Noticiário mensal dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus
DIRECÇÃO-GERAL
Secretariado para a Formação
Comissão temática de reflexão sobre a formação
Em preparação para o Capítulo Geral especial ordinário de 2009, o Conselho Geral formou algumas comissões temáticas para aprofundar realidades e temas particulares. A comissão temática de reflexão sobre a formação já se reuniu em Roma de 3 a 10 de Janeiro passado para um primeiro encontro e procurou tomar em consideração as orientações propostas pelo CG. Participaram: o P. Girolamo Miante, secretário geral da Formação, o Ir. Marco Binaghi (CIF de Bogotá), o P. Stéphane Kamanga Mutombo (escolasticado de Kinshasa), o P. Giorgio Padovan (postulado de Pádua), o P. Tesfaye Tadesse Gebresilasie (provincial da Etiópia), o P. José de Jesús Villaseñor Gálvez (escolasticado de Casavatore). Acompanhou os trabalhos, o P. Odelir José Magri, assistente geral. Houve momentos de encontro com o P. Teresino Serra, Superior Geral, e com o Ir. Martinuzzo, assistente geral.
No primeiro dia de trabalhos, a comissão repercorreu o caminho feito nesta ultima década, fazendo sobressair os aspectos que requerem ainda atenção e reflexão.
Em todos os encontros e assembleias efectuados nestes anos houve modo de fazer amplas análises da realidade social, juvenil, eclesial, comboniana que permitiram, por um lado, focalizar os recursos e os pontos de força para qualificar o nosso serviço missionário e, por outro, fazer o ponto da situação sobre aquilo que foi definido «o calcanhar de Aquiles» da formação comboniana (Palência 2005, n. 3). Os documentos de formação contêm linhas e indicações válidas, é a praxis que se revelou pobre e frágil.
Redescobrimo-nos em plena sintonia com a primeira etapa do processo da Ratio Missionis que confirmou a nossa pesquisa e análise (Relatório «Rivedere la Missione rinnovando noi stessi» RM 2007).
Passou-se, depois, às indicações do Conselho Geral para a comissão.
1) Ratio Fundamentalis Studiorum: integrar, no texto decisões destes últimos anos concernentes ao caminho vocacional e formativo. 2) Aprofundar alguns aspectos relativos às decisões do CG (carta sobre a formação, 8 de Abril de 2007). 3) Tomar novamente em consideração o tempo (as etapas) inicial do itinerário comboniano. 4) Interrogar-se sobre como dar continuidade ao caminho feito pela FP dos promotores e formadores. 5) Convidar os confrades encarregados da PV e FdB a colaborar na reflexão.
Preparando-nos para o encontro de 2009, julgamos que a reflexão se deva desenvolver à volta de algumas temáticas centrais que poderão tornar-se a chave de viragem no sistema formativo em continuidade com o que já foi feito no passado. Queremos acentuar, de modo particular, a centralidade da «pessoa», do projecto formativo comboniano e da sua metodologia.
Por isso, a comissão preparou «um documento de trabalho» apresentado em quatro temas principais: 1) Os jovens. 2) Os educadores (promotores vocacionais e formadores). 3) A comunidade. 4) O projecto formativo comboniano. Acerca destes, com a coordenação dos secretários PV e FdB, todas as províncias e delegações são convidadas a colaborar com as suas achegas de reflexão e propostas. Achegas que deverão chegar a Roma, ao secretário-geral da formação, até ao dia 15 de Junho próximo. A comissão encontrar-se-á, uma segunda vez, no início de Setembro para o trabalho de síntese.
O Conselho Geral, na sua carta de 1 de Novembro de 2007, apresentando o caminho de preparação em vista do Capítulo de 2009, escrevia: «Um Capítulo Geral não surtirá efeito se não for acolhido pelo Instituto. Em geral, pode dizer-se que será acolhido na medida em que todos tiverem podido contribuir para a elaboração de uma tomada de consciência comum, renovada pela vocação e pelo carisma do Instituto». É também esse o nosso voto!
