Décimo aniversário da morte do bispo Franco Masserdotti

À esquerda, na foto:
D. Gianfranco
Masserdotti.

O bispo D. Pedro Casaldáliga, na sequência do acontecido, disse: “Dom Franco Masserdotti conseguia ser bispo e irmão; ser coordenador e colega fraterno. Ele era sempre um sacerdote, perfeitamente digno do seu ministério, sem nunca cair no clericalismo rígido e formal. Conseguia combinar com todos, especialmente com os jovens e com pessoas de coração inquieto e sonhador. Franco foi um missionário comboniano no sentido pleno de ambos os termos. A África era seu horizonte e ocupava sempre seu coração. Era fiel à opção pelos pobres e à ‘Igreja da Boa Nova’, totalmente comprometida com o evangelho e, ao mesmo tempo, macro ecuménica.” No Brasil, os Combonianos continuam o legado de D. Franco e de tantos outros missionários que foram fiéis ao Deus dos pobres. Hoje, estão empenhados em diversas regiões do País, tendo como prioridades nas suas actividades de evangelização: a Amazónia, os povos indígenas e afrodescendentes, os direitos humanos das populações que vivem nas periferias urbanas, a animação missionária e o acompanhamento vocacional.

Breve biografia
di D. Gianfranco Masserdotti

1941: nasceu na Itália
1966: foi ordenado padre e iniciou os estudos de Sociologia
1971: chegou ao Brasil
1972: foi enviado à missão de Pastos Bons (MA)
1975: foi nomeado vigário episcopal de Balsas (MA) e coordenador diocesano de pastoral
1979-1985: foi conselheiro geral do Instituto comboniano, em Roma
1985: foi formador na periferia de São Paulo
1986: foi eleito superior provincial dos combonianos do Brasil Nordeste
1992: fundou, com outros missionários, o Centro de Documentação e Formação Política (CEDOC)
1993: trabalhou na animação missionária em Teresina – PI
1995: organizou o 5º Congresso Missionário latino-Americano (COMLA)
1996: foi ordenado bispo coadjutor da diocese de Balsas, com o lema “Para que tenham vida”
1998: assumiu como bispo diocesano; tendo escolhido como prioridades: os pobres e as Comunidades Eclesiais de Base
1998: enviou os primeiros missionários, da diocese de balsas, para Moçambique, na diocese-irmã de Lixinga
1999: foi eleito presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
2000: participou na Conferência dos Povos Ameríndios e organizações indígenas do Brasil (Porto Seguro-BA, com 3000 indígenas de 150 povos)
2002: decretou dois anos de sínodo diocesano; promoveu o envio de Leigos Missionários Itinerantes e criou a Escola de Formação Política
2004: fundou a rádio diocesana “Boa Notícia”, com um raio de cobertura de 500 Km
2006: participou no 5º Encontro Continental de Teologia Indígena
2006: morreu atropelado, em acidente de bicicleta, em Balsas.