Familia Comboniana 766 – Setembro de 2018

DIRECÇÃO GERAL

O P. Raphael P’Mony Wokorach, depois de ter terminado o seu encargo de Visitador Apostólico junto da Congregação dos Apostles of Jesus, foi pedido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA) para assumir o ofício de Comissário Pontifício do mesmo Instituto de direito diocesano, cuja sede principal se encontra na Arquidiocese de Nairobi (Quénia).

Profissões perpétuas

Esc. Kelly Wamalwa (KE)  Nakwamekwi (KE)               25/05/2018

Esc. James Mwamba (MZ)        Nairobi (KE)         29/06/2018

Esc. Mose Chrisantus

Keengwe (KE)                      Nairobi (KE)              29/06/2018

Esc. De Sousa Borges

R. Ricardo (BR)           Orange Farm (RSA)         07/07/2018

Esc. Alohoungo Abib

A. Sylvain (T)                       S. Franc. del Rincón (Mex)       21/07/2018

Esc. Sakie

Tchawe (Noel) (T)               Lomé (TG)                 03/08/2018

Esc. Luna Sánchez

Jonathan A. (PE)         Lima (PE)                  04/08/2018

Ordenações sacerdotais

P. Owino James Marcellus (U) Soroti (UG)        07/07/2018

P. Anyaja Pious (U)                    Moyo (UG)         28/07/2018

P. Esseh Kossi Michel (T)          Lomé (TG)         04/08/2018

P. Banda Archangel (MZ)          Chipata (Z)         04/08/2018

Obra do Redentor

Setembro      01 – 15 NAP          16 – 30 PCA

Outubro 01 – 07 RCA         08 – 15 TCH         16 – 31 RSA

Intenções de oração

Setembro – Para que compreendamos que a actual crise ambiental é também uma crise social e que é importante educar as novas gerações para os valores universais da tolerância, do respeito, do diálogo e do consumo crítico. Oremos.

Outubro – Para que os missionários sejam sempre portadores da boa nova em palavras e obras, construtores de fraternidade e de justiça. Oremos.

Publicações

Cadernos de Limone, Missione e Interculturalità. La prassi interculturale come sfida missionaria, Abril 2018, Número 11. São as Actas do XII Simpósio, quatro jornadas de reflexão realizadas em Limone sul Garda de 3 a 6 de Abril. «O encontro anual na casa natal do fundador – lê-se no início do artigo de introdução – assinala a importância de favorecer e acompanhar lugares e espaços interculturais na Igreja e na sociedade para uma convivência justa e fraterna».

P. Pietro Bracelli, Brasil. Um povo – Uma missão, ed. Polaris, Sondrio 2018. O texto, enriquecido com muitas fotos, mais do que uma reflexão, como diz na apresentação Mons. Cantoni, é a tentativa de transmitir «as sensações e as emoções de uma vida de missão no Brasil: notas dispersas, ideias que sobrevêm, imagens, solicitações…, deixar-se desafiar: é o convite que dirijo a quem se adentra na leitura deste livrinho simples mas não banal».

P. Rafael Vigolo, P. Ezequiele Ramin. Testemunha de um amor sem limites, Alô Mundo-Sem Fronteiras, São Paulo, Junho 2018. O livro recolhe os escritos e as cartas do P. Ramin desde 1971 até pouco antes de ser assassinado. «O estilo do P. Ezequiele – escreve o P. Arnaldo Baritussio no prefácio – é semelhante ao dos impressionistas: pinceladas de cor, rápidas e incisivas, que deixam entrever a dramática situação, por parte de um missionário que ouve, analisa e descreve a realidade a partir de dentro… Não mera objectividade nem dados frios mas brasas que fazem arder o coração». «A vida que possui um sonho é a vida feliz – dizia o P. Ramin falando aos jovens de uma escola – a vida que possui um sonho é uma vida que se renova dia após dia… É bom sonhar fazer feliz toda a humanidade. Não é impossível».

P. Raffaello Savoia, Historia de la Pastorale Afroamericana en la Iglesia, ed. CELAM, Bogotá 2018. O livro repercorre quinhentos anos de histórica afro-americana sublinhando «o rico património espiritual e comunitário que está na base da resistência de ontem e do protagonismo que assumem hoje os povos Afro».

AMÉRICA LATINA

Encontro continental

Os delegados combonianos da América Latina (secretários provinciais da missão e outros) reuniram-se em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) de 8 a 9 de Julho para partilhar o trabalho missionário nas circunscrições da América Latina, incrementar a colaboração e formar o Conselho Continental da Missão. Este encontro precedeu de alguns dias o V Congresso Missionário Americano (CAM).

