Noticiário mensal dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus

Ordenações sacerdotais

P. Calderón Vargas Juan Diego (DCA)  San José (CR)     09.01.2010
P. Yadjimadji Ondongar Claude (TC)    Sarh (TC)           06.02.2010
P. Paruñgao Cunanam Victor (A)     San Fernando (RP)   06.02.2010
P. Mula Eutiquio Muso (A)                     Tagum (RP)       12.02.2010
P. Kotoku Lawson Kwaku Evans (T)  Mafi-Kumase (GH)   13.02.2010

Obra do Redentor

Março         01 – 07 DCA      08 – 15 EG    16 – 31 EC

Abril           01 – 15 DSP      16 – 30 E

Intenções de oração

Março: Para que a exemplo e por intercessão de São José, os Irmãos Missionários Combonianos sejam testemunhas audazes de santidade e de fraternidade no cumprimento dos seus ministérios, para o crescimento do Reino. Oremos

Abril: Para que a crise económica mundial, que transtornou a vida já precária de milhões de pessoas, seja uma ocasião para se fazer uma séria reflexão sobre os nossos estilos de vida comprometendo-nos a uma maior sobriedade e essencialidade. Oremos

ÁFRICA DO SUL

Consagração episcopal de Mons. Giuseppe Sandri

Dia 31 de Janeiro de 2010, um belo dia de sol, na diocese de Witbank teve lugar uma jubilosa celebração. Muita gente acorreu das várias paróquias da diocese e da diocese vizinha. O clero da diocese estava feliz, após um ano de sede vacante, por poder dar as boas-vindas ao novo bispo, Mons Giuseppe Sandri. Estavam presentes todos os Combonianos que trabalham na África do Sul, incluindo os onze escolásticos de Pietermartzburg. Estavam presentes também os provinciais da África anglófona e Moçambique (APDESAM) com o representante do Conselho Geral, P. Tesfaye Tadesse Gebresilasie. Tomaram parte na celebração trinta bispos da Conferência Episcopal da África do Sul, o Secretário do Núncio Apostólico, muitas religiosas e irmãos, além de membros de outros Institutos. O Arcebispo Buthi Joseph Tlagale, presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo metropolitano de Joanesburgo presidiu à celebração acompanhado de Mons. Mogale Paul Nkumishe, antigo bispo da diocese de Witbank e actualmente da diocese de Polokwane, e Mons. Hugh Patrick Slattery, bispo da diocese de Tzaneen. A comissão organizadora da diocese de Witbank preparou o acontecimento de maneira esplêndida. Agradecemos ao Senhor por ter escolhido um Missionário Comboniano como pastor desta diocese fundada precisamente pelos Combonianos que compreende a região de Mpumalanga e parte da região de Limpopo. Mons. Sandri trabalhou mais de vinte anos nesta diocese. Conhece bem a gente e as línguas faladas nestas regiões do norte da África do Sul que confinam com Moçambique. Ajudou a traduzir os “livros deuterocanónicos” em Tsonga-Shan-gaan para realizar uma edição católica da Bíblia em cooperação com a Sociedade Bíblica Sul-africana. Melhor, acaba de preparar a segunda edição.

Todos tomaram parte jubilosamente na cerimónia que durou quatro horas, cantando e dançando sob o sol do meio-dia. Durante o ofertório foram apresentados muitos dons em sinal de gratidão e agradecimento. No fim foi servido um almoço a todos os presentes.

No seu discurso, Mons. Sandri citou as palavras que Comboni dirigiu à população de Cartum: «o dia e a noite, o Sol e a chuva encontrar-me-ão igualmente e sempre disposto a atender as vossas necessidades espirituais…» (E 3158).

Desejamos ao novo bispo o espírito e a coragem de caminhar sobre pegadas de Cristo e de Comboni e de doar a sua vida pelo bem da gente, segundo as palavras que escolheu para as suas insígnias «venio ministrare» («venho servir»).

