Domingo, 15 de Fevereiro de 2015
O P. José da Silva Vieira, superior provincial dos missionários combonianos de Portugal, foi convidado a apresentar uma reflexão sobre o tema “Profecia e missão” nas XXXVI Jornadas de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa. As Jornadas deste ano tinham como tema “Esperar contra toda a esperança – esperança-profecia-comunidade” e decorreram de 11 a 13 de Fevereiro, em Lisboa. Publicamos, aqui, o texto da sua interversão. Na foto: P. José Vieira na radio onde trabalhou durante seis anos, no Sudão do Sul.

 

XXXVI Jornadas de Estudos Teológicos

Esperar
contra toda a esperança


«Cristo [é] a nossa esperança»
(1Tm 1,1)

Eis uma afirmação que brota do coração da experiência cristã:

N’Ele se encontram razões para a esperança;
N’Ele a esperança é anunciada e construída;
N’Ele é possível esperar com os outros e para os outros.

As Jornadas de Teologia seguiram este mesmo itinerário: Da esperança que encontrámos à sua profecia no hoje da história; Da esperança que nos anima à sua vivência eclesial e comunitária. Porque peregrina no tempo e no mundo, a Igreja continua a «esperar contra toda a esperança» (cf. Rm 4, 18).

Segue a interversão do P. José da Silva Vieira, missionário comboniano que trabalhou na Etiópia, de 1992 a 2001, e no Sudão do Sul, de 2007 a 2013. É superior provincial dos missionários combonianos de Portugal, desde o dia 1 de Janeiro de 2014.

 

 

PROFECIA E MISSÃO


Convidaram-me para reflectir sobre o binómio profecia e missão talvez por ser missionário consagrado. Profecia, evangelho e esperança são as linhas com que se faz o tecido da consagração missionária.

O Papa Francisco escreve na Carta Apostólica às pessoas consagradas: «Espero que “desperteis o mundo”, porque a nota característica da vida consagrada é a profecia. […] Um religioso não deve jamais renunciar à profecia.»[1]

O papa argentino continua: «O profeta recebe de Deus a capacidade de perscrutar a história em que vive e interpretar os acontecimentos: é como uma sentinela que vigia durante a noite e sabe quando chega a aurora (cf. Is 21, 11-12). Conhece a Deus e conhece os homens e as mulheres, seus irmãos e irmãs. É capaz de discernimento e também de denunciar o mal do pecado e as injustiças, porque é livre, não deve responder a outros senhores que não seja a Deus, não tem outros interesses além dos de Deus. Habitualmente o profeta está da parte dos pobres e indefesos, porque sabe que o próprio Deus está da parte deles.»[2]

Esta definição é o fio de pensamento da minha reflexão. Com uma ressalva: os consagrados não esgotam a missão profética da igreja; todos os baptizados participam do profetismo único e último de Jesus. A unção crismal depois do baptismo fá-los para sempre membros «de Cristo sacerdote, profeta e rei.»[3]

JESUS: O PARADIGMA

O evangelista Lucas conta que Jesus fez a sua declaração de missão na sinagoga Nazaré, depois de ter sido baptizado por João no além-Jordão.

Recordamos o texto: «Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.” Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir”.»[4]

Três versículos depois, Lucas conta que Jesus retorquiu aos conterrâneos que disputavam as suas credenciais: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.»[5] Jesus faz uma ligação transversal clara e inequívoca entre profetismo, Escrituras e o serviço aos pobres.

O profeta, porta-voz de Deus, tem que voltar repetidamente às Escrituras para aprender, viver e anunciar o sonho de Deus. Para ser sentinela de Deus, precisa dos ouvidos de discípulo para consolar o seu povo! [6]

Mais! O profeta de hoje reza as Escrituras numa leitura dialógica com os media. Deus continua a falar através de muitas outras palavras impressas, difundidas, digitais.

POBRES, LUGAR TEOLÓGICO DA PROFECIA

Jesus, na declaração de missão em Nazaré, é claro: os pobres são o lugar teológico da profecia, não como conceito abstracto mas como espaço humano que o profeta tem que habitar. O profetismo de gabinete, asséptico, é só exercício intelectual. Os pobres são as periferias existenciais que as sentinelas de Deus vivem, perscrutam, patrulham.

Os pobres são gente real, de carne e osso. Não são nem conceitos sociopolíticos nem estatísticas de tabelas de cálculo. Têm rosto e nome como tu e eu. São gente sem recursos, desempregados, doentes, idosos, toxicodependentes, refugiados, sem-abrigo, traficados, escravizados, crianças, jovens, mulheres, migrantes… É neles que Jesus sofre hoje.

Os pobres são também os parceiros privilegiados de Deus, os donos do Reino[7] e os eleitos de Deus.[8] O salmista reza: «SENHOR, eu sei que defendes a causa do indigente e fazes justiça ao pobre».[9] E acrescenta: «Feliz daquele que cuida do pobre; no dia da desgraça, o SENHOR o salvará.»[10] Paulo proclama que na sua bondade Jesus «sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza».[11]

ESTATÍSTICAS DA DESIGUALDADE

Permitam-me apresentar a realidade do mundo dos pobres através de algumas estatísticas sobre pobreza, riqueza extrema, desemprego, escravatura e infância.

Pobreza: O Banco Mundial calcula que mais de mil milhões de pessoas (cerca de 11% da população global) vivem em pobreza extrema com menos de 1,25 dólares americanos por dia (cerca de um euro).[12]

A EUROSAT indica que quase um quarto da população da União Europeia e 27,4% da população portuguesa vive no limite da pobreza e exclusão social.[13] O Instituto Nacional de Estatística (INE) diz que 19,5% dos portugueses e 25,6% dos menores estão em risco de pobreza.[14] O limiar da pobreza em Portugal está nos 4,90 euros.[15]

Riqueza extrema: segundo a nota informativa Wealth: having it all and wanting more[16] da ONG inglesa OXFAM, um por cento da população adulta é dona de 48% da riqueza mundial, deixando os restantes 52% para 99 % da população. Daqui a um ano esses 1% super-ricos vão ter mais de 50% da riqueza mundial.

Desemprego: de acordo com a OIT, a Organização Internacional do Trabalho, há 201 milhões de desempregados no mundo. Podem chegar aos 212 milhões em 2019.[17] Em Portugal, a taxa de desemprego estimada para o quarto trimestre de 2014 foi de 13,5%,[18] 698,3 mil pessoas sem trabalho, incluindo 11.044 casais.[19]

Escravatura: 35,8 milhões de pessoas vivem alguma forma de escravidão[20] que incluiu trabalho forçado, tráfico, casamento forçado e exploração sexual por dinheiro. Os dados são de Global Slavery Index que analisa há dois anos a escravatura moderna em 167 países. Portugal ocupa a posição número 157 da tabela com 1400 pessoas escravizadas [21]. A escravatura gera 32 mil milhões de dólares por ano. Depois das drogas e das armas é a terceira actividade ilegal mais lucrativa.[22]

Infância: segundo a UNESCO[23], 58 milhões de crianças entre os 6 e os 11 anos não frequentam a escola. Desses, 15 milhões de meninas e 10 milhões de meninos provavelmente nunca irão à escola. O direito à educação é negado a uma em cada dez crianças. Por outro lado, a Organização Mundial do Trabalho[24] diz que há 168 milhões de crianças-trabalhadoras e dessas 85 milhões fazem trabalhos perigosos. A UNICEF denuncia que cerca de dois milhões de crianças são afectadas pela exploração sexual cada ano. O negócio rende 20 mil milhões de dólares.[25] Cerca de 250 milhões de meninas casaram-se antes dos 15 anos.[26]

Estes dados devem fazer-nos discernir as coordenadas do profetismo.

DIALÉTICA PROFÉTICA: DENUNCIAR E ANUNCIAR

«A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem consiste na visão de Deus», escreveu Ireneu de Lião no século ii.[27]

O profeta, porta-voz de Deus, é chamado a ser vidente, a discernir o presente, a linha entre a noite e o dia, o mal e o bem, num processo dialéctico de denúncia e anúncio: denúncia da má-nova dos poderes do Maligno, anúncio da boa-nova de que o reinado de Deus, «de justiça, paz e alegria»,[28] já está entre nós.[29]

O profeta denuncia a ordem económica iníqua que descarta as pessoas e as reduz a objectos de consumo, desrespeita o ambiente, ignora o bem comum e diviniza o ganho absoluto.

O profeta denuncia a cultura do individualismo narcisista globalizado, expresso no culto do auto-retrato (vulgo selfie). O euismo «favorece um estilo de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade de vínculos entre as pessoas e distorce os vínculos familiares» como escreve o Papa Francisco no n.º 67 da Evangelii Gaudium.[30]

O profeta anuncia uma economia sustentável que respeita a dignidade da pessoa, o bem comum e a criação, a partilha e a compaixão, a mística do (re)encontro e da comunhão como o sonho de Deus para todos. Fá-lo através de uma espiritualidade de resistência cultural que propõe alternativas ao consumismo e ao individualismo através de vidas sóbrias, solidárias e saudáveis.

Deus criou-nos para sermos co-criadores.[31] A economia que reduz a pessoa a consumidora não é economia de Deus. É provável que muitas das neuroses que afectam a sociedade contemporânea venham da impossibilidade de as pessoas cumprirem a capacidade criativa e criadora com que Deus as abençoou.

Somos infelizes porque não criamos, não produzimos; só consumimos, compramos.[32]

A falácia de um crescimento económico constante é uma aberração que está a levar ao crescimento espiriforme da produção e consequente consumo de matérias-primas e poluição. A Terra não tem capacidade para regenerar as feridas da sobreexploração dos recursos e decompor os resíduos. Daí o inexorável inquinamento dos solos, subsolos, água e ar que alteram o clima e a dificultam a vida sobretudo aos mais pobres.

É tempo de assumir sem falsas defesas pseudocientíficas que o consumismo tem um preço humano, climático e ecológico demasiado elevado para ser sustentável.

A cultura do usa e deita fora é responsável pelo trabalho (quase) escravo em países de mão-de-obra barata e pelo desemprego de longa duração em países desenvolvidos. A Organização Mundial do Trabalho[33] denuncia que pessoas escravizadas produzem pelo menos 122 artigos em 58 países. O trabalho ilícito gera pelo menos 150 mil milhões de dólares por ano.

O consumo exagerado tem outros custos humanos: 11% da população mundial passa fome[34] apesar de a produção mundial rondar as 4600 quilocalorias por dia por cabeça.[35] Uma alimentação saudável precisa de 2500 quilocalorias por dia por pessoa.[36]

A sobreprodução está a causar danos ecológicos irreparáveis incluindo erosão, poluição, desaparecimento de espécies, episódios climáticos extremos e esquecimento global.

Esta escola católica de ensino terciário é famosa pela sua faculdade de economia e gestão e orgulha-se de ter a melhor business school do país. Impõe-se perguntar se a economia que aqui aprende é amiga dos pobres ou dos ricos, se segue o dividir da economia de Deus ou o multiplicar da economia do grande capital como método para gerar riqueza. A exortação apostólica Evangelii Gaudium é uma ferramenta importante para aferir o que se ensina nas faculdades de economia e de teologia.

INTERNET: PRAÇA DE PROFETAS

A Internet veio revolucionar as comunicações transformando o mundo numa malha apertada de pessoas com cerca de 3000 milhões de utentes em 2015[37]. Estamos à distância de um clique, de um «Gosto» mas há mais comunicação digital para além das redes sociais.

A Internet transformou o mundo numa aldeia global. Sabemos o que se passa em tempo real no Chade ou na China, na Polónia ou no Peru, talvez melhor do que na nossa rua, na nossa aldeia.

Comunicamos tanto e vivemos tão sozinhos.

Contudo, a rede mundial é uma teia de cumplicidades e afectos que pode constituir um compromisso colectivo para o cuidado de todos, sobretudo dos membros mais pobres e fracos.

Na perspectiva cristã, os elos mais fracos da sociedade são também os mais necessários: «Quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo, tanto mais são necessários, e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro.»[38]

A net pode transformar os muros sociais, culturais, económicos e religiosos em pontes de encontro através de pequenos gestos solidários de comunhão e cuidado, de vidas mais verdes e baratas, de respeito pela pessoa, sobretudo pelas minorias, da partilha de estórias, de factos e de preocupações para chegarmos a uma consciência mais global, a uma nova ordem nas relações humanas.

A net é uma praça propícia para propor a liberdade, democracia, direitos humanos, paz, igualdade do género, educação, saúde, trabalho como bens comuns não negociáveis.

PROFETAS DAS GRAÇAS

O Papa João XXIII no discurso[39] de abertura solene do Concílio Vaticano Segundo denunciou com um sorriso bondoso os «profetas de desgraças, que anunciam acontecimentos sempre infaustos, como se estivesse iminente o fim do mundo.»

