In Pace Christi

Rebucini Battista

Rebucini Battista
Data de nascimento : 14/01/1921
Local de nascimento : Gerosa
Votos temporários : 19/03/1947
Votos perpétuos : 19/03/1950
Data de ordenação : 04/03/1944
Data da morte : 09/05/2006
Local da morte : Verona

Battista nasceu em Gerosa, Bergamo, a 14 de Janeiro de 1921. Terminada a escola primária, entrou no seminário diocesano, sobressaindo no estudo, no progresso e na piedade. Ordenado sacerdote em 1944, aos 23 anos, foi mandando para Roma para se licenciar em Teologia Moral na Universidade Pontifícia Lateranense, a fim de ser professor no seminário. Simultaneamente foi nomeado pároco de Brembilla.

A vocação do P. Rebucino deve-se certamente à sua santa mãe. No livro de condolências, contrariamente ao costume, o pároco escreveu: «piíssima senhora». De facto, quando jovem, quis ser religiosa, mas o pai, anticlerical convicto, não lho permitiu. Assim, encorajada pelo seu confessor, aceitou casar-se, pedindo a Deus duas coisas: antes de mais que se tivesse um filho, que ele viesse a ser sacerdote; segunda, que o seu pai voltasse à prática religiosa. O Senhor atendeu-a generosamente concedendo-lhe dois filhos sacerdotes, e para mais missionários, e a conversão do pai foi tão radical que deu muito que falar em toda a aldeia.

Outro elemento fundamental da sua vocação foi a devoção a Nossa Senhora da Foppa, um santuário perto de casa onde, desde criança, se deslocava com a mãe para rezar. Entretanto, o P. Rebucini sentia nascer dentro de si a vocação missionária. Falou disso ao bispo que, inicialmente, não ficou entusiasmado, depois de tantos estudos e dinheiro gasto para o pôr a estudar. Mas depois acabou por o deixar partir, fazendo notar aos superiores dos Combonianos: «É um dos meus melhores sacerdotes em santidade, inteligência e zelo; peço-vos que nunca o façam superior porque não aguentaria esse peso, visto ser muito preciso e meticuloso em tudo.» Em 1945 entrou no noviciado e em 1947 emitiu os primeiros votos.

Foi de imediato enviado pelos superiores para Venegono Superior como professor de Teologia Moral dos estudantes combonianos. O P. Rebucino era um professor minucioso, claro, preciso. Temia não preparar suficientemente bem os futuros sacerdotes para o ministério da reconciliação; por isso, esforçava-se por aplicar os princípios gerais da moral aos casos particulares da vida. Enquanto professor era bom, compreensivo, sempre pronto a ajudar os que tinham mais dificuldade. Não se limitava às aulas: disponibilizava-se para as jornadas missionárias, participava nos encontros dos sacerdotes, disponibilizava-se para resolver casos de moral e dava conferências. Para além de um exímio professor, era um verdadeiro padre. A sua vida foi constelada de episódios com um misto de ingenuidade e de esperteza: os alunos aproveitavam-se disso para brincarem e ele próprio se divertia com eles.

Em 1952 teve a primeira experiência africana. Foi enviado para o Uganda como professor dos seminaristas de Gulu. Aqui duplicou o seu empenho, até porque receava não saber bastante bem o inglês que tinha estudado sozinho em Itália, precisamente em vista da missão. Em 1956, depois de ter formado gerações de sacerdotes africanos, teve de voltar para Itália porque fora afectado por um vírus que lhe provocava febre e dificuldades em caminhar. Em 1965, tentou pela segunda vez o caminho da África e resistiu durante dez anos entre Itália e África, contribuindo para a formação de mais de mil sacerdotes.

Em 1975, foi transportado de maca para Itália, afectado pelo mesmo vírus dos anos precedentes e desconhecido dos médicos. Foi internado na Policlínica Gemelli, em Roma, e depois em Inglaterra, mas com escasso resultado.

Não podendo servir mais a missão, ficou como confessor em São Tomio, Verona, onde permaneceu doze anos, de 1977 a 1989. Era chamado «o teólogo». A sua missa era sempre muito concorrida, devido ao seu interessante modo de pregar e à clareza da sua exposição. Também o seu confessionário estava sempre rodeado de fiéis e sacerdotes, de religiosos e religiosas quando, no seu dia de folga, os ia atender nos seus conventos.

Depois deu-se um agravamento da doença: de 1989 até à morte. Dezasseis anos passados, primeiro, arrastando-se com dificuldade pelo corredor do Centro para Doentes e Idosos, no segundo piso da Casa-Mãe, e depois, imobilizado numa cadeira de rodas. O seu calvário foi longo, e todavia estava sempre alegre e optimista. A quem lhe perguntava como estava, respondia sempre: «Bem» e nunca se queixava.

Faleceu por colapso cardiovascular na tarde de 9 de Maio de 2006 enquanto jantava e após ter celebrado a santa missa com os confrades. Na Casa-Mãe realizou-se uma solene liturgia fúnebre, com uma grande participação de confrades e pessoas que o conheciam. O funeral realizou-se em Bergamo, onde ficou sepultado no túmulo dos sacerdotes, ao lado do irmão, P. Riccardo.
(P. Lorenzo Gaiga).