No primeiro dia, depois da partilha das experiências missionárias e das prioridades das circunscrições, procurou-se avaliar as prioridades continentais, enquanto o Secretário Geral da Missão (SGM), P. Mariano Tibaldo, expôs o trabalho do Secretariado e propôs como os vários secretariados podem colaborar com SGM.

No dia seguinte foram indicadas pistas de trabalho e de colaboração. O P. Dario Bossi apresentou a rede social REPAM (Red Eclesial PanAmazonica). De tarde, o P. Tibaldo apresentou alguns apontamentos de reflexão tirados da exortação apostólica Evangelli Gaudium. Por fim formou-se o novo conselho continental da missão (CCM). Este conselho é um instrumento de diálogo continental mas também de ajuda para pôr em prática as propostas das assembleias continentais de sector na realidade das várias circunscrições.

Na sua carta aos participantes, o P. Tesfaye Tadesse, superior geral, sublinhou como é importante que o encontro continental dos delegados combonianos e o CAM tenham consequências positivas nas diversas circunscrições que se traduzam no empenho em animar os confrades na paixão pela missão e em encorajá-los a colaborar a todos os níveis; a capacidade de colaboração e de comunhão é, de facto, um rosto moderno da missão.

V Congresso Missionário Latino-americano

Também o CAM-COMLA se realizou em Santa Cruz de la Sierra, de 10 a 14 de Julho, hospedado no Colégio Dom Bosco. Participaram dezoito combonianos entre os quais o P. Mariano Tibaldo, Secretário Geral da Missão. O tema reflectia a mensagem da Exortação Evangelli Gaudium: «A alegria do Evangelho, coração da missão profética, fonte de reconciliação e de comunhão». O mote, «América em Missão, o Evangelho é Alegria», indicava o objectivo principal que era de «reforçar a identidade e o empenho missionário Ad Gentes da Igreja nas Américas, para anunciar a alegria do Evangelho a todos os povos com particular atenção às periferias do mundo de hoje e ao serviço de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna».

Foram quarto as linhas temáticas: o Evangelho, a alegria missionária, missão-reconciliação, missão-profetismo. O CAM, sublinhou o P. Mariano, foi o corolário de cinco anos de intenso trabalho, um trabalho verdadeiramente capilar, no qual participaram os grupos paroquiais e diocesanos das várias Igrejas nacionais.

Durante a oração do terceiro dia, foram recordados os santos de cada País e a figura representativa do Brasil foi o P. Ezequiele Ramin.

Ainda na terceira – e última – jornada de encontros, interveio o bispo comboniano Mons. Vittorino Girardi que sublinhou a necessidade de que a Igreja continental se abra à missão ad gentes porque, como diz o Papa Francisco, «a actividade de evangelização [é] paradigma de toda a obra da Igreja». Mons. Girardi recordou que também «no continente americano temos amplos espaços de missão» e, provocatoriamente, sublinhou que «uma Igreja ameríndia, uma Igreja dos povos indígenas nunca nasceu».

BRASIL

P. Ezequiele e Ir. Dorothy, testemunhas de uma vida doada

«Existem tantos Ezequiele que ainda hoje continuam a ser sacrificados porque defendem a nossa Casa Comum», disse o P. Dario Bossi, provincial, durante a III «Peregrinação de P. Ezequiele Ramin», que se realizou no fim-de-semana de 21-22 de Julho de 2018, em concomitância com a XIII Peregrinação «da Floresta», em Anapú (PA) e com a XI Peregrinação «da Terra e das Águas» da Rondónia, em Rondolândia , todas com o objectivo de recordar  dois grandes missionários chegados à Amazónia para defender a vida dos mais pobres: Ir. Dorothy Stang, nascida nos USA, e o P. Ezequiele Ramin.

A evocação do P. Ezequiele continua a ser um bem presente na Amazónia e na vida do povo brasileiro através de diversas iniciativas dedicadas ao seu nome: escolas, casas-família rurais, projectos de desenvolvimento local, acordos de reforma agrária, estradas… Prova disso é também uma decisão da Câmara de Rondolândia de decretar festiva a data de 24 de Julho, para fazer memória do dia em que, em 1985, Ezequiele foi assassinado.

O P. Dario sublinhou que «o P. Ezequiele não é um herói isolado, mas é filho de uma Igreja, a Igreja do pós-Concílio, de Medellín, de Puebla… que fez claramente a opção pelos pobres, que está ao lado dos povos indígenas e dos trabalhadores e trabalhadoras da terra».

