar a sério e a dar ouvidos aos seus professores. Recordou como o Comboni College começou em 2000. Naquele tempo os estudantes e os professores tinham de se esconder logo que ouviam o ronco dos aviões Antonov das Forças aéreas sudanesas, preparados para lançar bombas.
O Presidente acrescentou: «Agora há paz e a gente votará em 2009 e, novamente, em 2011, para escolher o seu futuro por meio de um referendo para a autodeterminação. Quando forem votar não esqueçam quem era o vosso inimigo». O Colégio Comboni tem 450 estudantes repartidos por sete anos de escolarização, 26 professores a tempo inteiro e 7 a tempo parcial.

UGANDA

Celebração dos 75 anos da chegada da fé ao Karamoja

Grandes festejos tiveram lugar em Moroto sábado, 22 de Novembro de 2008, para celebrar o 75º aniversário da chegada ao Karamoja dos primeiros missionários católicos.
A Missa solene foi presidida pelo arcebispo Paul Tschan In-Nam, Núncio apostólico no Uganda, e concelebrada por D. Henry Ssentongo, bispo de Moroto, D. Paul Kalanda Lokiru, que foi bispo de Moroto, e D. Emmanuel Obbo A.J., bispo de Soroti. Na belíssima cerimónia, de seis horas, que atraiu um grande número de fiéis de toda a diocese, estavam presentes: o clero local ao completo e muitos missionários e sacerdotes Fidei Donum que tinham trabalhado na diocese durante mais de trinta anos.
A família comboniana estava representada por numerosos confrades, acompanhados pelo provincial do Uganda, e Irmãs Combonianas, acompanhadas pela sua vice-provincial.
A presença de um tão elevado número de fiéis e a sua activa participação nas cerimónias denotam os bons resultados e a maturidade alcançados pela Igreja local, embora haja ainda muito a fazer para consolidar e transformar as comunidades locais em comunidades vivas e auto-suficientes.
A Cruz itinerante encontra-se agora na catedral de Kotido, na expectativa da cerimónia de encerramento que terá lugar a 9 de Dezembro e será presidida pelo bispo emérito, Paul Kalanda. A Cruz será depois levada para Kangole, seu lugar de origem.

D. Franzelli no Sínodo dos Bispos
D. Giuseppe Franzelli foi eleito, juntamente com o arcebispo africano de Mbarara, para representar a Conferência Episcopal Ugandesa no XII Sínodo dos Bispos sobre o tema: «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja», que teve lugar em Roma de 5 a 25 de Outubro de 2008.
Numa das suas reflexões, D. Franzelli descreve o sentimento que teve numa das noites em que se encontrava em Roma para participar nesta Assembleia. Eis as suas palavras: «Contemplava a praça e a cúpula da Basílica de São Pedro, esplendidamente iluminadas nessa noite romana. Quão distante e diferente a humilde catedral de Lira, tornada demasiado pequena para conter a gente que daqui a poucas horas ali irá rezar no dia do Senhor! Mas trata-se da mesma Igreja, a família de Deus à qual todos pertencemos e à qual o Senhor confiou a sua Palavra, a boa-nova do Evangelho que nos pediu para anunciar a todo o mundo».
D. Franzelli tomou a palavra no Sínodo para pedir aos Bispos que não esqueçam a África, tal como fez Comboni durante o Concílio Vaticano I. O imponente encontro de Roma fez-lhe lembrar também aquele mais modesto, realizado no fim de Março em Juba, no Sul Sudão, para a assinatura do acordo de paz entre os rebeldes do LRA e o governo ugandês que todavia não se concretizou devido à não comparência de Kony, o líder do LRA.

NA PAZ DE CRISTO

P. Giuseppe Buffoni
(19.03.1930 – 07.12.2008)

Ir. Amorino de Gaspari (19.12.1920 – 13.12.2008)
O seu necrológio surgirá na próxima Família Comboniana

Oremos pelos nossos defuntos

O PAI
: Edward, do P. Tomasz Marek (PO); Joseph, do Esc. John Hanson P. K. Agboli (T).
A MÃE: Carlotta, do P. Maurizio Balducci (U).
AS IRMÃS MISSIONARIAS COMBONIANAS: Ir. Ottavia Ottaviani; Ir. M. Alfreda Tessaro; Ir. Stavrula Manudaki.
Familia Comboniana n. 660