Ordenações sacerdotais
P. Recalde Randito Tina (A) Mayapa, Laguna, RP 26.01.2008
Obra do Redentor
Fevereiro 01 – 15 BS 16 – 28 CA
Março 01 – 07 DCA 08 – 16 EG 16 – 31 EC
Intenções de Oração
Fevereiro – Para que a família comboniana seja abençoada com vocações generosas e dispostas a deixar-se consumar no serviço à Missão de Deus. Oremos.
Março – Para que na contemplação do Senhor crucificado, ressuscitado e vivente, possamos enfrentar com fé no nosso serviço missionário os sofrimentos, os obstáculos e as incompreensões. Oremos.
Publicações
Antonio Rosa: «Abuna» Mario, una vita donata all’Africa, pp. 142, publicado por «La Terra Promessa scs onlus – Novara». É a biografia do Ir. Mario Pariani, Missionário Comboniano que, depois de ter vivido nove anos no Sudão (1950-1959), passou quase todo o restante tempo da sua vida no Congo. Em1964 foi preso como refém pelos simba e afortunadamente libertado, mas sucessivamente foi várias vezes obrigado a refugiar-se na floresta para escapar aos rebeldes e aos diversos grupos de soldados. Foi precisamente a comunidade de origem do Ir. Mario, os seus familiares em primeiro lugar, mas também os amigos e o grupo missionário da sua terra, a pedir ao autor para escrever este livro, a fim de manter viva a memória da vocação missionária e do amor pela missão doIr. Mario. Se alguém desejar algumum exemplar, pode dirigir-se aoP. Lino Spezia, na nossa casa de Milão.
Daniel L. A. Nabuya: Evangelização do Karamoja nos séculos XX e XXI, contributo dos Missionários Combonianos mediante décadas de tentativas e de bênçãos, pp. 329. No livro, escrito em inglês, o P. Daniel, sacerdote da diocese de Kotido, descreve os esforços missionários efectuados pela família comboniana (e não só), desde a sua chegada a esta terra (1933) até ao assassinato do P. Mario Mantovani e Ir. Godfrey Kiryowa (2003). Para obter algum exemplar, pode dirigir-se ao provincial do Uganda.
EQUADOR
«Prémio Padre Carlos Crespi»
A Associação Católica de Comunicação Signis-Equador entregou o «Prémio Padre Carlos Crespi», para a categoria vídeo de 2007, ao Missionário Comboniano P. José Barranco Ramírez, pelo documentário intitulado «Francisco do século XXI» que fala de três missionários que assumiram o encargo de cuidar dos pobres e dos sem-abrigo de Quito.
No Equador, o P. Barranco trabalha desde os anos oitenta, tal como já havia feito em Espanha de 1997 a 2003, na produção de vídeos sobre a vida missionária que são transmitidos por algumas televisões estatais e privadas do Equador. Desde Setembro de 2007 estes vídeos são transmitidos também na Bolívia, por algumas redes televisivas. O Centro Daniel Comboni de Carcelén em Quito fornece cópias dos vídeos a diversas províncias combonianas da América Latina.
Muitos jovens, neste período, depois de terem visto os vídeos na TV, dirigem-se às nossas casas de Quito para um discernimento vocacional missionário. Este trabalho de animação missionária favorecerá certamente a preparação do Colma 8 ou Cam 3 que se realizará em Quito em Agosto deste ano. Parabéns ao P. Barranco por este grande serviço à animação missionária.
EGIPTO
Primeiro sítio web comboniano em língua árabe
O sítio web (www.comboniegypt.org) da Delegação, iniciado em língua inglesa em Setembro de 2007, 150 anos depois da primeira chegada dos Missionários ao Egipto, incluía já uma secção «ebooks» com alguns livros sobre Comboni em língua árabe. Durante os primeiros três meses verificou-se que cerca de metade dos visitantes do sítio mostravam grande interesse pelos documentos em língua árabe e que provinham de países de língua árabe (Egipto, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Jordânia, Omã e Bahrein).
Assim, no final de Dezembro o sítio deu um passo em frente completando a secção em língua árabe e é o primeiro sítio comboniano nesta língua. Esperamos que possa ser um instrumento útil para a animação missionária no Egipto e nos demais países onde estamos presentes.
