Temos nesta parábola (Mateus 21,28-32), um filho que está decidido a ir trabalhar na vinha paterna, e o outro que se recusa a ir. Ambos, no entanto, vão modificar sua conduta; os dois vão mudar. A primeira reflexão que se impõe é que não podemos estar seguros de nada nem, sobretudo, de nós mesmos. O marasmo espiritual e humano em que agora me encontro ou, ao contrário, a euforia e a generosidade de que dei provas hoje não estarão aí para sempre. Podemos mudar completamente.

Procura-se o terceiro filho!

Um homem tinha dois filhos
Mateus 21, 28-32

Hoje ouvimos uma segunda parábola que diz respeito à vinha. No domingo passado, falámos dos jornaleiros contratados para trabalhar na vinha; hoje, trata-se de dois filhos que o pai convida a ir trabalhar na vinha.

1. Um Deus provocador!

“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi”.

Quem são estes dois filhos? Jesus identifica-os claramente. O primeiro, que diz NÃO mas se arrepende, representa os publicanos e as prostitutas, as duas categorias de pecadores mais desprezadas, consideradas “inconvertíveis” e culpadas de atrasar a chegada do Reino de Deus. O segundo representa os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo a quem Jesus se dirige e que contestam a sua autoridade. A eles poderíamos acrescentar os escribas e os fariseus, aqueles que se consideravam justos e perfeitos e, por conseguinte, não necessitados de conversão. Pois bem, a esses cujo SIM é um NÃO, que “dizem e não fazem” (Mateus 23,3), Jesus dirige uma afirmação escandalosa: “Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus”. É caso para dizer que Deus não respeita as nossas escalas de categorias, de ordem e de valor!

2. Qual filho sou eu?

Com que filho nos identificamos? Talvez sintamos um certo embaraço, ao termos que decidir por um ou por outro. Precisaríamos de um terceiro filho que diga SIM e vá de verdade trabalhar na vinha! Esse terceiro filho existe, mas não somos nós. É Cristo, cuja vida foi um SIM: “O Filho de Deus, Jesus Cristo… não foi “sim” e depois “não”, mas sempre foi “sim”. Porque todas as promessas de Deus são “sim” em Jesus” (2 Coríntios 1,19-20). Mas a Palavra obriga-nos a confrontar-nos com estes dois filhos. Se pensarmos bem, ambos coabitam em nós. Goethe dizia: “Tenho duas almas em mim!”. Por outro lado, o próprio Paulo disse: “Não compreendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto” (Romanos 7,15). Também nós, muitas vezes, falamos “com um coração duplo”, como diz o salmista (12,3). São muitas as nossas invocações “Senhor, Senhor” (Mateus 7,21) e os nossos Amen, ou seja, SIM, que contrastam com a nossa vida concreta.

As fronteiras entre o nosso SIM e o nosso NÃO são muito ténues. Ermes Ronchi comenta: “Um homem tinha dois filhos. E poder-se-ia dizer: um homem tinha dois corações. Pois esses dois filhos são o nosso coração dividido, um coração que diz sim e que diz não, um coração que diz e depois se contradiz…. Uma das orações mais importantes dos salmos pede: Senhor, dai-me um coração íntegro, fazei com que eu não tenha dois corações, lutando um com o outro, dai-me um coração unificado (Salmo 101). Somos como um carro acidentado que tem dificuldade em manter-se na estrada, pelo que temos de segurar constantemente o volante para que não se despiste. A nossa vida é uma retificação constante. E ai de nós se descansarmos nas nossas posições adquiridas. Cada dia é o HOJE da parábola: “Filho, vai hoje trabalhar na vinha”!

3. Quem é o meu irmão?

Dois filhos, dois irmãos! Eu sou um dos dois. Quem é o outro, o meu irmão? É fácil adivinhar qual deles sou eu. De manhã, todos os dias, digo SIM ao Senhor, escutando a sua Palavra. E depois? Depois, o dia é outra coisa. Claro, como é que eu poderia dizer NÃO ao Pai? É como nalgumas culturas africanas, onde seria indelicado dizer NÃO. Quando muito, dizem-nos “amanhã” e esse amanhã, já sabemos, significa NÃO. Assim faço eu com Deus, educadamente desobediente!

Quem é o meu irmão? Aquele que tem o desplante de dizer NÃO, que preza a sua liberdade em relação a todos os constrangimentos, um rebelde. Ele declara-se indiferente ou não praticante, não crente ou ateu. Para minha surpresa, porém, encontro-o a trabalhar na vinha da solidariedade e da fraternidade, a lutar por um mundo melhor. Há uma semana, o Papa Francisco disse em Marselha: “É bom que os cristãos sejam os primeiros na caridade”! Quem dera!…
“Que vos parece? Qual dos dois fez a vontade ao pai?”. Respondo eu: “O primeiro”, ou seja, aquele que eu pensava estar longe e ter abandonado a vinha! Possa eu imitá-lo!