ÁSIA

Segundo Congresso Nacional do Clero

De 25 a 29 de Janeiro de 2010, o clero das Filipinas reuniu-se para o Segundo Congresso Nacional do Clero (SNCC) que tinha como tema “Fidelidade de Cristo e Fidelidade dos Sacerdotes”. Mais de mil e quinhentos sacerdotes diocesanos e religiosos de todas as partes do país se reuniram em World Trade Centre para uma semana de renovação espiritual sob a orientação do P. Raniero Cantalamessa.

Mons. Luis Antonio Gokim Tagle, bispo de Imus, teve a tarefa de correlacionar as palavras do P. Raniero com as situações concretas das Filipinas. Falou da sã tensão, na vida do sacerdote, entre a oração e o envolvimento no seu trabalho e salientou a importância que o amor tem em orientá-lo no seu sentido do dever e na aplicação da lei no seu serviço pastoral.

O Congresso, para além do conteúdo das conferências, das intensas celebrações litúrgicas e dos significativos momentos de oração, foi particularmente importante enquanto momento para celebrar o dom do sacerdócio e a experiência de amizade entre o clero.

Uma inesperada demonstração de amizade

Nas Filipinas a partida de alguém é sempre marcada por uma festa. Na tarde de domingo 24 de Janeiro, na capela de São Daniel Comboni da nossa comunidade de Roosevelt, Quezon City, houve uma festa de despedida ao confrade filipino P. Marnecio Coralde Cuarteros, prestes a deixar o país para a sua nova missão no Brasil, depois de cinco anos de serviço na Delegação como promotor vocacional. O programa previa uma S. Missa presidida pelo P. Marnecio e concelebrada pelos outros sacerdotes da comunidade, seguida de um pequeno refresco. O que não esperávamos foi o incrível número de pessoas que participaram, transformando a ocasião numa espontânea demonstração de afecto para com o P. Marnecio e, por conseguinte, para com os Missionários Combonianos. Depois da celebração eucarística houve, por isso, a apresentação dos vários grupos, especialmente das escolas, onde o P. Marnecio tinha ido levar a sua mensagem vocacional, ao mesmo tempo que um improvisado posto de restauração servia alimentos a uma fila de gente que nunca mais acabava.

Assim, a cerimónia durou boa parte da tarde num clima de alegria e de cordialidade. Segundo alguns, a inesperada e espontânea participação foi um sinal de que o carisma comboniano se está em enraizar no ambiente filipino, neste caso, graças à influência que um confrade filipino exerceu sobre as pessoas.

Duas ordenações sacerdotais

Este ano, na nossa Delegação, tivemos a graça de duas ordenações sacerdotais.

Sábado, 6 de Fevereiro, todos os Combonianos presentes nas Filipinas se deslocaram a San Fernando, na região de Pampanga, para a solene ordenação sacerdotal de Victor Cunanan Paruñgao. Para a ocasião, com eles chegaram também umas cinquenta pessoas provenientes de Manila. A ordenação teve lugar na paróquia de Santo Agostinho e foi presidida pelo arcebispo de San Fernando, Mons. Paciano Basilio Aniceto. Os familiares do P. Victor – os pais e os dez irmãos e irmãs com as suas mulheres e filhos – traziam todos o tradicional barong tagalog e deram um testemunho excepcional de unidade e apoio ao P. Victor. O P. Miguel Angel Llamazares González apresentou os agradecimentos do Instituto e surpreendeu os presentes cumprimentando-os na língua local, o kapampanga.

 No dia seguinte, domingo à tarde, a igreja de Santo Agostinho encheu-se novamente para a festiva e sentida “Missa de Agradecimento” na qual o P. Victor expressou a sua alegria, por ter alcançado o seu sonho, e a sua disponibilidade em servir a missão na sua primeira destinação como formador do postulantado.

