Da sinistra,
P. Daniele Moschetti
e P. Arlindo Pinto.

FSM resiste perante o inimigo:
o abuso dos pobres
entrevista a P. Arlindo Pinto

O Fórum Social Mundial (FSM), surgido em 2001 em Porto Alegre, no Brasil, já percorreu vários países do mundo, entre os quais o Mali, o Senegal, o Quénia, sem falar de países doutros continentes. O intento é sempre o mesmo: ver como construir um mundo sem nenhum tipo de injustiça. O mais recente FSM teve lugar na capital da Tunísia, de 24 a 28 de Março de 2015. O clima ressentiu-se do ataque terrorista, pouco dias antes, no Museu Bardo, o que não impediu de efectuar o Fórum naquele país, acabando por suscitar da parte dos milhares de participantes uma grande solidariedade contra todas as formas de terrorismo e por garantir, paradoxalmente, o sucesso do Fórum – considera o P. Arlindo Pinto, comboniano com vários anos de missão, inclusive em Moçambique, e agora coordenador do sector "Justiça e Paz" na casa generalícia da sua Congregação, em Roma.

O P. Arlindo é um dos três missionários que coordenaram o grupo da "Rede Comboniana" (Comboni Network) que vem participando no FSM desde o seu início em 2001, pois é um palco onde se discutem ideias e valores compatíveis com o Evangelho. Na sua opinião, o Fórum é de grande importância, embora encontre da parte dos media pouco espaço, pois a luta contra a hegemonia económica de alguns no mundo e o abuso dos ricos sobre os pobres não faz parte da agenda dos grandes meios de comunicação a nível mundial. Palavras pronunciadas na rubrica "África Global", cuja audição sugerimos clicando aqui.