Deste modo, os Missionários Combonianos que trabalham nestas zonas têm agora a possibilidade de descarregar material em árabe sobre Comboni a utilizar no serviço pastoral.
Assembleia da Delegação
De 2 a 4 de Janeiro de 2008 a Delegação realizou a sua assembleia anual. Todos os confrades presentes no Egipto, excepto o P. Zeno Picotti que está convalescente, se reuniram em Moqattam para a segunda parte da fase do discernimento da Ratio Missionis. Seguindo o método do discernimento comunitário, debateu-se também o Código de Conduta e da concretização do Fundo Comum Total.
QUÉNIA
Grave crise
A situação do Quénia, neste momento, é muito crítica: há confrontos nas maiores cidades e há o risco de que estes confrontos, já com derramamento de sangue, entre duas tribos, se endureçam. Aqui em Korogocho temos vivido momentos muito dramáticos. A nossa comunidade está situada no centro das zonas onde vivem estas tribos e o ódio, fomentado também por falsas informações, leva ao desencadear ataques seja de uma parte seja da outra.
Procuro fazer agora uma rápida cronologia dos acontecimentos destes últimos dias.
– 27 de Dezembro de 2007: dia, tão aguardado, das eleições, que se desenrolaram com ordem e calma.
– 28 de Dezembro: todos aguardam a proclamação do vencedor depois da contagem dos votos que é seguida em directo pelas televisões estatais e locais privadas. Raila parece estar à frente com um milhão de votos a mais. O anúncio dos resultados por parte da comissão eleitoral é adiado várias vezes e depois remetido para o dia seguinte.
– 29 de Dezembro: fim da manhã, na cidade, a tensão aumenta e há confrontos em Kibera, que é a circunscrição de Raila. A agitação cresce à medida que os votos de Kibaki aumentam e atingem o número dos de Raila, para depois os ultrapassar na manhã seguinte. A noite é turbulenta em diversas partes da cidade, especialmente nos bairros de lata. Aqui em Korogocho o balanço é de 7 mortos da etnia Luo, entre os quais duas crianças.
– 30 de Dezembro: espera-se o anúncio da comissão eleitoral, mas entretanto compreende-se claramente que, por parte de Kibaki, houve fraudes. O facto parece inverosímil, porque entre os grandes derrotados encontram-se 21 ministros, e muitos parlamentares fiéis a Kibaki; não é possível que os Quenianos tenham votado tão desastrosamente! À noite, o juramento de Kibaki faz-se à porta fechada, na State House, em presença de poucos representantes. Abre-se assim uma grave crise política e social. Logo após o anúncio do novo presidente, em muitas cidades como Kisumu, Eldoret e outras, a violência e os confrontos com a polícia elevam, num só dia, o número de mortos para 124.
– 31 de Dezembro: às 6 da manhã, os Luo de Korogocho lançam uma grande ofensiva contra os Kikuyu, para se vingar dos 7 mortos.
Continua a ser esta a situação nestes dias. Com o P. Daniel Moschetti e outros pastores da zona procuramos fazer uma negociação de paz, e seguidamente organizamos uma procissão pacífica gritando «amani kwa wakenia» (paz para todos os quenianos), procurando dialogar com todos os grupos de jovens que se armaram de catanas e bastões para defender e/ou atacar. À nossa volta respira-se raiva e enorme tensão, ao mesmo tempo que o grupo dos pacifistas, compreensivelmente, se torna cada vez mais exíguo. Apercebemo-nos de que é uma guerra entre pobres, instrumentalizados pela política que, aqui como noutras partes, tira partido da divisão para dominar melhor. Por outro lado, no meio destes jovens enfurecidos por causa das fraudes eleitorais, há também ladrões que se aproveitam da situação para roubar e saquear.
Finalmente atinge-se uma trégua que tem, como resultado, uma noite de S. Silvestre muito silenciosa, de um silêncio surrealista: nem um só grito de alegria pelo 2008 que dá os seus primeiros sinais de vida. Iniciativas de diálogo tomam-se um pouco por toda a parte, menos nas cúpulas. Kibaki cala.