«Temos de ter as mesmas atitudes que distinguiram a vida daqueles que hoje são vistos como testemunhas de uma Igreja pobre e para os pobres. Neste sentido – recordou o P. Dario – uma coisa importante do P. Ezequiele foi a sua opção pela não-violência, num tempo em que a incapacidade de se fazer ouvir produz arrogância e confrontos cada vez mais violentos. Ezequiele é testemunha do dom da vida até ao fim, mesmo perante adversários e pessoas que se lhe contrapunham com a ameaça das armas; é testemunha da escolha radical de um jovem que decidiu amar até ao fim. É um modelo para os jovens que também hoje desejam viver a vida com paixão e com um sentido. Como dizia o P. Ezequiele “tenham a paixão de quem persegue um sonho”».

COLÔMBIA

Encontro de Pastoral afro

O encontro dos combonianos e combonianas que trabalham na Pastoral afro (EPA) realizou-se dia 21 e 22 de Julho de 2018 no Seminário maior de Cali, na Colômbia. Estavam presentes: Ir. Daniela Maccari (Equador), P. Franco Nascimbene (Colômbia), Ir. Abel Dimanche (Equador), Ir. Alberto Degan (Colômbia), P. Daniele Zarantonello (Colômbia), P. Raffaello Savoia (Colômbia), P. Mateo Téllez Zapata (Colômbia), P. Endrias Shamena Keriba (Colômbia), P. Bernardin Anoumou Mossi Kuami (Brasil), P. Elysée Laye (Perú) e P. Fufa Ensermu Wakuma (Colômbia).

O Superior Geral, P. Tesfaye Tadesse, escreveu aos participantes e, fazendo referência ao tema da EPA, centrado na “espiritualidade, força transformadora da realidade”, sublinhou que «não pode haver nenhum empenho na transformação da realidade se não é sustentado por uma espiritualidade profunda que motiva a ação e dá esperança nas dificuldades».

Trata-se, acrescentou, de trabalhar para que o povo Afro seja protagonista de sua história e mude a sua situação de marginalização. A terminar a sua carta, recordou como os Combonianos estiveram entre os fundadores dos encontros de pastoral Afro que, no continente americano, representa uma das prioridades combonianas.

Os confrades partilharam aquilo que estão a fazer na Pastoral Afro (PA). Alguns trabalham em verdadeiras periferias existenciais e geográficas marcadas por violência e injustiças e onde grassam bandos de narcotraficantes e paramilitares. Notável é o esforço na formação de líderes, no diálogo com as religiões tradicionais Afro, sobretudo no Brasil, e na procura de uma catequese bíblica inculturada. Em alguns países (Brasil, Colômbia, Equador) os Combonianos fundaram centros culturais Afro; é importante, por isso, que estes centros estejam ligados em rede.

Releu-se o Plano Continental de PA – denominado PAC, Pastoral Afro Comboniana – que tinha sido elaborado pela primeira vez no encontro de Guayaquil em 2010.

A assembleia elegeu a equipa continental de PA, representada por P. Raffaello Savoia, Ir. Abel Dimanche, P. Eliseo Laye e P. Bernardin Anoumou Mossi Kuami. A equipa permanecerá em cargo durante três anos, coordenada pelo P. Savoia.

O encontro terminou com a intervenção do P. Mariano Tibaldo (SGM) que falou do Congresso Missionário Americano em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e de algumas questões relativas às prioridades do Continente.

CONGO

Lançamento do Centro missionário Laudato si’

De 23 a 25 de Agosto de 2018, realizou-se em Kinshasa um breve encontro sobre o tema «Juntos pela salvaguarda da nossa casa comum», com o objectivo de lançar as actividades do Centro missionário Laudato si’.

O centro é uma obra comboniana e ocupa-se de animação, formação e pesquisa sobre a protecção do ambiente e salvaguarda da criação.

Durante o encontro, no qual participaram personalidades do mundo eclesial, da sociedade civil e alguns representantes do governo, foram enfrentados vários temas. O primeiro dia foi dedicado ao contexto geral e missionário do Centro e à sua organização. As intervenções da segunda jornada ocuparam-se da economia da Encíclica. Por fim, no terceiro dia foram analisadas as linhas de trabalho e de colaboração na gestão duradoira dos recursos naturais e os desafios colocados pela actuação da Laudato Si’, numa perspectiva de cooperação inter-eclesial e internacional.

CÚRIA

Em recordação do Ir. Alfredo Fiorini

É já um encontro fixo, este da recordação da morte, em Moçambique, do Ir. Alfredo Fiorini, realizado pela Associação Alfredo Fiorini Onlus, fundada pelos seus colegas do Liceu Leonardo Da Vinci de Terracia. No âmbito das iniciativas promovidas pela Associação para o 26º aniversário da sua morte, dia 24 de Agosto de 2018, foi celebrada uma Missa na igreja paroquial de San Domenico Savio.

