Combonianos entregam a Paróquia de Mossuril ao clero moçambicano

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Quarta-feira, 9 Dezembro 2015
Os Missionários Combonianos estão em Moçambique desde 1946. A missão do Mossuril, banhada pelo oceano Índico, foi a porta de entrada. No passado dia 6 de Dezembro, 68 anos depois, o clero diocesano de Nacala tomou conta desta primeira paróquia comboniana. Um sinal de que o Plano de Comboni se está a cumprir: a África aos africanos. Em Moçambique, a Igreja local está a consolidar-se, a fortalecer-se, e, pouco a pouco, a assumir os compromissos pastorais da sua própria terra.


O P. Giuseppe Zambonardi,
missionário comboniano,
chegou a Moçambique em 1946.

O P. Giuseppe Zambonardi, comboniano, chegou pela primeira vez a Moçambique em 1946. Referindo-se a esta data, o falecido P. Emilio Franzolin, um dos missionários combonianos que deu a vida nesta terra do Índico, como tantos outros, colocando o fermento vocacional, do qual hoje já se colhem os frutos, escrevia no pequeno livro dos 60 anos da presença dos Combonianos em Moçambique. “Uma semente para germinar, uma nascente para jorrar, uma vida para doar e gerar com paixão. Iniciava a história dos Missionários Combonianos, em Moçambique”. Concretamente, na missão do Mossuril se abria uma nova porta para o Instituto e desabrochava um novo horizonte de esperança para a Igreja moçambicana.

“Neste dia 6 de Dezembro, entregamos ao clero da Diocese de Nacala a Paróquia de Mossuril, que para nós tem um grande significado – disse o actual superior provincial, P. José Luis Rodríguez López –, porque foi esta a nossa primeira missão, em Moçambique. Depois de 68 anos, podemos, hoje, dar graças a Deus por este grande dom do nosso Carisma que nos convida a confiar, a entregar, a sair e a acreditar nas forças locais, para que eles se tornem os protagonistas da sua própria missão.”

Fazendo memória, o P. Franzolin dizia que “os missionários chegavam com o coração cheio de entusiasmo. Não tinham dúvidas. Viviam para os outros, encontrando no Coração de Jesus o entusiasmo para uma entrega sem limites. A mística do começo: quem semeia com lágrimas, recolhe com alegria”.

Hoje, prosseguiu o P. José Luis, “nós Combonianos continuamos a fazer esta experiência da ‘mística do começo’, mas também com a mesma fé, esperança e alegria a ‘mística da entrega ou do partir’, convencidos de termos lançando em terra fértil o nosso testemunho de vida que se foi tornando fermento para o futuro desta Igreja local.

O provincial referiu ainda que, apesar de entregar a paróquia de Mossuril, “a porta ainda permanecerá aberta para receber, mas também para enviar missionários para outras terras longínquas, para permanecer fiel ao compromisso missionário de partilhar desde a sua própria pobreza”.

Concluindo, recordou os combonianos que fizeram e ainda fazem parte desta missão, mencionando, em particular, os superiores delegados e provinciais que ajudaram a consolidar a nossa presença em terras moçambicanas, desde os missionários já falecidos [P. Giuseppe Zambonardi (1946-1953), P. Giorgio Ferrero (1954-1963), Ernesto Calderola (1964-1969), P. Severino Peano (1970-1975)] aos que ainda, hoje, vivem em ou fora de Moçambique [P. Danilo Cimitan (1976-1981), P. Francesco Antonini (1982-1987), P. Giacomo Palagi (1987-1992), P. Jeremias dos Santos Martins (1993-1998), P. Giorgio Giboli (1999-2004), P. Massimo Robol (2005-2010), e P. José Luis Rodríguez López (2011-2015].


Igreja do Mossuril.