– 1 de Janeiro de 2008: A tensão é alta, pouca gente vem à Missa à igreja de St. John onde com o P. Daniel celebramos a Missa do Dia mundial da paz; até mesmo nas ruas há pouca gente. Começa a fazer-se sentir a escassez de víveres, as lojas estão fechadas, por medo ou porque saqueadas; as mulheres, ao longo da estrada, não aparecem diante das habituais panelas de feijão e milho (Githeri) ou peixe frito. A situação torna-se confusa, correm vozes de ataques por parte de bandos que vêm de fora e isso cria alarme nas comunidades. Em todo o país se verificam actos de violência contra os Kikuyu e também contra os Luo. O mais grave é o de Eldoret (cidade a nordeste do país) onde 200 kikuyu se refugiam numa igreja (Assembly of God) e 50 são queimados vivos. Grande parte mulheres e crianças.
À luz destes factos e das declarações oficiais de fraudes e vista também a estratégica posição do Quénia no leste de África, considera-se importante uma intervenção da comunidade internacional.
Como missionário, nestes dias sinto ter feito aquilo que é normal para um cristão: permanecer ao lado da gente com as suas alegrias e as suas dores para testemunhar a presença do Emanuel.
Não sabemos se o pior já passou ou se está ainda para vir, mas sentimos que o futuro não pode ser escrito sem os pobres e os excluídos. A política internacional deveria aprender com tempos difíceis como estes, do Quénia ou do Ruanda, do Congo, do Médio Oriente, etc., a promover uma acção política capaz de se tornar uma «elevada forma de caridade» como diziam em uníssono Giogio La Pira e Paulo VI.
Um obrigado a quantos rezam por nós, missionários no Quénia, ajudando-nos assim a ser sinal de esperança e da ternura de Deus. (P. Paolo Latorre).
CARTUM
Segundo sínodo diocesano
A arquidiocese de Cartum acaba de concluiu o segundo sínodo diocesano, um percurso que durou seis anos. Ao contrário do primeiro, que teve lugar nos anos noventa e foi principalmente obra dos agentes da pastoral, o segundo quis ser o sínodo das paróquias. O cardeal Zubeir, que foi o seu principal promotor, procurou envolver a maior parte dos fiéis, ouvindo-os, ajudando-os a reflectir sobre si mesmos e encorajando-os a ser parte activa na preparação, nas decisões e na concretização.
Assim, grande parte do trabalho foi confiado às paróquias, responsabilizando os párocos, os coadjutores, os conselhos pastorais e os comités para o sínodo, instituídos em cada paróquia. Os resultados foram os mais díspares, de acordo com o nível de compreensão e de interesse destes organismos locais. A nível diocesano, houve assembleias-gerais periódicas onde todas as paróquias se reuniram para confrontar os dados recolhidos e o caminho percorrido e sugerir metodologias para prosseguir nas diferentes etapas do longo caminho.
O sínodo iniciou com a fase do ver. Através de um questionário, foram individualizadas sete áreas de maior interesse: evangelização, família, liturgia, unidade e comunhão, islamização e arabização, guerra e injustiça, Igreja e governo. Cada paróquia organizou encontros e recolheu as opiniões dos fiéis sobre estes temas. Todo o material foi depois debatido a nível diocesano, numa grande assembleia, onde foram expostas as sínteses de cada paróquia.
Na fase do julgar, de entre as sete áreas, foram escolhidas 4 prioridades particularmente significativas a nível diocesano: evangelização, família, liturgia, unidade e comunhão.
O trabalho regressou às paróquias para uma nova série de debates. Procurou-se reler a realidade observada à luz da Palavra de Deus e do ensinamento da Igreja. O objectivo desta fase, era procurar compreender como Deus vê e julga a nossa realidade e, partindo daí, tentar entrever a missão que Deus nos confia em cada uma destas áreas para chegar a uma visão que possa conduzir-nos à fase sucessiva, o agir.
Assim, na conclusão da fase do julgar, foram delineadas quatro perspectivas, uma para cada prioridade, e um tema geral para o caminho da diocese: «Chamados como uma família em Cristo, a ser santos e testemunhas do Reino de Deus».