A Missa foi presidida pelo P. Piergiorgio Prandina e concelebrada por P. Arlindo Pinto, P. Alcides Costa e seis sacerdotes diocesanos. Estava presente também o escolástico comboniano moçambicano Moisés Zacarias.

Durante a homilia, o P. Arlindo, que conheceu pessoalmente o Ir. Alfredo em Roma, pouco depois da sua destinação à província de Moçambique, em Junho de 1989, disse: Ó nosso Alfredo foi assassinado provavelmente por guerrilheiros da Renamo a 24 de Agosto de 1992 em Muiravale, em Moçambique. Tinha 37 anos. A morte ocorreu na mesma estrada em que, dia 3 de Janeiro de 1985, tinha sido morta a irmã comboniana Teresa Dalle Pezze». E convidou todos os presentes – entre os quais se encontravam também os pais de Alfredo, Elio Fiorini e Tilde Braconi - «a reencontrar as raízes do anúncio que recebemos e a sair de nós mesmos para o retransmitir com palavras e caridade a todas as gentes e em particular aos nossos irmãos e irmãs mais necessitados aqui e além fronteiras de Itália».

A Associação Alfredo Fiorini Onlus, como em cada ano, organizou também uma noite dedicada ao Ir. Alfredo, intitulada, «As Estrelas de Alfredo», na Praça Santa Domitila, também em Terracina. O tema deste ano era a imigração com o título «Do acolhimento extraordinário ao extraordinário acolhimento». Terminou com o concerto dos «Muiravale Free Town», grupo que tem o nome da localidade de Moçambique onde o Ir. Alfredo foi morto.

A Associação leva por diante diversas iniciativas, como por exemplo o projecto dos «Novos Médicos para Moçambique» que permitiu a seis jovens moçambicanos, meritórios mas sem meios económicos, licenciar-se em Medicina e Cirurgia na Universidade da Beira, permanecendo na sua terra.

ETIÓPIA

Os Bispos da AMECEA celebram a diversidade étnica

Dia 15 de Julho de 2018 foi aberta oficialmente em Adis Abeba a XIX Assembleia plenária da associação dos membros das Conferências Episcopais da África oriental (AMECEA). Cerca de 200 bispos católicos de nove países africanos participaram na celebração eucarística inaugural segundo o rito etíope, no Centro Dom Bosco.

O celebrante principal era o cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel, Arcebispo de Adis Abeba e actual presidente da AMECEA.

A abertura da Assembleia coincidiu com a histórica visita do presidente eritreu Isaías Afewerki.

Nas suas palavras de boas-vindas aos delegados, o Card. Berhaneyesus Souraphiel sublinhou que o facto de «este acontecimento histórico acontecer exactamente no mesmo momento da assembleia plenária é surpreendente e somos gratos a Deus por isso».

A visita do presidente eritreu à capital etíope para se encontrar com o novo primeiro ministro etíope Abiy Ahmed, como primeiro gesto da renovada amizade entre os dois Países, depois do acordo de paz assinado a 9 de julho em Asmara, chega ao fim de vinte anos de guerra e tensões.

Partilhando a alegria dos etíopes, que invadiram as ruas de Adis Abeba agitando as bandeiras dos dois Países, o cardeal disse que há nove meses a AMECEA tinha enviado uma alta representação do Solidarnosc Team em visita à Eritreia e que «é uma grande alegria ver que a reconciliação, a paz e a unidade entre a gente dos dois Países estão a tornar-se realidade. Estamos felizes por ter esta plenária em Adis Abeba, aonde vieram muitos: além das Conferências Episcopais de Eritreia, Etiópia, as do Quénia, Malawi, Sudão e Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia (membros da AMECEA) e também Jibuti e Somália que são membros filiados».

No fim da homilia, o cardeal convidou o líder político do Sudão do Sul a seguir o exemplo dos dois presidentes da Etiópia e da Eritreia de modo que também para o povo de Deus que vive no Sudão do Sul se possa chegar a uma solução duradoira de paz e unidade.

QUÉNIA

Jubileu de ouro e ordenações diaconais

A Província do Quénia foi recentemente abençoada com diversos momentos de graça, entre os quais uma nova casa, um jubileu de ouro sacerdotal e três ordenações diaconais.

Dia 28 de Abril, de facto, a província abriu uma comunidade para a animação missionária em Embakasi, Nairobi. A casa, com 8 divisões, foi construída pelos cristãos de Embakasi e benzida oficialmente pelo cardeal John Njue, da Arquidiocese de Nairobi.

