Comboniana espanhola é «Mulher de Coragem» 2021 pelo seu trabalho no Médio Oriente

O ‘Global Sisters Repor’ informa que a religiosa espanhola, de 49 anos, foi homenageada a 8 de março com o Prémio internacional ‘Mulher de Coragem’ 2021, do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), pelo seu trabalho, que incluiu a fundação de uma clínica médica no Egito, para doentes com poucos recursos económicos, e junto da comunidade Beduína em Israel, que proporcionou “novas oportunidades económicas”.

“Num ambiente moldado pelo conflito israelo-palestino, a Irmã Alicia também ajudou refugiados traumatizados e requerentes de asilo, um trabalho que continua a desempenhar em maior escala no seu papel atual como coordenadora regional das Irmãs Combonianas no Oriente Médio”, assinalou o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

Alicia Vacas Moro é enfermeira e, por isso, “voou para ajudar e tratar outras religiosas, sem se deixar abater pelo extremo perigo para si”, quando a Covid1-9 chegou ao norte da Itália, no início de 2020, passando três meses em Bérgamo. A religiosa espanhola adiantou que a pandemia é uma preocupação constante na Cisjordânia, onde “está fora de controlo”, ao contrário do que acontece em Israel. “As pessoas estão a lutar pela sua sobrevivência. As famílias palestinas simplesmente não têm nenhum tipo de apoio social no momento”, alertou.

A comunidade comboniana está sediada num convento em Betânia, na Cisjordânia, nos arredores de Jerusalém, rodeada em três lados pelo muro construído por Israel, em 2004. “É um lugar desconfortável mas é onde acreditamos que precisamos estar”, disse Alicia Vacas Moro ao sítio online ‘Global Sisters Repor’. A missionária Comboniana foi eleita coordenadora regional do Médio Oriente, em 2017, e trabalhou no Egito de 1999 a 2007.

A Alicia Vacas Moro foi uma das 14 mulheres que receberam o prémio International ‘Women of Courage’ 2021 (Mulheres de Coragem), no Dia Internacional da Mulher, , numa uma cerimónia online onde também foram homenageadas sete mulheres afegãs assassinadas em 2020. O prémio do Departamento de Estado “reconhece mulheres de todo o mundo que demonstraram coragem e liderança excecionais na defesa da paz, justiça, direitos humanos, igualdade de género e empoderamento das mulheres – muitas vezes com grande risco pessoal e sacrifício”.
[CB/OC - Ecclesia]
(Veja também o artigo publicado por 7Margens)