Na semana seguinte, precisamente sexta-feira 12 de Fevereiro, quase todos os confrades das Filipinas, acompanhados por amigos, voaram até Davao, na ilha meridional de Mindanao, para participar na ordenação sacerdotal de Eutiquio Muso Mula. A sua ordenação teve lugar na catedral de Tagum City, juntamente com outros cinco diáconos diocesanos, e foi presidida pelo bispo Mons. Wilfredo D. Manlapaz. A grandiosa catedral estava apinhada de familiares e paroquianos dos seis diáconos. Apesar do calor tórrido, os fiéis participaram de coração e devotamente nas três horas de cerimónia.

A “Missa de Agradecimento” do neo-sacerdote filipino foi celebrada na sua paróquia, Nossa Senhora da Assunção. A mãe do P. Eutiquio, em cadeira de rodas, esteve presente nas duas cerimónias e comoveu-se até às lágrimas, sobretudo quando foi anunciado que o seu filho tinha sido destinado ao Quénia.

CARTUM

Campanha eleitoral

Depois de tantos adiamentos, depois de acesas polémicas e recriminações mútuas, depois de tantas dúvidas, finalmente parece que os principais problemas foram resolvidos, pelo menos nalguma medida, e a campanha eleitoral começou. Oficialmente a 12 de Janeiro os candidatos desceram ao terreno e começaram a apresentar os seus programas.

Os candidatos em combate pelo lugar de presidente são doze, todos muçulmanos, todos do Norte excepto um, o candidato do partido Turabi, que é um Denka muçulmano. No acordo de paz de 2005, o CPA diz que se na primeira volta nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta, haverá um desempate entre os dois que alcançarem maior número de votos.

Os candidatos são doze, mas os que têm alguma esperança de vencer e sobre os quais se concentra a atenção são três: Bashir, Al Mahdi e Arman.

Bashir é o presidente cessante. Chefe do país desde que se apoderou do poder com um golpe de estado há vinte anos, pende sobre a sua cabeça um mandado judicial de captura internacional por vários crimes contra a humanidade cometidos no Darfur. Bashir e o seu partido, o National Congress Party, contam utilizar a eventual vitória, que consideram garantida, também para legitimar de algum modo Bashir perante a opinião mundial, incluindo o tribunal criminal internacional. Bashir inaugurou a sua campanha no estádio Hilal em Omdurman de forma solene. Embora convicto de ganhar à primeira volta com maioria absoluta, declarou todavia que, se tiver de haver uma segunda volta, respeitará os resultados e retirar-se-á caso perca. Segundo os especialistas, Bashir não tem um vasto apoio popular, mas tem do seu lado a possibilidade de usar todo o aparelho de estado.

O outro candidato, digamos histórico, é Sadiq Al Mahdi, tradicional figura de topo, líder de um grande partido e movimento religioso, já por duas vezes chefe do governo e pró duas vezes expulso pelos militares, primeiro Nimeri e depois Bashir. Joga a seu favor o facto de continuar a ter os seus apoiantes tradicionais que, mesmo sob os regimes militares, mantiveram a sua influência sobre as populações. Al Mahdi aguarda pela segunda volta, quando todos se poderiam aliar contra Bashir e ele poderia voltar ao governo. É responsável de muitas coisas negativas na política do Sudão. Na guerra contra o Sul favoreceu a política da arabização e islamização, embora em certas ocasiões se tenha apoioado nos sulistas contra Bashir. A gente do sul, todavia, viu nele apenas oportunismo político.

O terceiro homem é Yasir Arman, um novato na cena política mas não totalmente. É o líder do SPLM no parlamento de Cartum e secretário do sector Norte do mesmo partido. Poderia ser a alternativa. O seu slogan eleitoral é “mudar”. É do Norte, é Muçulmano, mas combateu ao lado dos do Sul com os quais partilhava as orientações: estado laico, princípios democráticos, atenção aos marginalizados. Desde os tempos da universidade, e antes de fugir para o estrangeiro para se alistar no SPLM, foi membro activo das forças de esquerda e depois em movimentos de libertação. Uma vez chegado ao SPLM manteve-se fiel até ao fim, mesmo nos momentos de crise. Também ele espera pela segunda volta e naturalmente também ele conta com o facto de que todas as forças contrárias a Bashir formem aliança à volta do seu nome. O facto de ser do SPLM poderia ajudá-lo, em caso de vitória, a reconciliar o Sul com o Norte.