Dia 26 de Maio, o escolástico Kelly Wamalwa, do Quénia, foi ordenado diácono na paróquia de Nakwamekwi, diocese de Lodwar, onde os confrades trabalham entre os Trukana desde 2003, numa zona de primeira evangelização. A ordenação diaconal de Kelly foi seguida da de James Mwamba, da Zâmbia, e de Mose Chrisantus Keegwe, do Quénia. Os dois escolásticos emitiram a profissão perpétua dia 29 de Junho e foram ordenados diáconos no dia seguinte, na paróquia comboniana da Santíssima Trindade de Kariobangi, Nairobi.

Dia 29 de Junho o P. Claudio Longhi celebrou o seu jubileu de ouro sacerdotal e presidiu à Missa enquanto o P. Radol Austine Odhiambo, superior provincial, fez a homilia, na qual desafiou os neo-professos a viver fielmente a sua consagração numa sociedade em rápida mudança e agradeceu ao P. Claudio pelo seu serviço na província e no Instituto.

Congratulações também ao P. Santiago Jiménez, cujo jubileu de ouro ocorria no mesmo dia, mas que não estava presente porque de férias.

Nestes eventos participaram os fiéis de Kariobangi, muitos amigos e parentes, diversos religiosos e a família comboniana de Nairobi.

LONDON PROVINCE

Assembleia continental da Formação (Europa)

«Missão e Juventude na Europa hoje» foi o tema da Assembleia europeia da formação e da pastoral juvenil e vocacional, que se realizou em Sunningdale (Inglaterra) de 3 a 10 de Julho de 2018. Dezoito participantes que representam todas as Circunscrições, a Polónia e o Secretariado Geral da Formação reuniram-se para partilhar e debater as suas experiências ministeriais, reflectir juntos sobre questões comuns e avaliar e reforçar o seu comum caminho neste sector.

O objectivo principal desta Assembleia de formação continental era oferecer um momento de formação permanente aos participantes. Este objectivo foi alcançado através das apresentações dos vários relatores e a atmosfera fraterna da Assembleia. Dois conferencistas sublinharam a actual situação dos jovens na Europa e a missão dos Combonianos na Europa hoje. Seguiu-se uma reflexão sobre a actuação das diretivas da última Assembleia Continental da Formação realizada em Nuremberga em 2016. Depois tivemos a uma panorâmica da actual situação da vocação e formação comboniana, tomando em consideração quer a formação de base quer a praxis do modelo de integração em formação permanente.

Esta Assembleia chega num momento em que a Igreja universal se está a preparar para celebrar o Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional. Foi um modo concreto de sentir cum Ecclesia, de caminhar com a Igreja e também de assumir as suas preocupações e desafios.

A Assembleia expressou particular gratidão à London Province, que disponibilizou as estruturas e o suporte necessários para o bom êxito do encontro.

Mensagem dos provinciais europeus

Os superiores provinciais do continente europeu, reunidos em Sunningdale (Londres), na conclusão da sua assembleia anual, a 14 de Julho de 2018, redigiram uma mensagem que reproduzimos aqui de seguida.

«Perante os desafios migratórios de hoje, a única resposta sensata é a da solidariedade e da misericórdia» (Papa Francisco, 6 de Julho de 2018).

Nós, superiores maiores dos missionários combonianos na Europa, reunidos na nossa assembleia anual em Sunningdale (Londres).

- estamos profundamente perturbados pelo facto de que a Europa parece perder o seu espírito humanitário fechando as portas a refugiados e migrantes e estendendo as suas fronteiras às costas africanas, pondo assim as vidas de tantos seres humanos em risco, expondo-as à escravatura na Líbia, em clara violação das obrigações sancionadas pelo direito internacional;

- condenamos o fecho das portas europeias aos migrantes em perigo no mar;

- sublinhamos que insegurança e criminalidade na Europa têm raízes em problemas locais e não no fenómeno migratório;

- apoiamos as vozes e os gestos proféticos dos combonianos que se colocam com coragem ao lado de refugiados e migrantes;

- seguimos as indicações do papa Francisco e outras vozes da Igreja e pedimos aos nossos confrades  para ser voz dos refugiados e migrantes;

- exortamos todas as pessoas de boa vontade a denunciar as injustiças, especialmente o aumento do racismo e da xenofobia».

