Faleceu um dos combonianos veteranos da missão no Nordeste brasileiro

O seu superior provincial, P. Dário Bossi, dando a informação da morte do P. Cândido, dizia: “Tinha uma teimosia que deve ter herdado do nosso fundador São Daniel Comboni. Mas, quando se apercebia que essa criava algum incómodo ou mal-estar, sabia também resgatar a amizade, partilhando as suas memórias muito humanas e bonitas, sobre os seus familiares, as etapas e episódios da sua missão, e os momentos mais divertidos da sua vida. Repetia, muitas vezes, que ‘a alegria é a melhor terapia’ e que ‘o bom humor dispensa o doutor’.”

O P. Cândido contava também, com frequência, os grandes desafios pastorais do início da missão no sertão do Nordeste brasileiro, como, por exemplo, o tempo das “desobrigas” (confissões da Quaresma), as longas viagens e visitas, a dificuldade de encontrar água e a alegria que se vivia ao achá-la. Numa carta ao centro missionário da sua diocese de Treviso, na Itália, escrevia ele mesmo: “Ser cristão, hoje, é não aceitar nunca a desigualdade, que se tornou tão natural neste nosso mundo, como o são o dia e a noite.”

O P. Dário agradeceu aos confrades – muito em particular aos padres Francisco Lenzi e Sandoval da Luz – que o acompanharam nos seus últimos anos de vida, fazendo-o sempre sentir-se cuidado e amado. Por fim, solicitava o P. Dário, tenhamo-lo presente na nossa oração e que “ele viva em paz e na alegria plena, ao encontrar-se junto de Deus com os seus familiares, confrades, amigos e amigas. E que ele nos ajude a renovar a nossa paixão missionária, anunciando Jesus, promovendo a esperança e defendendo a vida”.