Os elementos desta visão, a chamada de Deus, a unidade em Cristo, a santidade e o testemunho do Reino Deus, foram aprofundados, meditados e apresentados aos fiéis na fase do agir. Trata-se, com efeito, dos elementos que deverão ser constantemente tidos em conta antes de traçar os planos pastorais para os próximos 5 anos. A força desta visão está em orientar o caminho das diversas paróquias em direcção a uma meta comum, mesmo que os percursos possam ser diferentes, porque baseados nas realidades locais. Nesta fase, como foi várias vezes repetido, é necessário «pensar diocesano, agir localmente».
Houve um esforço conjunto para fixar os objectivos a que cada uma das prioridades deverá tender nos próximos 5 anos. Para a evangelização: «Qualificar os agentes da pastoral a fim de tornar viva a Palavra de Deus perante a comunidade dos fiéis». Para a família: «Tornar a família cristã Igreja doméstica evangelizadora das outras famílias». Para a liturgia: «Tornar as celebrações litúrgicas ocasião para a participação consciente e activa no mistério de Cristo e momento propício de salvação, aprofundamento da fé e anúncio». Para a unidade e comunhão: «Planificar e trabalhar em conjunto com espírito de grupo, fidelidade e distribuição de papéis entre os membros».
A cada paróquia cabe a tarefa de fixar os objectivos intermédios, enquanto etapas em ordem aos objectivos finais. Cada paróquia procurou traçar um plano pastoral que oriente o caminho até 2012, quando o país terá de decidir, com um referendo, se o Sul deve continuar a formar parte de um único Sudão ou se deve separar. Uma decisão que terá grande impacto no rosto da Igreja do Norte do Sudão e levará provavelmente a iniciar um terceiro sínodo diocesano. (P. Angelo Giorgetti)
NAP
Celebração para o envio de Leigos Missionários Combonianos
A família comboniana continua a crescer em número e compromissos. Dia 16 de Dezembro, na paróquia de St. Louise de Marillac, vizinha do Comboni Mission Center em La Grange Park, Illinóis, realizou-se uma cerimónia de envio de 4 adultos e duas crianças. A Missa foi concelebrada pelo P. David William Bohnsack, P. Angelo Biancalana, P. Angel Camorlinga Maldonado, e P. Michele Stragapede.
Durante a cerimónia, cada um dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) leu a promessa de consagração que tinha pessoalmente escrito. Todos receberam a bênção e a cruz missionária em madeira de oliveira, produto artesanal da Terra Santa.
Estavam presentes cerca de sessenta pessoas entre amigos e familiares, mas também responsáveis e amigos locais do programa (CLMP). Depois da cerimónia seguiu-se um refresco no Comboni Mission Center.
Mike Florino, um dos LMC enviados, deveria partir para Nairobi, Quénia, a 1 de Janeiro, mas a viagem foi adiada devido à crise no País. Está agora na Tanzânia para um curso de língua até ao mês de Maio. Mike conhece a África, visto ter servido durante três anos no Uganda como professor missionário voluntário e anseia regressar ao seu compromisso missionário apesar da situação difícil do Quénia. Trabalhará com Susan Coopersmith. Nesta situação de caos e de perigo, Susan, que foi vítima de uma rapina, continua actualmente a aventurar-se nos bairros de lata. Tendo pedido a renovação do seu contrato de três anos com os LMC, no próximo mês de Abril voltará para os Estados Unidos para um período de descanso.
Os cônjuges Bart Hisgen e Cynthia Miller, com os seus dois filhos, foram destinados ao Peru, onde darão o seu contributo no hospital, na paróquia e no desenvolvimento da comunidade local.
Dave Parrilli técnico em campo educativo com largos anos de experiência nos campos juvenis de Verão, será muito útil à comunidade comboniana de San Luís, Guatemala, para onde se deslocará no mês de Abril.
Agradecemos ao Senhor pela grande dedicação destes missionários leigos e rezamos por eles, para que, no espírito de São Daniel Comboni, possam levar a Boa Nova aos mais pobres e abandonados dos seus filhos.