Em conclusão, a impressão é de que a campanha eleitoral iniciou bem. É verdade que estamos ainda no começo e o tom mais aceso não se fará esperar. Todavia a gente espera que os receios da véspera tenham sido despropositados e que o processo possa decorrer pacificamente. É já importante que os Sudaneses finalmente tentem confrontar-se nos debates políticos em vez de se confrontar nos campos de batalha. A impressão é de que o processo eleitoral em si mesmo será muito positivo, uma escola de democracia em gestos concretos. Ajuda as pessoas a reflectir e a avaliar as várias posições. Espera-se que a gente ganhe gosto nisso. Também o tom dos debates união/separação parece atenuado. A gente continua a ter a sua própria posição, mas já se fala muito do pós-referendo, e intensifica-se a ideia de que, qualquer que seja o resultado do referendo, as duas partes do país deverão em certo sentido ter um percurso comum, no interesse de todos: um percurso obviamente não imposto mas concordado.

EGIPTO-KUWAIT

Paróquia São Daniel Comboni no Kuwait

Dia 29 de Janeiro de 2010 o Vigário Apostólico Mons. Camilo Ballin erigiu a paróquia São Daniel Comboni na cidade de Jleeb al-Shuyoukn, a cerca de 20 km da capital, onde vivem diversos milhares de indianos, muitos dos quais são ilegais e portanto não podem vir à catedral para a Missa. Seitas fanáticas aproveitam esta situação para “roubar fiéis” e atraí-los para os seus grupos. Foi precisamente para travar esta hemorragia de católicos que, a 24 de Setembro de 2008, foi aberta a Missão São Daniel Comboni: dois apartamentos, em que residem três sacerdotes indianos (a quarta divisão é a capela dedicada à adoração permanente, muito frequentada pela gente). A Missa era celebrada diariamente só em casa, às 6 da manhã. Não se podia cantar para não chamar a atenção dos vizinhos, os quais poderiam denunciar à polícia que ali se faziam cerimónias religiosas. De facto, aqui é proibido celebrar fora da igreja reconhecida.

Finalmente arrendamos um salão que é agora a nossa igreja, obviamente abusiva. É, portanto, uma paróquia que caminha sobre o fio da navalha. De um momento para o outro podemos receber ordens da polícia para fechar tudo, esperando que não haja consequências ainda mais trágicas. A criação desta paróquia é um risco constante, mas São Daniel Comboni nos ajudará. Escolhemo-lo para que, tal como fundou a Igreja no Sudão, assim agora a funde também aqui.

A gente está entusiasmada por ter uma paróquia e está a organizar-se de forma espectacular. Foram distribuídos centenas de postais de Comboni e também um opúsculo em inglês sobre a sua vida, preparado pelo primeiro pároco, um carmelita indiano. Antes da Missa solene foi projectado um filme em inglês, também sobre Comboni, e a gente seguiu com a máxima atenção, apesar de estarem todos de pé (não há espaço para colocar cadeiras). Sabem que ali participarão na Missa, mas em pé! Dois bonitos retratos a óleo, um de Nossa Senhora e outro de Comboni, oferecidos por Mons. Jaime Rodrigues Salazar (Peru), convidam à oração e fazem com que seja maravilhosa esta igreja ilegal. Em todas as paróquias do Vacariato em cada quinta-feira, no final da Missa, reza-se uma oração especial a São Daniel Comboni para que nos obtenha um terreno e uma igreja naquela cidade: colocamos o futuro nas suas mãos.

MALAWI-ZÂMBIA

Assembleia provincial

A nossa assembleia provincial teve lugar em Lilongwe, Malawi, de 8 a 12 de Fevereiro e nela participaram quase todos os confrades da província. De facto, como nos recorda a Regra de Vida, «a Assembleia provincial trata dos vários aspectos da vida e actividades da província. Sendo uma expressão de solidariedade e de vida comunitária, todo o missionário nela participa pessoalmente» (RV 130). Agradecemos a todos os confrades pela sua activa, fraterna e frutuosa participação: experimentámos um grande espírito de família entre todos os membros da província.

