Terça-feira, 15 Novembro 2016
O escolástico Justin Ndhlovu, zambiano, foi ordenado diácono no domingo passado, na capela da Casa Generalícia dos Missionários Combonianos, em Roma. A assistir à celebração de Justin estavam a mãe e uma irmã. A Missa da ordenação foi presidida pelo comboniano Miguel Angel Ayuso Guixot, secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, e concelebrada pelos combonianos D. Paulino Lukudu Loro, arcebispo de Juba (Sudão do Sul), e o P. Tesfaye Tadesse Gebresilasie, superior geral. Participaram também outros combonianos, que trabalham ou estudam em Roma, alguns sacerdotes, religiosas e religiosos missionários, e ainda muitos amigos de Justin e dos Combonianos, residentes em Roma.

 

Qualidades humanas
do diácono: "a hospitalidade,
a sobriedade, a paciência,
a humildade, a confiança,
e a bondade de coração."

 

Durante a homilia, o bispo Miguel Ayuso Guixot recordou a todos os presentes que Justin Ndhlovu foi chamado à ordem do diaconado para servir a Igreja e a missão “no ministério da palavra, do altar e da caridade, colocando-se ao serviço de todos os irmãos e irmãs”.

Dirigindo-se depois ao Justin, disse-lhe: “A partir de hoje, com a graça da ordenação diaconal, passas a participar de uma maneira especial na missão da Igreja e começas a preparar-te para o sacerdócio”. E recordou dois verbos importantes que fazem parte da missão da Igreja: anunciar e servir. E disse-o, citando um discurso do papa Francisco, dirigido aos diáconos reunidos no passado 29 de Maio, na Praça de São Pedro: “apóstolo e servidor, são dois conceitos que caminham juntos, eles nunca se podem separar; são como as duas faces de uma mesma medalha: quem anuncia Jesus é chamado a servir e quem serve anuncia Jesus”.

D. Ayuso explicou depois que, ao diácono, são confiadas duas tarefas, ou seja os dois pilares do Diaconado: “a oração e o serviço”.

O bispo concluiu a homilia, sublinhando a importância de nunca se transcurar a fé e a vida espiritual, e de não se esquecer de desenvolver algumas qualidades humanas especiais.

Para tal, citou, de novo, uma frase do Papa, pronunciada na audiência geral do dia 12 de Novembro de 2014: “Através da fé e da vida espiritual, que não podem ser negligenciadas, São Paulo escrevendo a Tito e a Timóteo, enumera algumas qualidades humanas muito especiais: hospitalidade, sobriedade, paciência, humildade, confiança, e bondade de coração. É este o alfabeto, é esta a gramática básica de cada ministério. Porque sem esta predisposição bela e genuína para encontrar, conhecer, dialogar, apreciar e relacionar-se com os irmãos e as irmãs de um modo respeitoso e sincero, não é possível servir e dar testemunho de maneira verdadeiramente alegre e credível.”