MALAWI-ZÂMBIA

Ordenação

Sábado 4 de Agosto de 2018 permanecerá na memória da diocese de Chipata. Mais de mil cristãos, entre os quais um ministro do governo – em representação do presidente e grande chefe da tribo dos Angoni, rei Mbelwa IV – e o presidente da câmara de Chipata, reuniram-se na catedral de Sant’Ana para assistir à ordenação sacerdotal de três diáconos da diocese de Chipata, entre os quais Archangel Banda, comboniano originário da antiga paróquia comboniana de São Matias Mulumba, na periferia de Chipata.

Para a ocasião, tinha sido preparado um pódio coberto, que não pôde conter todos os presentes. O P. Enrico Colleoni, vice-provincial do Malawi-Zâmbia, passou dois dias inteiros a pintar imagens sagradas no pódio, a pedido da diocese, e fez um bom trabalho: o pódio com as suas decorações estava verdadeiramente esplêndido.

Estavam presentes quase todos os sacerdotes diocesanos e os missionários que trabalham na diocese, muitas irmãs, irmãos, seminaristas e catequistas.

A Missa foi animada pelo coro da catedral, acompanhado por mulheres, raparigas e rapazes que dançavam ao ritmo de violas e tambores tradicionais.

Na homilia, o Bispo Auxiliar da diocese de Chipata sublinhou a importância do sacerdócio na Igreja e a responsabilidade do Bispo, dos sacerdotes, dos religiosos e dos leigos de ocupar-se dos seminaristas e dos sacerdotes. Sublinhou que se um sacerdote fracassa no seu trabalho, a culpa não é somente sua mas também do bispo e da inteira comunidade cristã. Pediu aos políticos para não influenciar os padres a fazer política ou a falar à comunidade cristã em seu favor. E recordou que a ordenação de um missionário juntamente com um sacerdote diocesano, além de ser sinal de unidade na Igreja de Cristo, indica a natureza missionária da Igreja.

A Eucaristia foi seguida de um almoço e do entretenimento por parte de diversos grupos juvenis de várias partes da diocese e por um grupo de bailarinos tradicionais angoni.

No dia seguinte, o P. Archangel celebrou a sua primeira Missa solene na sua paróquia de São Matias Mulumba, assistido pelo pároco, pelo director das vocações diocesanas e por um bom número de Combonianos. Os paroquianos acolheram com alegria o seu filho e agradeceram a Deus pela sua vocação. Encheram-no de presentes e pediram-lhe para os representar dignamente na terra para onde for trabalhar como missionário.

No fim do almoço, o pai do P. Archamgel, que é um catequista, disse: «A nossa família é pobre, como todas as famílias dos catequistas; ultrapassamos muitos desafios, mas o que aconteceu ontem e hoje é uma consolação que nos ajudará a enfrentar todos os desafios futuros. Isto é verdadeiramente aquilo que estávamos à espera». (P. Edward Kanyke)

NAP

Uma experiência missionária dos Combonianos em Cincinatti

Quando a maior parte dos americanos pensa na África, não se apercebe da sua enorme extensão. Por exemplo, o Uganda é semelhante em dimensões ao estado do Colorado. A República Democrática do Congo, pelo contrário, que confina com o Uganda, tem quase as mesmas dimensões de um quarto dos Estados Unidos! Além disso, sabiam que há 54 países no continente africano?

Estes são só alguns dos pormenores de que os convidados tomaram consciência por ocasião do encontro anual dos Missionários Combonianos em Cincinatti, Ohio.

Durante a apresentação durada uma hora, o P. Paolino Tipo Deng falou da história do Sudão do Sul, da actual situação política e da obra ecuménica dos Combonianos no nosso Centro de Paz do Bom Pastor.

Seguidamente o P. Gregor Schmidt partilhou as fotos da sua missão, na diocese de Malakal, no Sudão do Sul. A sua paróquia tem 80 capelas e só três sacerdotes para a servir, pelo que, disse o P. Gregor, algumas capelas só vêem o sacerdote duas vezes no ano.

Muitas pessoas comentaram que as apresentações do P. Paolino e do P. Gregor ajudaram a compreender as missões combonianas bem mais do que qualquer outra coisa que tinham visto ou lido. As imagens do P. Gregor mostraram muito bem o terreno da zona, as habitações dos habitantes, a distância das aldeias e a vida quotidiana do povo do Sudão do Sul.

Também P. Collins Mweshi, P. Romano Dada, P. Daniel Chisha, P. Mike Barton e P. Maciej Zielinski estavam presentes no «serão de encontro com os missionários».

Todos os presentes se detiveram no refresco para conversar pessoalmente com os missionários.

A comunidade de Cincinatti da Província Norte-americana recebe anualmente este evento especial com a esperança de que mais pessoas possam conhecer o excelente trabalho que os Combonianos desenvolvem em todo o mundo.