(Mary Bertolini)
PORTUGAL
Encontro sobre o tráfico de pessoas
Segundo os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o tráfico de mulheres, no mundo, rende cerca de 25 milhões de euros. A este propósito, a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) instituiu uma Comissão de apoio às vítimas do tráfico de pessoas a fim de sensibilizar os Institutos religiosos a abrirem-se a esta problemática emergente. Com este objectivo, a Comissão organizou um encontro de formação que teve lugar em Fátima a 12 de Janeiro sobre o tráfico de pessoas. Os participantes eram cerca de 60, na maioria religiosas, mas também alguns sacerdotes, religiosos e leigos que já trabalham junto de instituições e com mulheres vítimas do tráfico.
Durante o encontro, Rui Marques, Alto-comissário para a Imigração e o Diálogo Cultural, apresentou o «Plano Nacional de Luta contra o Tráfico de Pessoas», desenvolvido pelo governo e publicado recentemente.
O Plano baseia-se na ideia chave de «tolerância zero para os traficantes e apoio total às vítimas de tráfico». O Alto-comissário sublinhou o trabalho que as instituições da Igreja estão a levar por diante neste campo e classificou-o como «insubstituível». Por isso, com palavras de encorajamento e de estímulo, convidou as instituições religiosas a prosseguir nesta mesma linha, ainda que de modo discreto e sem reconhecimento oficial.
Respondendo a este desafio, a Irmã Júlia Barroso, presidente da referida Comissão, reafirmou o empenho da Igreja sobre este problema. A estratégia a adoptar, disse a Ir. Júlia, será a de «reunir as forças e fazer um trabalho global e unitário». «É necessário trabalhar na linha da prevenção junto dos adolescentes, jovens e crianças», concluiu a Ir. Júlia.
No encontro participou também a doutora Ana Margarida, jurista, que fez um enquadramento legal do Plano. O encontro terminou com o relatório da Presidente da Comissão e a partilha de experiências de trabalho por parte de algumas religiosas e leigos com as vítimas do tráfico de pessoas.
Campanha pelo Darfur
Os Missionários Combonianos lançaram uma campanha sobre o genocídio contra a população negra na região do Darfur. A revista Além-Mar, juntamente com a Missão-Press (organismo de revistas missionárias) publicou um número especial sobre a situação do Darfur. A campanha realizou-se de Junho a Dezembro de 2007 e teve a colaboração de outras organizações civis e religiosas que se uniram para criar uma «Plataforma pelo Darfur». O objectivo da campanha foi mobilizar a opinião pública e sensibilizar o mundo da escola sobre este problema.
A «Campanha pelo Darfur» pretendia que o drama humanitário desta região fosse assumido como prioridade na agenda da cimeira Europa-África que se realizou em Portugal de 8-9 de Dezembro de 2007 e que a União Europeia alcançasse um acordo global para a paz no Sudão e o fim da impunidade dos responsáveis dos crimes de guerra e dos crimes contra a humanidade no Darfur.
Da parte comboniana, o jovem leigo Filipe Pedrosa, trabalhou corajosamente, juntamente com outros jovens, para levar a termo uma série de actividades promovidas pela «Plataforma». Entre elas, a conferência de imprensa de 5 de Dezembro e o lançamento de um CD com 20 temas, gravado por artistas solidários com as vítimas do Darfur. As receitas do CD foram destinadas a projectos de ajuda humanitária às crianças do Sudão. Na conferência participaram também Dom Daniel Kur, bispo sudanês, Salih Mahmoud Osman, advogado sudanês que recebeu o prémio Sakharav, e outras personalidades que representavam as organizações que integravam a «Plataforma do Darfur».
A campanha pretendia também apoiar o projecto «Uma escola para Nyala», com a qual se pretende «garantir a ajuda alimentar e a frequência de uma escola improvisada a mais de 200 crianças». O nosso confrade português, P. Feliz da Costa Martins, encontra-se na missão de Nyala e coordena o projecto.
SOUTH AFRICA
Quinquagésimo aniversário da igreja de Glen Cowie
No domingo, 20 de Janeiro de 2008, a comunidade católica da paróquia de Glen Cowie, na diocese de Witbank, celebrou em grande estilo o quinquagésimo aniversário da bênção e consagração da sua igreja, dedicada a Maria, Rainha do Santo Rosário. O P. Franz Koch, responsável da missão de 1949 a 1967, e os Irmãos tinham sentido necessidade de substituir a pequena igreja construída em 1931 por uma maior, devido ao aumentado número de católicos. A igreja actual fora benzida pelo bispo comboniano Anthony Reiterer em 1958.
