Brasil: Despedida para o Céu do padre Carlos Collantes Bascarán

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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2020
O P. Carlos Bascarán faleceu no dia 22 de Setembro em Santa Rita, no Brasil em consequência do Covid-19. “Despedimo-nos do P. Carlos Bascarán com muito carinho… – escreve o P. Dario Bossi, superior provincial dos combonianos do Brasil –. A despedida foi breve, mas intensa e digna. Presidida por Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, bispo da Paraíba, com a participação de cerca de 50 pessoas da paróquia… Nestas horas, parece que o tempo pára…”

Caros irmãos,
encerra-se um dia difícil, mas de profunda humanidade e fraternidade entre nós.

Despedimo-nos do P. Carlos Bascarán com muito carinho, desde o gesto sacramental de P. Saverio Paolillo hoje pela manhã, acariciando o rosto dele com o óleo da unção dos enfermos, até os cuidados de P. Roberto Minora na recepção do corpo, no hospital, e a despedida final no cemitério, com a presença do P. Joaquim Pinto da Fonseca.

O Ir. Francesco D'Aiuto, ainda débil (mas já recuperado da Covid), acompanhou rezando de casa. Todos nós também, em comunhão.

A família de Carlos, da Espanha, pôde seguir em oração o enterro, graças a uma transmissão vídeo organizada pelas lideranças de Santa Rita.

A despedida foi breve, mas intensa e digna. Presidida por Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, bispo da Paraíba, com a participação de cerca de 50 pessoas da paróquia.

Haverá celebração de sétimo dia no domingo: poderemos também nós celebrar em comunhão, em cada uma de nossas comunidades.

Eu visitarei a comunidade de Santa Rita e celebrarei com eles, expressando a solidariedade de cada um de vocês e reforçando nossos vínculos, em horas difíceis.

Está sendo muito bonita a série de lembranças, memórias, reflexões que vocês partilham, especialmente no grupo WhatsApp.

Estamos pedindo a algumas pessoas que foram mais próximas a Carlos se querem escrever algo como recordação e despedida. Se alguém mais quiser fazê-lo, é bem-vindo/a.

A família de Carlos deseja que ele permaneça sepultado na terra onde ele deu a vida como missionário, e agradece muito a todos(as) os profissionais que cuidaram dele em seus últimos dias.

O falecimento de Carlos está sendo noticiado pela mídia católica e civil da Paraíba e do Maranhão, os estados onde mais trabalhou.

Estamos recebendo muitas mensagens de condolência, solidariedade, agradecimento pelo exemplo de vida que Carlos deixou para nós e para o Brasil.

Escreveram-nos a Direção Geral dos combonianos em Roma; os combonianos das províncias de Espanha, Colômbia, Equador, México, Itália; as irmãs combonianas do Brasil e que trabalharam no Brasil, os LMCs, os Grupos de Espiritualidade Comboniana (GECs), líderes de pastoral de Açailândia, São Luís e de todo o Maranhão, bem como de Fortaleza e do Espírito Santo, organizações como a Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração, o Observatório dom Luciano Mendes de Almeida, a rede Igrejas e Mineração, a REPAM, vários bispos: dom Odelir (Chapecó), dom Vilson (Imperatriz), dom Vicente (BH), dom José (Manaus), mons. Arellano (Ecuador).

Isso mostra o carinho que as pessoas têm para com o P. Carlos, os vínculos pastorais que ele teceu e a memória viva que ele deixa.

Nestas horas, parece que o tempo pára: um filme passa dentro de nossas cabeças, cada um lembrando de cenas, encontros, momentos de alegria, celebrações, compromissos... Carlos confirma-se como um amigo, um missionário que teceu relações, viveu na simplicidade e radicalidade do Evangelho, tocou as cordas do coração do povo, brincou e sonhou nessa terra vermelha que pisou por tantos anos, de chinelo...

Todos estamos sentindo ele presente, próximo, companheiro. Alguns de vocês disseram: “vai ter música no céu!”; outros até imaginaram uma daquelas peladas de futebol, lá nas alturas!

Com certeza, Deus o recebe de braços abertos e cheio de gratidão. Como deve ser bonito um reencontro desses!

Como foi dito, “Obrigado por tudo, e não esqueça de rezar por nós”.
P. Dario Bossi

Algumas fotografias da despedida de hoje, no cemitério Vale da Saudade, perto de nossa casa, no Brasil.