Nestes quatro dias enfrentámos os temas principais em agenda: introdução aos Documentos Capitulares, revisão do Directório provincial, Relações dos Secretariados, Relação sobre o andamento do plano sexenal e planificação para o futuro. Uma cópia dos Documentos do XVII Capítulo Geral foi distribuída aos confrades. Depois da introdução geral sobre os nove temas do Capítulo, feita pelos três delegados capitulares da nossa província (Ir. Jonas Yawovi Dzinekou, P. Jesto Michael Bwalya e P. Dário Balula Chaves), dedicámos algum tempo à reflexão pessoal e à partilha de grupo, como ponto de partida para um aprofundamento a continuar nas várias comunidades. Durante a assembleia revimos e actualizámos o Directório provincial que será aprovado mais tarde. Depois das Relações dos Secretariados e da relação apresentada pelo provincial, sobre o plano sexenal, reflectimos juntos e aprovámos algumas resoluções para o futuro.

No final desta assembleia estamos mais conscientes de que os Documentos Capitulares são uma graça especial do Senhor para nos ajudar a viver de modo mais profundo a nossa vocação missionária. Comprometemo-nos também, no decurso deste ano, a utilizá-los na nossa oração pessoal e na partilha comunitária.

Além de uma forte experiência de comunhão entre nós, a assembleia foi um acontecimento importante de formação permanente que nos ajudará a renovar o nosso empenho na missão segundo o nosso carisma comboniano, contextualizado na província do Malawi-Zâmbia.

ITÁLIA

MISNA

Durante a última assembleia da Agência Misna foram apresentados alguns dados sobre a visibilidade da Agência Misna no sítio web. A voz dos missionários está agora mais presente do que no passado na Misna: o último levantamento foi feito sobretudo em concomitância com o Sínodo Africano que a própria Misna relatou mais de 100 vezes. Continua a oportunidade da Misna em fornecer notícias. Prova recente disso foram os serviços e as informações fornecidas no terreno sobre o terramoto do Haiti.

Está a surgir uma nova realidade: a presença cada vez mais relevante das notícias Misna nos blog. Entre Dezembro e Janeiro, a Misna foi citada 1.908 vezes. Nota-se também um aumento dos sites que facilitam o acesso a Misna através de link e referências várias. Particularmente positiva está a ser a presença de Misna nos blog, sendo estes uma realidade que atinge um público predominantemente juvenil. Extraímos da mensagem que Nicodemos escreveu num blog: «Olhando para a catástrofe desencadeada pelo terramoto que destruiu a cidade de Pot-au-Prince, passam-me pela cabeça muitos pensamentos mas, sobretudo, três em especial: rezar, informar-se, ajudar».

Um outro dado interessante é que a Misna conta entre os assinantes todas as embaixadas e todos os consolados de Itália no estrangeiro, mais algumas organizações internacionais.

REP. CENTRO-AFRICANA

Mesa redonda sobre as eleições

A Rep. Centro-Africana prepara-se para as eleições presidenciais e legislativas. Terão lugar em 2010. O proceso eleitoral já começou apesar de a oposição e o partido no poder não terem ainda chegado a um acordo sobre a representatividade no seio da comissão eleitoral independente.

No contexto da educação dos jovens e com a preocupação de formar as consciências, a paróquia Notre Dame de Fátima organizou, para domingo 14 de Fevereiro, uma mesa redonda sobre as eleições, precisamente para ajudar os jovens, através da análise e a reflexão de especialistas, a ir para as eleições de olhos abertos. A conferência foi animada pela senhora Timoléon Kokongo, advogada. A enriquecer o debate e a precisar o pensamento da Igreja sobre a política estavam o P. Lorenzo Frattini, Comboniano, secretário da comissão Justiça e Paz no seio da Conferência Episcopal da Rep. Centro-africana, e o jurista Dieudonné Mamadou. O intercâmbio de ideias teve lugar num clima leal e sem complacências. Os jovens disseram não ter ainda tomado consciência do código eleitoral em vigor. E isso, para eles, é um obstáculo. Mas foram motivados a envolver-se nas eleições uma vez que constituem a parte maioritária dos eleitores centro-africanos. O seu voto poderia ser decisivo se as eleições decorrerem com transparência e no respeito do jogo democrático. Os participantes na mesa redonda eram 160, entre os quais jovens das outras paróquias de Bangui e do centro católico universitário.

