Assembleia provincial dos combonianos do Sudão do Sul

A assembleia provincial estava programada para Janeiro mas teve de ser adiada por motivo do conflito armado que eclodiu em Juba, a meados de Dezembro de 2013, e se espalhou rapidamente para outras regiões do País. Participaram na assembleia três combonianos da província do Quénia, enquanto alguns confrades do Sudão do Sul não puderam participar, devido à insegurança e à falta de transportes: dois de Mapuordit e Wau, um de Ayod (diocese de Malakal), e dois de Old Fangak.

Os combonianos analisaram a realidade em que se encontram as missões e o País e tentaram “re-pensar a missão no Sudão do Sul hoje” e definir o caminho a seguir. Uma das missões foi atacada e completamente saqueada. Os missionários também aderiram à campanha quaresmal de “quarenta dias de jejum e caridade pela justiça, paz e reconciliação no Sudão do Sul”, lançada pela Igreja local.

Na mesma altura em que decorria a assembleia, realizaram-se outros eventos importantes para a Igreja e a sociedade sul-sudanesa.

É o caso da visita de solidariedade do cardeal ganês Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e porta-voz do Vaticano para as questões sociais. O cardeal Turkson deslocou-se a Juba para se inteirar da situação de violência e de guerra que há alguns meses flagela o País e, ao mesmo tempo, levar a mensagem de paz de papa Francisco para o Sudão do Sul. O Cardeal Turkson reuniu-se com os líderes da Igreja (o clero, os missionários, entre os quais os combonianos e as combonianas) e as autoridades do governo. No dia 19 de Março à noite, o Cardeal Turkson reuniu-se com os fiéis na Paróquia de São José, em Juba, e recordou-lhes os vários apelos feitos pelo papa Francisco em favor da paz no mundo e contra a indiferença globalizada.

O Núncio Apostólico no Sudão do Sul, Dom Charles Daniel Balvo, sublinhou que a presença do cardeal Turkson pode dar um novo impulso à reconciliação nacional. À sua chegada, o purpurado foi acolhido pelo Bispo de Yei, Dom Erkulano Lodu Tombe, que disse que a visita do presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz ao Sudão do Sul mostra a grande atenção e solidariedade do papa Francisco e de toda a Igreja para com essa nação jovem, que se tornou independente em 2011. Desejando que a presença do cardeal Turkson ao país possa ser uma bênção para a nação, Dom Tombe evidenciou que essa visita se realiza num momento propício, considerando a violência política dos últimos meses.
Também nessa semana reiniciavam as negociações de paz em Adis Abeba, na Etiópia, na esperança de se poder vir a pôr fim ao conflito armado.

Cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz.