Roma, 10 de Fevereiro de 2017
Em Bangui, a capital da martirizada República Centro-Africana, as pessoas chamam-lhes os “gémeos de Deus”. No entanto, são muito diferentes. Um, é o Cardeal Nzapalainga, alto e robusto, e arcebispo de Bangui e, naturalmente, católico. O outro é o imã Kobine Layama, mais baixo e mais magro, o chefe muçulmano da capital. Diferentes, mas iguais na sua luta pela paz através do diálogo e por um futuro melhor e reconciliado para o seu povo. Os dois “gémeos” deslocaram-se a Madrid para receber o prémio “Mundo Negro à Fraternidade 2016” e participar, como palestrantes, no “XXIX Incontro África”, organizado todos os anos pela revista Mundo Negro dos Missionários Combonianos. O tema do evento deste ano foi “O islamismo e o cristianismo, diálogo sob o mesmo tecto” encaixa-se perfeitamente com o que pensam e vivem os dois líderes religiosos centrafricanos, que há anos se dedicam à causa da paz, não só em teoria, mas colocando em risco as próprias vidas. [Mundo Negro].