Dia Internacional dos Leigos Missionários Combonianos: 12 de Dezembro 2021

No passado, quando a gripe ou outro vírus entrava na nossa casa, era passado de um membro para outro assim que fôssemos descuidados. É isso que está a acontecer com este coronavírus. Passa de uma pessoa para outra, de um país para outro, de um continente para outro. Este inimigo invisível mostra-nos não só a nossa fraqueza, mas também a interconectividade de toda a humanidade. Cada nova variante lembra-nos que é algo que temos de combater juntos, ninguém será poupado e se não formos capazes de partilhar as vacinas e os remédios que estão a ser descobertos, espalhar-se-á uma e outra vez.

É um grito de solidariedade, para não acumular, porque estamos todos no mesmo barco. A nossa vocação missionária tem sido sempre um dom neste sentido. Sabemos e sentimos que somos uma grande família como humanidade. Sentimos a fraqueza dos nossos irmãos e irmãs e tornamo-nos disponíveis para os ajudar, saindo de casa, do trabalho, dos amigos, da família…

Continua a ser um desafio para nós partilhar aquilo que descobrimos ou que nos foi dado como presente. Está nas nossas mãos partilhar a riqueza que cada povo que visitámos, com quem partilhámos as nossas vidas, nos trouxe. Cuidar, acompanhar os outros deu-nos muito mais alegria do que o pouco que fomos capazes de fazer por nós próprios.

Não é uma teoria, é uma experiência de vida… que não podemos manter em silêncio, mas partilhar com todos. Foi-nos dado um mundo maravilhoso. Conseguir uma vida digna para cada pessoa neste planeta tornará possível para todos nós desfrutar melhor da nossa própria vida. Reconhecer que somos todos filhos do mesmo Deus Pai-Mãe que nos ama e quer que nos amemos e cuidemos uns dos outros como irmãos e irmãs é a alegria que queremos partilhar com todos.

Em comunhão com o resto da Família Comboniana e toda a Igreja, encorajamos a que isto seja possível. Celebrar a nossa vocação é reafirmar a nossa vocação, permanecer fiéis ao apelo que recebemos, reconhecer que somos limitados, mas tremendamente amados… e como não podemos manter este Amor, saímos para o partilhar com toda a humanidade. Aproximamo-nos do mistério de Jesus nascido numa manjedoura na periferia de uma pequena aldeia na Palestina… acolhido entre pastores e pessoas simples. Que possamos contemplar e compreender este mistério que nos ajuda a colocar-nos na história….

Feliz dia a todos os LMC de todo o mundo e muito obrigado a todos vós que nos apoiam, trabalhando de mãos dadas, com as vossas orações, com o vosso apoio financeiro… com a vossa proximidade.

Um grande abraço,
Alberto de la Portilla, Comité Central dos LMC