A igreja estava apinhada: estavam presentes mais de mil pessoas.
A Missa jubilar, celebrada por dois bispos, dez sacerdotes e um diácono permanente, foi acompanhada por cânticos e danças de acção de graças a Deus por este templo. Diante da Igreja foram montadas duas grandes tendas para albergar todos aqueles que não cabiam no interior do templo.
Na sua homilia, o bispo de Witbank, Dom Paul Mandia Kumalo, disse: «A igreja de Glen Cowie é uma das mais belas da minha diocese e teria desejado que fosse a catedral devido à sua beleza e amplitude». Convidou depois as pessoas da comunidade a colher esta ocasião do jubileu para um crescimento espiritual e pediu-lhe para reflectir sobre o que fizeram nestes anos, sobretudo no âmbito das vocações e da independência económica. Por fim, agradeceu aos Missionários Combonianos pelo incansável trabalho na paróquia.
Depois da homilia do bispo Khumalo, Dom Paul Mogale Nkhumishe, actual bispo de Petersburg, e durante dezanove anos bispo de Witbank, expressou a sua alegria por estar presente na cerimónia e agradeceu a todos os missionários que tornaram possível a construção, material e espiritual, desta porção da Igreja que está em Glen Cowie. Recordou aos presentes que são templo vivo de Deus chamados a ser sempre o sal da terra e a luz do mundo.
No final da Missa, o P. Giuseppe Sandri, provincial, expressou reconhecimento pelo trabalho que os Missionários Combonianos e as Irmãs de Loreto desenvolveram em Glen Cowie, sublinhando que nós Missionários Combonianos somos como João Baptista, isto é, devemos diminuir para que a Igreja e o clero local possam crescer.
Após o cântico final, foi feita a entronização da imagem de Maria, Rainha do Santo Rosário, acompanhada de uma oração de acção de graças a Deus e a Maria pela protecção concedida à igreja a ela dedicada.
No final, a banda musical encabeçou a jubilosa e solene procissão, com danças e cânticos.
Entre os convidados encontravam-se representações das diversas Igrejas, chefes tradicionais e autoridades civis. Esta celebração, que se prolongará até ao fim do ano jubilar, tinha sido inaugurada oficialmente por Dom Khumalo a 10 de Junho de 2007 e encerrará a 29 de Junho de 2008. A paróquia organizou um fim-de-semana por mês de retiro para a renovação dos vários grupos e diversos encontros com os paroquianos. Em 2009, a missão Glen Cowie celebrará os oitenta anos de fundação, ocorrida a 10 de Abril de 1929 com a chegada dos primeiros cinco missionários.
NA PAZ DE CRISTO
Ir. Alois Hintner (13.05.1920-14.01.2008)
P. Carlo Giana (01.10.1937-20.01.2008)
Ir. Alessandro Pelucchi (22.02.1928-22.01.2008)
O necrológio será publicado no próximo número de Família Comboniana.
Rezemos pelos nossos defuntos
O PAI: Gregorio, do P. Juan Manuel Valdovinos Valencia (M); Cosimo, do P. Antonio D’Agostino (EC); Adolfo, do P. Daniele Nardin (PE).
A MÃE: Ana María, do P. Francisco Gaspar Rodríguez (EC); Lucia, do P. Rinaldo Ronzani (KE); Clementina, do P. Angelo Anzioli (EG).
O IRMÃO: Cristobal, do P. Antonio Guirao Casanova (KE); Agostino, do P. Antonio Valdameri (I); Antonio, do P. Raffaele Minurri (EC); Lino, do P. Carlo Faggion (BS).
A IRMÃ: Rita, do P. Giuliano Chistè (U); Gemma, do P. Mario Locatelli (I).
A IRMÃ MISSIONÁRIA COMBONIANA: Ir. Laurentina Moretto.
Consulta sempre o nosso sítio Web: http://www.comboni.org
Familia Comboniana n. 650