Encontro de superiores de circunscrição da América e Ásia

A nossa missão é um convite a construir relações novas. Reflectindo sobre a «Evangelii gaudium» e a «Laudato si’», nos sentimos estimulados a amadurecer uma teologia de comunhão e inclusão, que integre também as inquietações pela Madre Terra. Por isso, na programação, tentamos não ficar indiferentes a nenhum dos aspectos da evangelização, nomeadamente a dimensão da justiça social e ambiental. Foi esse o espírito que acompanhou o encontro dos provinciais de Peru-Chile, América Central, Colômbia, Brasil, México, Província de Norte América e delegação de Ásia.

Os recém-eleitos receberam as consignas dos que terminaram seu mandato e o grupo todo planejou a continuidade de nosso projeto missionário nesses dois continentes.

Escutamos a situação de cada província, os sinais de esperança e as preocupações que enfrentam os missionários nos diversos territórios em que estão inseridos.

Analisamos a conjuntura à luz dos últimos eventos políticos, em particular as recentes eleições presidenciais nos Estados Unidos, e o consolidar-se de uma onda de intolerância e globalização da indiferença na política, na mídia e na cultura das maiorias.

Acompanhou-nos a liturgia da Palavra dos últimos dias do tempo comum: os textos de Apocalipse se referem a um tempo de crise e angústia, mas recomendam resistência e esperança, porque o Reino de Deus está em construção, e nós podemos reconhecer muitos sinais disso.

As relações entre as províncias combonianas em América e Ásia são cada vez mais sintonizadas e se evidenciam linhas pastorais em comum.

Nos últimos seis anos qualificamos melhor o itinerário de formação dos jovens que caminham conosco; fortalecemos nossa atuação no eixo de justícia, paz e cuidado da casa comum, através de cursos itinerantes contra o acaparramento de terras, o empenho junto a Vivat International nas Nações Unidas, as articulações com outras congregações religiosas na Rede Eclesial Panamazônica e na rede Iglesias y Minería.

Realizamos um encontro continental de pastoral indígena e outro sobre as comunidades eclesiais de base nas periferias urbanas. Sentimos o desafio de dar continuidade a tudo isso, também incluindo-nos na programação das igrejas locais, aprendendo delas e estimulando-as, quando conseguimos.

Compartilhamos uma sensação de fragilidade e instabilidade, pela qual às vezes é difícil traduzir solidamente as opções do Instituto em práticas concretas e eficazes nos territórios.

Agradecemos a Deus, porque há sempre jovens que nos procuram em busca de uma vida que tenha sentido, na doação missionária. Mas sentimos que podemos avançar mais na promoção vocacional e na prioridade dada às juventudes.

Com esperança e compromisso, trabalhamos ao novo Plano Continental inspirado à mensagem de grande respiro do último Capítulo. Sentimo-nos chamados a “ser nas fronteiras testemunhas e profetas de relações fraternas, baseadas no perdão, na misericórdia e na alegria do Evangelho”.

Com esse mesmo espírito quisemos encontrar a comunidade internacional de formação do escolasticado de São Paulo. Partilhamos nossas vidas e experiências missionárias e as entregamos nas mãos de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina e mãe dos povos indígenas.

Visita do P. Rogelio Bustos Juárez, assistente geral, à comunidade de São José do Rio Preto, perto da cidade de São Paulo, no Brasil. Na foto, desde a esquerda: P. Vincenzo Santangelo, P. Francesco Lenzi, P. Rogelio, P. Alfonso Cigarini,
P. Carlo Naldi e P. Lodovico Bonomi.