Antes do encerramento do encontro, o confrade P. Léonard Ndjadi Ndjate, vigário da paróquia de Fátima, indicou a data, o tema e os intervenientes no Fórum dos jovens no próximo mês de Agosto. Este fórum quer ser um espaço de reflexão, de formação cristã e de debate sobre os temas quentes que agitam a vida dos jovens de hoje, isto é, formação de líderes cristãos capazes de tomar em mãos o destino deste país no coração da África.

UGANDA

Centenário da chegada dos Combonianos

O P. Sylvester Hategek’Imana, provincial, recordou assim o centenário da chegada dos Missionários Combonianos no início da fé católica ao Norte do Uganda.

«Caros confrades, há cem anos, exactamente a 17 de Fevereiro de 1910, um grupo de Combonianos guiados pelo P. Franz Xaver Geyer chegaram aqui, via Omach, trazendo nos seus corações pura e simplesmente o desejo de dar a conhecer a Boa Nova. Estamos orgulhosos de poder dizer que, graças aos seus esforços, à sua determinação e abnegação, à sua paixão pelo Evangelho, chegamos a esta celebração de hoje. Uni-vos a mim, portanto, neste 17 de Fevereiro de 2010, para dar graças ao Senhor pelas maravilhas que realizou através deles e de tantos outros confrades que durante estes cem anos foram protagonistas da missão no norte do Uganda. Muitos deles sacrificaram a vida pela única causa de Cristo, partilhando plenamente a sorte de Jesus, guia e mestre, na fidelidade até dar a sua vida.

Penso que não é por acaso que este dia coincide com a quarta-feira de cinzas, primeiro dia da Quaresma. É um sinal que nos introduz mais profundamente no mistério da nossa redenção, recordando-nos que enquanto Missionários Combonianos estamos a iniciar de novo um caminho de empenho neste mistério.

A celebração oficial do centenário terá lugar a 20 de Março de 2010 na diocese de Nebbi e estou grato à Igreja local de Nebbi, Arua e Gulu que escolheu esta ocasião para renovar o empenho de fé dos cristãos. É este o espírito e o significado desta celebração. Uni-vos a mim no acolhimento deste dom precioso que a Igreja local nos oferece, com um sentido de gratidão para com os confrades que nos precederam na fé e no Instituto.

Visitando as nossas comunidades de Gulu, Lira e Moroto/Kotido constatei como são grandes os desafios que temos de enfrentar enquanto província, depois de um século de presença no Uganda. Não nos desencorajemos, não nos deixemos tentar pelo pessimismo, mas acreditemos que Aquele que nos chamou e consagrou pode fazer ainda, através de nós, grandes coisas».

Rezemos pelos nossos defuntos

*   O PAI: Matías, do P. Carrera Augusto Francisco (KE); Augustin, do noviço Prosper Tehou (BEN).

*   A MÃE: François, do P. Louis Kouevi Adjetey Mawoulolo (T); Pierina, do P. Domenico Cibei (I); Maria, do P. Giuseppe Simoni (T).

*   O IRMÃO: Seamus, do P. Robert David Hicks (LP), Rudolf, do P. Anton Maier (†), Juan José, do P. Rubén Padilla Rocha (M).

*   A IRMÃ: Ir. Celeste (religiosa franciscana), do P. Manuel Ferreira Horta (P); Ester, do P. Mario Negrini (M); Veronica, do Ir. Fernando Cesaro (KE).

*   AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. M. Martina De Guidi; Ir. M. Giuditta Rocco.