PORTUGAL

Jubileu de ouro

Domingo 15 de Julho de 2018, no Seminário das Missões de Viseu, P. Manuel dos Anjos Martins, P. António Marques Martins, P. Gregório Rodrigues dos Santos e P. Manuel Ferreira Horta celebraram as bodas de ouro sacerdotais.

Os quatro missionários portugueses tinham sido ordenados por Mons. José Pedro da Silva, bispo de Viseu, a 13 de Julho de 1968, na mesma capela.

Familiares, amigos, benfeitores e conhecidos participaram numerosos na Eucaristia presidida pelo provincial, P. José da Silva Vieira. A celebração foi solenemente acompanhada pelo coro dos jovens da capela de Viseu.

Os quatro missionários tiveram percursos interessantes. O P. Horta foi missionário em Moçambique, provincial de Portugal, dez anos em Roma como secretário da formação e superior da comunidade. Actualmente é administrador da revista Além-Mar.

O P. Gregório, que foi também ele provincial de Portugal, passou a sua vida missionária entre o Brasil e Portugal. Hoje está em Lisboa.

O P. Manuel dos Anjos viveu quase sempre em Moçambique, unindo a evangelização ao estudo de duas línguas locais. Publicou dicionários e gramáticas; recolheu e publicou provérbios, contos e adivinhas tradicionais dos povos entre os quais viveu. Faz parte do grupo que está a traduzir a Bíblia em Cinyungwe, a língua de Tete. O P. Martins começou o seu serviço missionário em Portugal, depois, durante dois anos, foi capelão militar em Angola. Trabalhou também na paróquia católica mais alta do mundo (mais de 4000 metros de altitude) em Cerro de Pasco, no Perú, e por fim no Brasil. Hoje é o responsável da liturgia na capela do seminário comboniano da Maia.

Missão mais 2018

«Missão mais» é uma actividade missionária GIM que se realiza há já alguns anos na zona da paróquia de Camarate; este ano realizou-se de 18 a 26 de Agosto.

A paróquia de Camarate e a família comboniana que trabalha ali na pastoral acolheu todos com entusiasmo e generosidade, um óptimo ponto de partida para aquela que foi uma experiência enriquecedora e frutuosa no caminho da missão que se quer fazer juntos.

O tema deste ano foi «Corre o risco de amar… Agarra a missão». Os participantes foram trinta e dois com uma equipa de coordenação de seis membros dos grupos GIM e alguns membros da Família Comboniana.

Este ano, pela primeira vez, participaram também oito jovens italianos que trouxeram um bom clima de internacionalidade e de missão intercultural.

TOGO-GANA-BENIN

Assembleia de AM da África francófona

Os combonianos que se dedicam à Animação Missionária (AM) nas circunscrições da África francófona reuniram-se de 1 a 9 de Julho na casa provincial em Lomé, Togo. Entre os vinte participantes encontravam-se também as combonianas Ir. Helena Lourenço, Ir. Cinzia Trotta e Ir. Liée Natingar. Estavam presentes o P. Pietro Ciuciulla, assistente geral, e o P. Arlindo Pinto, coordenador de JPIC e dos LMC.

As boas-vindas foram feitas pelo P. Victor Kouande Adekoun, provincial do Togo-Gana-Benin, que sublinhou a relação intrínseca entre o serviço da AM e o nosso modo de «ser missionários», indicando em São Daniel Comboni o exemplo de um grande animador missionário. O P. Victor leu a carta que o P. Tesfaye Tadesse, superior geral, enviou aos participantes para a ocasião. Nela, o P. Tesfaye, sublinha que «a animação missionária faz parte do nosso carisma» e a necessidade que cada comunidade comboniana se torne um centro de AM.

Durante as jornadas da Assembleia foram enfrentados diversos aspectos: a espiritualidade da AM, a cargo do P. Juan José Tenías Fenollé (T), enquanto o P. Joseph Mumbere Musanga, provincial do Congo (RDC), recordou as conclusões da última Assembleia de Animação Missionária, realizada em 2016 em Sarh, Chade, e o P. Godefroy-Médard Longba, delegado da RCA, falou dos últimos factos ocorridos na paróquia comboniana de «Notre Dame de Fatima» e da situação geral do país. O P. Arlindo Pinto falou das orientações actuais e das perspectivas para a AM, para os Combonianos, e a Ir. Helena Lourenço, para as Combonianas.

As jornadas de terça e quarta-feiras foram dedicadas à formação. Foram depois enfrentados os temas da comunicação, a Carta da AM, a situação dos LMC.

A Assembleia terminou domingo, com a celebração da Eucaristia na paróquia comboniana de Adidogomé, em Lomé, seguida do almoço com a comunidade comboniana local.