4. Procura-se o terceiro filho!

Alguém imaginou a presença de um terceiro filho na parábola. Este terceiro filho, que ouvira o Pai convidar os dois irmãos, silenciosamente, sem dizer nada, foi trabalhar na vinha. Não sei se já encontrastes esse terceiro filho. Eu encontrei-o várias vezes nas nossas comunidades: irmãos discretos, generosos, prestáveis e solícitos, que, sem serem notados nem solicitados, fazem-nos encontrar as coisas já prontas. Eles são uma bênção para uma comunidade. É pena que, muitas vezes, só nos apercebemos disso quando eles faltam. Nas famílias, este papel é muitas vezes desempenhado pela mãe (com algumas queixas ou gritos, para ser sincero, mas quando é preciso, é preciso!). Este terceiro filho encarna Jesus, “aquele que está no meio de nós como aquele que serve” (Lucas 22,27). O Pai procura destes filhos, “os verdadeiros adoradores” (João 4,23).

Para uma reflexão pessoal

Convido-vos a refletir sobre o que São Paulo diz na segunda leitura, não como palavra de Paulo, mas de Jesus, no ambiente de despedida da sua última ceia, ou como do próprio Pai: “Completai a minha alegria, tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração. Não façais nada por rivalidade nem por vanglória; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós mesmos, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Filipenses 2,1-11).
P. Manuel João Pereira, comboniano

Há uma vinha plantada
dentro de nós

Adroaldo Palaoro

Ezequiel 18,25-28; Filipenses 2,1-11 ou 1-5; Mateus 21,28-32

Segundo o relato da Criação, nós viemos da argila, do húmus… Por isso carregamos em nosso corpo os mesmos elementos físico químicos da natureza: minerais, plantas, animais… O universo inteiro mora, adormecido, dentro de nossos corpos. Cada ser humano carrega latente em seu íntimo toda a sabedoria do universo. O poeta americano Walt Whitman nos legou uma frase maravilhosa e emblemática sobre este tema: “Eu sou contraditório, eu sou imenso. Há multidões dentro de mim”.

Há multidões dentro de nós, não só de animais, plantas, pássaros, peixes, minerais… como também de homens e mulheres de todas as etnias, os jardineiros da criação divina. Há um universo inteiro dentro do corpo, universo mais fantástico, mais colorido, mais belo que o universo que existe do lado de fora.

E o maior desafio é, justamente, a convivência e a harmonia com todo o universo que carregamos em nosso próprio interior.

Partindo do evangelho de hoje, podemos dizer que há uma vinha em nosso interior, plantada com todo cuidado. A vinha interior é plantada por Deus em função da vida; por isso ela é sagrada e é lugar de contemplação e encontro íntimo com o Criador; ela é o teatro da glória de Deus, isto é, da manifestação da presença divina. Ela deve ser o lugar da fecundidade, da convivência e da celebração.

A vinha interior é o “mundo” de nossa psique, de nossos afetos, de nossas energias, de nossa espiritualidade, de nossos sentimentos e desejos, de nossas relações básicas, quer conosco mesmos e com os outros, quer com as criaturas e com Deus. Quando todos estes dinamismos estão pacificados e integrados, cria-se um “cosmos” interior, expressão da “vinha secreta” que todos carregamos.

Esta vinha é expansiva, acolhedora, aberta a todos, compartilhando seus frutos abundantes. Ela é lugar de movimento, de encontro, de desafio, lugar provocativo e criativo…, enfim, lugar carregado de presenças. Somos a verdadeira vinha a partir da qual Deus nos encontra e se dá a conhecer; cada um de nós é autêntica vinha da eterna presença de Deus.

Na perspectiva bíblica, a imagem da vinha nos fala de convivência, harmonia, alegria, de acolhida e da gratuidade, por ela ser dada em herança.

Os homens e as mulheres de todos os tempos e lugares trazem, como que enraizados nas fendas mais profundas de sua interioridade, sonhos de rara beleza. São desejos de convívio, de superação da dor e da solidão, sonhos de fraternidade e da harmonia… O “eu interior” é uma vinha que se des-vela e se re-vela aos olhos encantados. Toda pessoa possui, nas profundezas de si mesma, um lugar misterioso onde a vinha se esconde, muitas vezes em meio a entulhos de feridas, traumas, rejeições….

Ela deve reencontrar a “vinha perdida”, não fora mas nas profundezas de si mesma. Há dentro dela uma vinha secreta, fechada, que precisa ser aberta.

