Assembleia anual dos leigos combonianos de Portugal

O encontro iniciou-se com uma ligação via Skype com o Alberto de La Portilla (foto à direita), LMC de Espanha e coordenador geral dos Leigos Missionários Combonianos. Na sua intervenção, o Alberto frisou a importância do caminho já feito pelos LMC de Portugal, mas também recordou que “para sermos um verdadeiro Movimento laical, é necessário que cada membro assuma a responsabilidade pelo próprio grupo, pelas decisões e pela organização do mesmo”. Segundo o Alberto, “o Movimento deve propor caminhos que favoreçam o seguimento de Jesus Cristo tanto além-fronteiras como na terra que nos viu nascer. As dificuldades próprias das nossas vidas de leigos e leigas não nos devem afastar da vocação ou limitá-la a um tempo parcial de entrega à missão. Devemos antes encontrar formas concretas de viver uma entrega total à missão a partir da nossa vida, com aquela disponibilidade que nos foi ensinada por Comboni: África ou morte”.

A Assembleia prosseguiu os seus trabalhos. “Nos debates e na partilha de ideias emergiu o desejo de racionalizar o nosso papel, procurando balancear a natural tensão entre quanto cada um pode fazer da sua vida e a seriedade que comporta a escolha de seguir Jesus” disse Pedro Moreira.

Neste sentido surgiu a proposta de se promoverem encontros em pequenos núcleos ou comunidades. “Com isto – acrescentou –, poderíamos encontrarmo-nos com mais frequência e multiplicar as actividades como Família Comboniana. Para que esta mudança seja efectivamente positiva, será determinante a qualidade da comunicação e o espírito de comunhão entre os núcleos, bem como a participação dos LMC nos encontros a nível nacional.”

Os participantes decidiram que poderia ser positiva a abertura a certas experiências de voluntariado missionário, desde que devidamente justificadas e contextualizadas. A ideia dos leigos é de possibilitar experiências de duração mais breves a quem esteja identificado com o projecto e o carisma dos LMC.

O tema que mais marcou a Assembleia foi a reflexão sobre a distinção que existe no Movimento em Portugal entre os LMC e os colaboradores leigos. A opinião unânime é que se deve terminar com esta diferenciação, uma vez que o que define um LMC não é tanto a partida para um projecto missionário fora do país, mas sim o seu sentido de pertença, de vivência e participação na missão do Movimento no mundo e na Igreja.

O encontro concluiu-se com a eleição da equipa coordenadora dos LMC para o próximo triénio: P. Manuel Lopes Ribeiro, Pedro Moreira (coordenador da comissão europeia dos LMC), Susana Vilas Boas, Carlos Barros (membro da comissão  geral dos LMC) e Ir. Carmo Ribeiro. A Susana Vilas Boas foi eleita coordenadora nacional dos LMC.

Pedro Moreira, que foi coordenador nos últimos anos, desejou à Susana “muitas felicidades em Cristo neste novo serviço”. E concluiu com palavras de agradecimento: “Resta-me dar graças a Deus pelo ambiente de oração e amizade que guiou esta assembleia. Neste fim-de-semana houve tempo para nos divertirmos e para dar graças pela nossa vocação. Agradecemos à comunidade comboniana da Maia que tão bem nos acolheu e a todos os que se uniram a nós pela oração. É graças a isto tudo que podemos sentir a alegria de caminhar como leigos na Igreja, tentando fazer a vontade de Deus.”