Segunda-feira, 1 de Agosto 2016
Os missionários combonianos de Portugal organizaram a tradicional peregrinação anual da Família Comboniana a Fátima, no dia 30 de Julho. Com uma temperatura agradável a ajudar, as cerca de duas mil pessoas – um número superior ao do ano passado – chegaram à Cova da Iria, vindos dos diferentes pontos do País mas, sobretudo, das áreas onde os combonianos têm as suas comunidades: Famalicão, Maia, Viseu, Calvão, Santarém e Lisboa. Na foto: participantes no Cantro Paulo VI.
Cova da Iria,
Fátima.
Na manhã de sábado, dia 30 de Julho, os membros da grande família comboniana de Portugal, com sorrisos nos lábios e coração alegre, participaram na reflexão missionária e no convívio, coordenados pelos Leigos Missionários Combonianos, no Centro Paulo VI. A irmã comboniana Maria do Carmo Ribeiro orientou a reflexão sobre o tema da Peregrinação: “Comboni e a Misericórdia”. E a animação do convívio ficou a cargo da ‘Banda Missio’, liderada pelo P. Leonel Claro.
Os jovens do JIM – que tinham rumado a pé de Azambuja a Fátima, cerca de 90 quilómetros – deram o seu testemunho da alegria, comunhão e solidariedade, vividas nessa experiência única. Seguiu-se o almoço, com a partilha de farnéis. Depois rezou-se o Terço missionário, na Capelinha das Aparições, e celebrou-se a Eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade, presidida pelo P. Leonel Claro que está de partida para as missões do Chade. A celebração terminou, de facto, com o envio do mesmo P. Leonel e do P. José Juan Valero, que depois de seis anos como mestre de noviços, partirá para o Uganda, onde trabalhara anteriormente. O Escolástico Ricardo Gomes, que acabou os estudos de Teologia, na Itália, foi também enviado para a sua experiência pastoral de dois anos na África do Sul.
“No final da peregrinação, havia um sentimento generalizado de alegria e felicidade – disse o P. Carlos Alberto Nunes – por tudo o que se viveu neste dia, em espírito de fé e missão, aos pés de Maria, Mãe de Misericórdia e Estrela da Evangelização. Todos regressavam às suas casas, de autocarro ou com meios de transporte pessoais, mais fortalecidos por este encontro anual que juntou uma das maiores representações da Família Comboniana, em Fátima.”
Jovens peregrinam a pé
rumo a Fátima
Uma das actividades dos jovens, ao longo do ano, é a chamada “Sempábrir” – caminha a pé de Azambuja a Fátima. A Sempábrir 2016 iniciou no dia 26 de Julho, na Azambuja, e chegou a Fátima às doze horas do dia 29. No dia seguinte, todos participaram nas celebrações da Peregrinação da Família Comboniana.
“Os rostos dos 25 participantes na Sempábrir mostravam alegria e satisfação pela a aventura realizada, alguns pela primeira vez, outros já repetida. Caminhar em união, comunhão, solidariedade, com fé e em espírito de missão, durante dois dias e meio, e chegar aos pés da Mãe, em Fátima, todos unidos e mais amigos, é fonte de uma tal alegria que alguns não encontraram palavras para a descrever. Com palavras ou com gestos, quase todos partilharam o que lhes ia na alma”, disse o P. Carlos Alberto Nunes.
No sábado, durante o Convívio no centro Paulo VI, os jovens agradeceram por todo o apoio recebido, partilharam as alegrias e os sacrifícios passados ao longo da caminhada, que alguns manifestaram a vontade de querer voltar a repetir.
Todas as experiências têm os seus momentos mais significativos. “Nesta Sempábrir, – contou o P. Carlos Nunes –, encontramos e ‘adoptamos’ a Maria Cois’Kova. Uma jovem que veio da Eslováquia para fazer o caminho por Fátima até Santiago de Compostela. Apareceu no nosso caminho, sozinha e desorientada, na segunda tarde da Sempábrir a caminho de Minde. Imediatamente foi convidada a juntar-se ao nosso grupo o que ela aceitou com agrado. Assim foi adoptada e ficou connosco, mesmo no sábado da Peregrinação da Família Comboniana. As suas palavras de agradecimento a todos e a cada um foram significativas. É uma jovem de 31 anos, terminou o curso de Teologia e meteu-se a caminho na procura de si mesma, da sua vocação e de descobrir que fazer no futuro. A ‘adopção’ pelo nosso grupo fê-la pensar muito e dizia: ‘Vai ser um ponto importante na minha reflexão pessoal e quem sabe, na minha decisão para o futuro...’. Estes momentos são significativos para todos. Maria ficou no nosso coração e deu uma dimensão nova à nossa Sempábrir 2016.”
Durante o Convívio no centro Paulo VI, os jovens agradeceram por todo o apoio recebido.