Caminhar pela vinha interior é uma aventura, um desafio… Essa é a peregrinação interior: ampliar o espaço da vinha para que ela seja sempre lugar da acolhida e da festa.

É nesta direção que a imagem bíblica da vinha também aponta: torná-la uma fonte de bênçãos, de comunhão com as outras pessoas e estreitamento de relações com o próprio Criador. A vinha é o lugar no qual não só existimos e revelamos nossa verdadeira identidade, mas onde somos chamados a uma plenitude de vida, em aliança e comunhão com Deus e com todos.

No entanto, há sempre em nós uma tendência a delimitar, defender e fechar-nos em nossa própria vinha. Isso fazemos de maneira tão zelosa que nem vemos aquilo que está para além da nossa vinha. São grandes os riscos de vivermos em horizontes tão estreitos.

Tal estreiteza atrofia a solidariedade e dá margem à indiferença, à insensibilidade social, à falta de compromisso com as mudanças que se fazem urgentes. A própria vinha se torna uma “bolha de proteção” e o sentido do serviço some do horizonte inspirador de tudo aquilo que fazemos.

Contemplando o cenário do nosso interior vamos também tomando consciência que perdemos o sentido da corrente da vida e de sua imensa diversidade. Esquecemos a teia das inter-dependências e da comunhão de todos com a Fonte originária de tudo.

Segundo a imagem bíblica da Vinha, quando rompemos a aliança com Deus e nos afastamos d’Ele, ela fica estéril. Por nossa atitude de arrogância e de autossuficiência, nós nos fazemos centro e vamos deixando que nossos instintos de poder, vaidade, prestígio… ocupem o espaço da vinha interior. Este auto-centramento se revela como uma força de desintegração de nós mesmos com nossa fonte Original, como força de auto-destruição e, por fim, como ruptura de comunhão com o Todo.

A “centração em nós mesmos”, sem levar em conta a rede de relações que nos envolve, provoca a quebra da “religação” com tudo e com todos. Este é o veneno que nos corrói por dentro: a petrificação de nossa interioridade, o embrutecimento de nossa sensibilidade, a perda do gosto pela verdade, pelo bem e pelo belo, o extravio da ternura e da transcendência, a atrofia da comunhão com todos…

E nossa vinha interior deixa de ser fecunda e oblativa.

Deus investiu pesado no plantio e no cuidado desta vinha interior, esperando frutos saborosos.

Uma leitura honesta do texto do evangelho de hoje nos move a fazer-nos graves perguntas: Estamos produzindo em nossos tempos os frutos que Deus espera de sua vinha: justiça para com os excluídos, solidariedade, compaixão para com quem sofre, a vivência do perdão…?

No entanto, que coisas horríveis fizemos com a vinha interior!

Ferir nossa vinha é ferir o próprio Criador, é atrofiar a vida e suas possibilidades.

Quando observamos esta vinha outra verdejante, lugar da criatividade, da relação, da comunhão… e agora entulhada de lixo, de contaminação… uma sensação de violação, de sacrilégio, se manifesta em nosso interior. E uma voz ecoa das profundezas de nosso ser: “Que fizestes de minha vinha!”

Deus não tem por que abençoar uma vinha estéril da qual não recebe os frutos que espera. Não tem porque identificar-se com nossa mediocridade, nossas incoerências, desvios e pouca fidelidade. Se não respondemos às suas expectativas, Deus continuará abrindo caminhos novos para seu projeto de salvação com outras pessoas que produzam frutos de justiça.

Ampliar a vinha do coração implica agilidade, flexibilidade, criatividade, solidariedade e abertura às mudanças e às novas descobertas. Algumas fortalezas e seguranças pessoais caem quando a “vinha interior”, abrasada e iluminada pela força do Espírito, começa a romper as paredes de proteção e se conecta com a grande “vinha exterior”: lugar da missão, do compromisso, do empenho em favor do Reino.

Não tem sentido ampliar a “vinha externa” se nossa mente permanece estreita, se nosso coração continua insensível, se nossas mãos estão atrofiadas, se nossa criatividade sente-se bloqueada… Vinha ampla é convite a sonhar alto, a pensar grande…, ousar ir além, rompendo o modo rotineiro de viver.

Por isso, nós e o universo só seremos felizes quando todos formos uma grande vinha, por onde o Senhor passeia, à hora da brisa fresca da tarde (Gen 3,8). A vinha é a face graciosa que Deus oferece à humanidade. Na vinha, Deus realiza seu sonho. E fica feliz.