E acrescentou: «Na ordem presente das coisas, a misericordiosa Providência está-nos levantando para uma ordem de relações humanas que, por obra dos homens e a maior parte das vezes para além do que eles esperam, se encaminham para o cumprimento dos seus desígnios superiores e inesperados, e tudo, mesmo as adversidades humanas, converge para o bem da Igreja.»

Junto outra citação da Carta Apostólica do Papa Francisco às pessoas consagrada: «Às vezes, como aconteceu com Elias e Jonas, pode vir a tentação de fugir, de subtrair-se ao dever de profeta, porque é demasiado exigente, porque se está cansado, desiludido com os resultados. Mas o profeta sabe que nunca está sozinho. Também a nós, como fez a Jeremias, Deus assegura: “Não terás medo (...), pois Eu estou contigo para te livrar”.»

Termino com esta nota de esperança, a nós, discípulos missionários, que somos chamados a ser profetas das graças de Deus, a proclamar as suas maravilhas em todas as línguas – incluindo a digital – para viver juntos uma cultura que seja epifania do sonho de Deus para todos.
José Vieira, mccj

 

[1] <http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_lettera-ap_20141121_lettera-consacrati.html>

[2] Idem

[3] <http://www.liturgia.pt/rituais/Baptismo.pdf>

[4] Lucas 4, 16-21

[5] Lucas 4, 24

[6] No terceiro Cântico do Servo lemos: «O Senhor DEUS ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos» (Isaías 50, 4).

[7] Lucas 6, 20b: «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus».

[8] Tiago 2,5: «Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?»

[9] Salmo 140, 13

[10] Salmo 41, 2

[11] 2 Coríntios 8:9

[12] <http://www.worldbank.org/en/topic/poverty/overview>

[13] <http://observatorio-lisboa.eapn.pt/ficheiro/Eurostat_Nov.-2014.pdf>

[14] <http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=223346238&DESTAQUESmodo=2>

[15] <http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&userLoadSave=Load&userTableOrder=8127&tipoSeleccao=1&contexto=pq&selTab=tab1&submitLoad=true>

[16] <http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/file_attachments/ib-wealth-having-all-wanting-more-190115-en.pdf>

[17] <http://www.ilo.org/global/about-the-ilo/newsroom/news/WCMS_336884/lang--en/index.htm>

[18] <http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=211340695&DESTAQUESmodo=2>

[19] <http://www.publico.pt/economia/noticia/numero-de-casais-desempregados-quase-duplicou-em-novembro-1580716>

[20] <http://d3mj66ag90b5fy.cloudfront.net/wp-content/uploads/2014/11/Global_Slavery_Index_2014_final_lowres.pdf>

[21] <http://www.globalslaveryindex.org/country/portugal/#government-response>

[22] <http://www.slavesnomore.it/comunicati/international-day-against-human-trafficking/>

[23] <http://www.uis.unesco.org/Education/Pages/reaching-oosc.aspx>

[24] <http://www.ilo.org/global/topics/child-labour/lang--en/index.htm>

[25] <http://southasia.oneworld.net/news/every-year-2-million-kids-face-sexual-exploitation-unicef#.VMtXXGisXA9>

[26] <http://www.unicef.org/publications/files/A_Statistical_Snapshot_of_Violence_Against_Adolescent_Girls.pdf>

[28] Romanos 14, 17

[29] Lucas 17, 21

[30] <http://www.agencia.ecclesia.pt/dlds/bo/EVANGELIIGAUDIUMPapaFrancisco2013CEP.pdf>

[31] O Salmo 8, 5-7 pergunta: «Que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares? Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés.»

[32] Portugal encontra-se no topo dos consumidores de psicotrópicos: <http://www.publico.pt/sociedade/noticia/portugueses-consomem-75-mil-embalagens-de-medicamentos-psicotropicos-por-dia-1606868>

[34] <http://www.wfp.org/hunger>: segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU há 805 milhões de subnutridos.

[35] <http://unep.org/pdf/foodcrisis_lores.pdf> Os números dão do Relatório The Environmental Food Crisis da UNEP, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

[36] <http://www.livestrong.com/article/388545-macronutrient-ratios-in-a-diet/>

[37] <http://www.internetsociety.org/sites/default/files/Global_Internet_Report_2014_0.pdf>

[38] 1 Coríntios 12, 22-23

[39] <http://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council.html>