UGANDA

Assembleia continental de formação

Os promotores vocacionais das Circunscrições africanas de língua inglesa e Moçambique, juntamente com o Coordenador continental da APDESAM para a Formação e três confrades do Secretariado Geral da Formação, reuniram-se de 15 a 26 de Julho de 2018 em Namugongo, Kampala, Uganda, para a Assembleia continental de formação.

Os participantes eram vinte e oito provenientes de quinze diferentes nacionalidades (Uganda 7, Itália 3, Togo 3, Congo 2, Etiópia 2, Sudão do Sul 2, Benin 1, Africa central 1, Costa Rica 1, Alemanha 1, Malawi 1, México 1, Moçambique 1, África do Sul 1 e Zâmbia 1.) Todas as Circunscrições da zona APDESAM estavam representadas à excepção da Eritreia, cujo representante participou na Assembleia continental da formação (Europa) em Sunningdale, na Inglaterra.

O tema escolhido para a Assembleia – Missão, pastoral juvenil/vocacional e formação em África hoje – pretendia ligar-se ao tema do próximo Sínodo dos Bispos, Os jovens, a fé e o discernimento vocacional.

Durante a primeira semana, o P. Bem Wakabi, capelão dos jovens da diocese de Jinja, no Uganda, explicou, em geral, a situação actual da juventude em África. Seguiu-se uma apresentação do P. Dawit Wubishet, mestre dos noviços em Lusaka, na Zâmbia, sobre o ministério da promoção das vocações.

A situação geral da pastoral das vocações e da formação no Instituto foi apresentada pelo P. John Baptist Opargiw, Secretário Geral da Formação. Seguiram-se as relações de outros dois membros do Secretariado Geral da Formação, P. Siro Stocchetti e P. Elias Sindjalim. Um aceso debate seguiu-se a todas as apresentações.

Domingo 22 de Julho os participantes tiveram uma jornada de peregrinação, sobre as pegadas dos santos mártires do Uganda, desde Kigungu, o lugar do desembarque dos primeiros missionários católicos, através de Munyonyo, Malukulongo, Rubaga Hill, Old Kampala e obviamente Namugongo.

A segunda semana da Assembleia foi empregue para as várias relações sobre a formação nas várias circunscrições da região APDESAM e uma avaliação da situação actual da pastoral vocacional e da formação, tendo em conta as Assembleias de Layibi (2014) e Lilongwe (2016).

Rezemos pelos nossos defuntos

* O PAI: Bosco Ebong, dello Sc. Jasper Ojok (U).

* A MÃE: Elena, do P. Javier Alvarado Ayala (LP); Pierina, do Ir. Ruggero Moretto (I); Rosa, dos PP. Fernando (P) e David da Costa Domingues (A).

* O IRMÃO: Víctor, do Ir. Fernando Acedo (†); Julio, do P. Esteban Mallén (†).

* A IRMÃ: Gertrudes, do P. Feliz da Costa Martins (EGSD); Maria, do P. Giampietro Baresi (I); Elena, do Ir. David Enríquez Sánchez (MZ).

* AS IRMÃS MISSIONARIAS COMBONIANAS: Ir. Cristiana Zen.

O P. Illario Boma Umol, comboniano incardinado na arquidiocese de Cartum a 7 de Abril de 1988, faleceu em Sondrio a 25 de Julho de 2018.

Pertencente ao grupo étnico dos Pari, nascido em Boma, Upper Nile (Sul do Sudão) a 26 de Dezembro de 1941, foi baptizado e recebeu a instrução elementar em Lipul na missão de Lafon. Depois de ter estudado no Seminário Menor de Okaru (1953-57) e feito os estudos filosóficos em Tore River (1958-60) entrou no noviciado dos Combonianos em Florença e fez a teologia em Venegono Superior. Foi ordenado a 28 de Junho de 1966.

Mandado em missão no Uganda, foi para Kangole e depois para Pakele encarregado do seminário menor para os Sudaneses. Em 1968 foi nomeado vice-reitor do seminário menor no Sudão e no final do ano foi para Juba.

Em 1979 foi transferido para a diocese de El Obeid, onde foi nomeado vigário geral. Em 1982 foi encarregado da zona de Darfur. Em 1988 foi transferido para a catedral de Cartum da qual em seguida se tornou pároco.

Depois da incardinação, em 1992 foi nomeado vigário geral para os refugiados na zona de Cartum e encarregado do diálogo com o Islão. Em 1998 foi detido durante vários meses acusado de conspiração contra o governo. Depois da sua libertação, foi viver para a Alemanha.