Para meditar na oração
Deixe o Espírito transitar pela sua vinha interior, para que aí Ele estabeleça o “cosmos” (harmonia e beleza”) e crie um coração novo, de onde brotarão frutos de refinado sabor. Dê nomes aos “frutos” de sua vinha interior.
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Não te contentes com falar, age!
Marcel Domergue

Sempre a caminho

Vivemos a maior parte do tempo fechados em nossas rotinas. Somos feitos de como empregamos o nosso tempo, de ritos, certezas e sujeições. Mesmo assim, nossos modos de ser e de proceder foram muitas vezes escolhidos com discernimento. Pensemos, por exemplo, nas práticas da vida monástica, que podem transformar a existência toda num ritual. Enfim, não nos apressemos a condenar os hábitos todos que adquirimos, na maior parte do tempo, para estarmos «à altura». Nem todos somos os publicanos e as prostitutas do evangelho de hoje. Apenas isto: o que quer que sejamos ou façamos, ainda não chegamos ao final da nossa humanidade, que é imagem e semelhança de Deus. Estamos a caminho para o nosso último momento. Deus vem sempre nos visitar e todos estes encontros nos convidam a nos movermos, a ir mais além, para outros lugares e outras maneiras de ser. O Cristo, visita de Deus, é o caminho, a via para a nossa última verdade e é esta a nossa vida. «Levanta-te e anda…»; «Tens observado os mandamentos por toda a vida? Uma coisa ainda te falta…»; «Trabalhastes o dia inteiro? E agora estais aqui, servidores desocupados: de pé! Ainda há muita coisa a se fazer!» Isto não significa que não é preciso descansar nunca, mas que jamais devemos ficar satisfeitos com o que nos tornamos. É um paradoxo: na paz e na alegria é que temos de seguir a nossa estrada.

O novo para todo o mundo

É claro que fica mais fácil estar insatisfeito consigo quando se é um escroque ou um/a prostituto/a, a princípio, pelo menos. Os bem-pensantes e os que se julgam bem-feitores da humanidade têm a tendência de agradecer a Deus “por não serem como os outros homens” (Lucas 18,11) e de se deixarem repousar e regalar-se com as riquezas materiais e morais acumuladas (Lucas 12,13-19). João Batista dirigiu-se a todos, justos ou pecadores. Jesus também. De fato, estamos todos em débito, em relação à novidade do que se manifestou em Cristo. Temos todos de nos «convertermos», ou seja, de nos voltarmos para Ele, para encontrarmos n’Ele a sua verdade. «Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez realidade nova» (2 Coríntios 5,17). Por isso se fala de Novo Testamento e por isso Paulo insiste tanto na necessidade de nos revestirmos com o Homem Novo. Esta nova criatura, procedente de um novo nascimento, não apaga o passado pura e simplesmente, mas ultrapassa-o, completa-o, para além de todas as suas esperanças. Por isso é preciso «deixar tudo para segui-lo», vender tudo o que se tem, para adquirir este tesouro. E isto pode ser vivido materialmente, como fizeram os apóstolos, ou espiritualmente. Sob a condição de bem compreender-se que o «espiritual» é tão real quanto o material. Aquilo de que não podemos nos separar materialmente ganha, então, um sentido novo e, com isto, vivemos uma nova relação.

Sair das nossas prisões

Temos aí, nesta parábola, um filho que está decidido a ir trabalhar na vinha paterna, e o outro que se recusa a ir. Ambos, no entanto, vão modificar sua conduta; os dois vão mudar. A primeira reflexão que se impõe é que não podemos estar seguros de nada nem, sobretudo, de nós mesmos. O marasmo espiritual e humano em que agora me encontro ou, ao contrário, a euforia e a generosidade de que dei provas hoje não estarão aí para sempre. Podemos mudar completamente. Segue, então, que vamos ficar desolados no primeiro caso e desconfiados e inseguros, no segundo? Certamente que não! Nos dois casos, podemos nos libertar da preocupação para conosco e nos colocarmos tranquilamente nas mãos de Deus. Esta feliz abertura para o Outro é o fundo mesmo da nossa fé, a experiência vivida da nossa esperança. Os publicanos e as prostitutas são aqueles que, de início, recusaram o dom de Deus, porque ir «trabalhar na sua vinha» é um dom. O chamado de João abriu-lhes outros horizontes. Os chefes dos sacerdotes e os anciãos, operários da vinha por sua própria função, tendo sido, portanto, os primeiros a responderem ao convite divino, recusaram modificar-se. Preferiram o conforto da imobilidade no status quo, à fadiga de pôr-se a caminho. Nós, por nossa vez, aceitemos ouvir o «levanta-te e anda» que o Cristo está nos dizendo. Não se trata de uma mobilização para um trabalho penoso, mas sim de uma libertação.
Tradução de Francisco O. Lara, João Bosco Lara e José J. Lara.
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